CH 4

2941 Words
Nathan POV Nathan estava rondando em seu escritório, até Havoc estava nervoso naquele momento. Embora eles pudessem sentir onde Jay-la estava; no andar de cima, dentro da casa da matilha, no terceiro andar, parecia que ambos estavam muito irritados e quando Havoc tentou se comunicar com Kora, sua própria companheira, ela o rejeitou, até mesmo rosnou para ele. Não agressivamente, parecia mais irritada, Havoc pensou. Parecia que ambos queriam ficar sozinhos. Nem mesmo sabia que eles podiam rejeitá-lo como o Alfa; isso era novidade para ele. Ele teria que perguntar a seu pai se sua mãe poderia fazer isso também. Havoc estava nervoso porque, com o vínculo deles intacto, ele poderia se comunicar e falar com Kora a qualquer momento, assim como Nathan podia fazer com Jay-la. Seu lobo gostava disso, ficar perto de sua companheira, mas agora mesmo, Kora estava ativamente ignorando seu próprio companheiro. Alguma coisa estava acontecendo, e nenhum deles sabia o que era. Jay-la não tinha feito o que ele havia pedido esta tarde, ela disse que não tinha feito. Então, ela disse que faria quando estivesse pronta. Ele esperava que sua companheira fizesse tudo o que ele queria que ela fizesse. Agora eles eram companheiros um do outro, então por que ela não queria abandonar rapidamente seu mundo humano e ser feliz com ele aqui? Jackson estava observando-o andar de um lado para o outro, não tinha dito nada além de “Não acho que vai ser tão simples assim.” Nathan franziu a testa para ele. Claro que deveria ser simples; eles estavam marcados e eram companheiros, isso deveria ser o fim disso. Ela era dele agora, pertencia a ele e a Havoc. — Agora ela é a Luna. — disse e viu Jackson olhar para ele com uma sobrancelha erguida, mas não dizer nada. Seu Beta estava encostado na parede ao lado da mesa de Nathan, como sempre, apenas observando-o, e Nathan tinha certeza de que ele tinha mais pensamentos sobre o assunto, mas não estava expressando-os no momento. — Onde está Stephen? — Nathan finalmente perguntou após 20 minutos de rondas infelizes. — Eu não sei. Ficando triste em algum lugar, imagino. Estamos presos na neve e sua companheira humana está do outro lado do país, completamente inconsciente de quem ele é para ela. — Jackson deu de ombros. — Nada diferente de você algumas semanas atrás. Nathan suspirou, não podia discutir com ele sobre isso. — Encontre-o. Eu preciso saber o que está acontecendo com Jay-la, algo está errado, tanto Havoc quanto eu sentimos. — Vá perguntar a ela. — Jackson afirmou, mas então saiu da parede e depois, de seu escritório, para encontrar o Gamma da matilha. — Jackson. — Ele chamou quando ia fechar a porta, viu-o se virar e olhar para ele em resposta — Todos os nossos homens já foram trazidos? — Não. Vou deixar quatro lá fora para cuidar da Suzzy, isso deve acalmar Stephen por enquanto, eu espero. — Tudo bem, deixe ele escolher os guerreiros entre os que ainda estão lá, deixe-o lidar com isso. Pode fazer ele se sentir como se estivesse fazendo algo pela companheira dele. — Quando você vai trazê-la? — Vou pedir a Jay-la para trazê-la, então quando a neve parar, acho. — Nathan assentiu. — Você pode querer deixar Stephen ir buscá-la pessoalmente, chefe. — Eu preciso dele aqui, com a Luna. — Nathan afastou seu Beta. Voltou a andar em seu escritório. Ele ainda podia senti-la lá em cima, ela não estava se mexendo, mas de sua ligação e com concentração total nela, ela tinha que estar no terraço do terceiro andar ou perto dele, talvez no café lá em cima. Costumava ser um lugar onde todos iriam e passariam o tempo juntos. Ele também a viu lá com suas amigas, mulheres, e seu irmão. Quando estava crescendo, ela gostava de estar lá em cima, provavelmente isso não mudou. Ele se perguntou se deveria subir lá e perguntar o que estava errado, ir falar com ela. Ela parecia mais do que irritada com ele hoje e, durante o almoço, sentiu que ela não queria estar perto dele no momento. Isso também era estranho, sendo a companheira dele, ela sempre deveria querer estar perto dele. Sua presença deveria realmente confortá-la se ela estivesse estressada. Ela passou de sorridente e brincalhona em seu quarto e no chuveiro, para irritada em apenas uma hora depois de acordar e se afastar dele. — Dê espaço. — Havoc rosnou para ele, e parecia irritado