Júlia Narrando
Eu estou no escritório do meu pai e ele está com alguns papéis nas mãos e enquanto ele organiza os papéis ele me olha sério me fazendo ter um pouco de receio. Ele colocar as folhas de papel em minha frente e me olha.
— Leia esses papéis e depois pense bem no que você fez. — Ele fala.
— O que tem nesses papéis? — Eu falo curiosa.
Ele não me responde então eu pego e começo a ler e nos papéis dizia que se eu chegasse bebada mais uma vez em casa eu não teria direito de receber minha herança e seria obrigada a entrar para uma universidade em tempo integral e ainda teria que me casar.
— Isso é um absurdo papai! — Eu falo idgnada e me levanto da cadeira.
— Absurdo foi a situação que você chegou em casa Júlia e sente aí que não acabou.
— Tem mais?
— Sim! A partir de hoje você vai trabalhar aqui no escritório e não quero ouvir reclamações.
— Foi a mamãe que fez minha caveira para o senhor.
— Não coloque sua mãe no meio das sua irresponsabilidade, estou fazendo isso porque te amo e quero te corrigir.
Eu saio do escritório e peço um táxi até na casa da Rayane que abre a porta só de langerie e eu dou risada vendo a cara dela toda borrada de batom e com um vergão.
— Vejo que a noite foi boa. — Eu falo.
— O que faz aqui tão cedo? — Ela fala coçando os olhos e abrindo a boca de sono.
— E assim que me recebe sua ingrata. — Falo e entro na casa dela.
— Vamos para meu quarto! Vou tomar um banho e você me conta o que veio fazer aqui.
Subimos para o quarto dela que tava uma bagunça e cheio de coisas quebradas.
— Passou um furacão aqui. — Eu caminho pela bagunça.
Ray foi tomar banho e eu sentei na beirada da banheira.
— Meu pai quer que eu trabalhe no escritório dele e ainda fez um papel fazendo um monte de exigências.
— Porque ele fez isso?
— Eu cheguei bebada em casa e com um homem do meu lado.
Contei tudo que aconteceu e a Ray ficou tirando sarro da minha cara, ela vestiu uma roupa e fomos para a cozinha tomar café da manhã preparei um omelete e fiz um suco verde.
— Seu pai ficou furioso pelo que me contou. — Ela fala.
— Garanto que foi minha mãe que fez a cabeça dele.
— Mas você fez por merecer! Até bateu em um carro.
— Culpa sua que fez essa festa! Eu disse que não queria vim.
— Não coloque a culpa em mim foi você que bateu no carro alheio.
Passei toda a manhã na casa da Ray e depois fui para casa falar com minha mãe.
— Onde estava? — Fala minha mãe quando chego em casa.
— No escritório do papai.
— O que fazia lá? — Ela faz cara de cinica.
— Vai fingir mesmo que não sabe? Eu sei que foi você que fez a cabeça do papai.
— Não me culpe pelos seus erros não fui eu que cheguei bebada em casa.
Deixei ela sozinha na sala e subi para meu quarto me arrumar para ir no shopping comprar roupas novas, agora que vou trabalhar no escritório tenho que está a altura, liguei para meu pai e pedi pra ele liberar o cartão para mim.
— Passe aqui no escritório que vou te dar o cartão. — Ele fala e eu pego minha bolsa saindo de casa.
Chamei um Uber porque meu carro está no concerto, subi na sala do meu pai e ele me entregou o cartão mas antes falou para eu gastar com moderação, fui para o shopping e comprei roupa nas melhores lojas e só roupas de marcas já que meu pai quer que eu trabalhe vou gastar no cartão dele como vingança.
Fui em uma academia ali no shopping e fiz meu cadastro no cartão de crédito, comprei um suco detox e fui dar umas voltas pelo shopping. Esbarrei em uma homem mais velho que eu.
— Perdão! Não te vi. — Falo para o homem.
— Não foi nada de mais, eu que peço desculpas. — O homem fala e eu reconheço a voz de algum lugar.
— Acho que já ouvi sua voz em algum lugar. — Eu falo e ele ri.
— Você está enganada! Nunca nos vimos. — Ele fala e eu fico envergonhada ao lembrar da festa.
— Eu devo ter me enganado mesmo. — Falo a ele.
— Meu nome é Alexander! Muito prazer. — Ele fala e estende a mão para mim.
— Sou a Júlia! Prazer é todo meu. — Pego na mão dele e me despeço mas antes de eu sair ele pede meu número de contato.
Anotei meu número no celular dele e seguimos por caminhos diferentes fui fazer minhas unhas e aproveitei para mudar meu cabelo e pedi que deixassem ele mais loiro. Quando cheguei em casa tinha um carro parado em frente e eu sou curiosa apressei os passos para ver quem era.
— Eai! — O homem fala quando entra em casa.
— Oi! Quem é você? — Pergunto para ele.
— Sou o cara que tu bateu no meu carro. — Ele fala e minha cara queima de vergonha.
— Eu sinto muito! Me fale o valor que eu transfiro para sua conta.
— Meu carro já tá arrumado, só vim ter um papo com tu. — Ele fala e me puxa pelo braço até o lado de fora da minha casa.
— Pode falar. — Eu falo pra ele.
— Quero que vai comigo em um baile no meu morro. — Ele fala e eu vejo que ele é um traficante.
— Você tem um morro?
— Sim! Sou o dono de lá. — Ele fala com um risinho de canto.
— E é seguro ir até esse lugar?
— Te dou minha palavra que ninguém vai embaçar com tu lá.
— Posso levar umas amigas?
— Claro! Melhor ainda. — Ele fala e vai embora me deixando pensativa.