também. Provavelmente todos eles estavam irritados. — Eu estou tentando, Havoc. Porém, eu não entendo porque ela não está feliz e apaixonada. — E ele realmente não entendia. Até Jackson e sua nova companheira, Margaret, que estavam acasalados apenas um dia a mais do que ele e Jay-la, estavam apaixonados e felizes, sempre sorriam um para o outro, se tocavam. Era assim que o vínculo deveria ser, era como funcionava, atraía você para o seu companheiro e não havia nada mais alegre ou maravilhoso do que estar com o seu companheiro. Você queria estar junto, e apenas estar na mesma sala um com o outro os fazia felizes. Especialmente quando era novo. Ele sabia disso, já tinha experimentado uma vez. Um só queria arrancar as roupas do outro e acasalar como loucos assim que pusessem os olhos um no outro. Ele queria isso, tinha ido ao escritório dela esta manhã porque queria isso, vê-la e ficar perto dela, tirar suas roupas e tê-la. Ela estava em seu escritório apenas por uma hora, e ele estava com saudade dela, ela estava no cômodo ao lado dele ou algo assim, mas ainda assim, estava com saudade dela. Ele amava tocá-la, a queria nesse exato momento, se fosse honesto consigo mesmo, sabia que teriam que diminuir a intensidade porque tinham três filhos para considerar, ele não podia apenas tê-la quando e onde quisesse. Provavelmente as crianças passariam muito tempo com ela. Não tendo estado aqui antes e não entendendo como funcionava entre os lobos acasalados, ele tinha que levar isso em consideração, manter isso no quarto deles, apenas à noite. Isso o incomodava um pouco, na verdade. Ele queria ter o que sua mãe e seu pai tinham, poder ir e acasalar quando quisesse, onde quisesse e pelo tempo que quisesse. Ele suspirou, não podia. Tinha filhos de cinco anos para cuidar e assim não poderia acasalar com Jay-la onde eles poderiam encontrá-los. Dito isso, mesmo apenas o pensamento deles, o deixava feliz. As gêmeas, Rosalie e Lilly, tão fofas e adoráveis, realmente o faziam sorrir quando pensava nelas. Elas já estavam felizes e pareciam aceitá-lo, já o tinham abraçado, já tinham conversado com ele no café da manhã de hoje, animadas para sair e construir um boneco de neve hoje. Eles estavam sorrindo e tão fofos, Havoc estava ronronando dentro dele, era um lobo orgulhoso. Já amava seus filhotes, queria sentar e observá-los, passar um tempo com eles até mesmo em forma de lobo. Ele adorava olhar para suas filhinhas, assim como para sua companheira. Sua obsessão era com todos eles, agora que estavam aqui, não apenas com a companheira dele. O pequeno Nate, por outro lado, não estava tão feliz. Não tinha dito uma palavra para ele, embora o tivesse visto sorrindo e rindo na casa de seu avô, Jody, na neve, durante aquela chamada de vídeo. Pessoalmente, era uma outra história, parecia. Ele tinha tentado falar com seu filho, mas o garoto o encarou com raiva em troca. E então, ele simplesmente ignorou Nathan, que olhou para Jay-la em busca de alguma assistência em relação ao garoto e ela não deu nenhuma ajuda. Ele ficou decepcionado que ela nem tentou ajudá-lo com o filho. Parecia que ela nem queria ajudá-lo. Havoc estava quieto sobre o assunto do filho deles e herdeiro da matilha, o observando, mas não estava tentando se envolver com ele, de forma alguma. Isso surpreendeu bastante Nathan, que sua fera estava apenas observando o próprio herdeiro. Apenas observando e guardando seus pensamentos sobre o garoto para si mesmo. Nathan notou que Havoc já tinha feito isso antes, mas também durante o almoço, Nate estava sentado do outro lado de sua mãe. Quando foram apresentados a ele, ele se aproximou de sua mãe, não se sentia nada confortável perto dele. Ele entendia que o pai era um completo estranho para eles, mas o vínculo deles deveria ter começado a se formar. Geralmente, o vínculo entre filhotes e seus pais se formava muito rapidamente. As meninas tinham se formado, mas não seu filho. Não, ele era mais como a mãe dele, Nathan imaginou, do que ele parecia. O garoto tinha os olhos dela e, provavelmente, ele agora pensava, a personalidade dela, mas ele era todo parecido com Nathan na aparência. A imagem de si mesmo naquela idade. Todos eles tinham cabelos loiros e o tom de pele dele, mas os olhos verdes dela. Nathan realmente gostava disso, amava os olhos dela, ficou feliz que todos eles tivessem os olhos dela. Mas seu filho não era despreocupado como suas irmãs, era reservado e teimoso como sua mãe. Ele só podia esperar que, com o tempo, Nate se soltasse. Ele tinha que se lembrar que o garoto havia crescido no mundo humano, que ele não sabia como funcionavam as coisas no mundo dos lobos. Que seu filho precisaria de tempo para se ajustar a essa nova vida, que agora foi jogada sobre ele, do nada. Teria que dar mais alguns dias. Não havia muito mais que ele pudesse fazer neste ponto. Talvez quando ele o visse interagir com Rosalie e Lilly um pouco mais, se soltaria mais rapidamente. Esse pensamento o levou para fora de seu escritório e para encontrar as crianças. Felizmente, ele não precisava iniciá-las na matilha, nem explicar isso. Ela já os tinha, e felizmente, ainda era m****o da matilha. O banimento dela não a tornou sozinha e, portanto, as crianças eram membros da matilha de verdade, e já estavam conectadas a ele e à matilha. Pelo menos, Nathan não precisava assustá-los com um vínculo sanguíneo e uma faca cerimonial. Ele não achava que machucar seu filho ajudaria na situação. O alfa encontrou as três crianças do lado de fora dos fundos da casa da matilha com Rae-Rae e Michael, construindo o boneco de neve do qual as meninas falavam. Ele sorriu para elas, e as duas meninas acenaram para ele. Ambas estavam vestidas quase idênticas, felizmente; cheiravam um pouco diferente, ou ele provavelmente não seria capaz de distingui-las. Ele olhou para o relógio e depois para Michael de forma significativa. — Eu estou de folga, Nathan. — Michael resmungou. — Tudo bem. — Nathan assentiu, embora tivesse observado que era muito tarde para o homem almoçar. — Posso me juntar à diversão? — Ele sorriu para as crianças. Ambas as meninas sorriram para ele e Havoc prestou toda a atenção, ronronou tão alto que ele teve que pigarrear e bater no peito com o olhar estranho de Rae-Rae. — Mantenha a calma. — Ele disse a Havoc — Lembre-se que Rae-Rae é humana. Nathan se aproximou e se juntou à diversão quando as meninas acenaram para ele, mas em seguida, suspirou internamente quando viu Nate dar um passo para trás, se aproximando de Rae-Rae, ele notou. O garoto, seu próprio filho, não gostava dele de jeito nenhum, isso estava cristalino, e doía mais do que um pouco vê-lo parar de brincar completamente e apenas ficar lá assistindo à margem agora. Sua própria presença o impediu de brincar com seus irmãos. Ele respirou fundo e então se agachou na frente do garoto. — Eu não vou te machucar, Nate. Eu sou seu pai. Nathan viu o garoto erguer uma sobrancelha para ele e viu sua companheira ali em seu filho. Oh, Nate podia se parecer com ele, mas ele era todo a mãe dele. Aquele único olhar disse muito, que ele seria teimoso e desafiador assim como ela. Boas qualidades em um Lobo Alfa, para proteger sua matilha e fazer acordos ou alianças. Mas ele era apenas uma criança, que deveria ser feliz e despreocupada como suas irmãs estavam sendo agora mesmo. — Me pergunte qualquer coisa. — Ele ofereceu. — Onde você estava? — O garoto disse. Nathan suspirou, ele já tinha feito essa pergunta antes, mas como se explicava a situação para uma criança de cinco anos? Nathan não achava que contar a verdade, que ele tinha banido sua mãe, iria encantar o garoto de jeito nenhum. Ele também não sabia exatamente o que Jay-la tinha contado a eles. — É complicado. — Ele respondeu. — Essa é uma maneira adulta de dizer que você não quer me contar. — Nate atirou direto nele. Mais tons de sua mãe. — Filho… — Nate. — O menino declarou — Esse é o meu nome, eu não sou seu filho. — Ele murmurou, virou e saiu pisando duro. Os olhos de Nathan se arregalaram completamente com as palavras de seu filho, à medida que a dor tocava seu peito, sentiu Havoc se entristecer também, ao ouvir isso de seu próprio menino. Observou enquanto seu próprio filho se afastava dele e ia sentar em uma cadeira de piquenique junto à uma mesa. Então, as garotas foram diretamente para se sentar com ele. Uma de cada lado dele, ambas as garotas olhavam para ele. Trigêmeos? Ele se perguntou sobre a conexão delas, provavelmente muito mais forte do que o que ele estava vendo. Perguntou-se se elas poderiam sentir a dor ou as emoções umas das outras, sabia que no mundo dos lobos, uma vez que possuíam seus lobos, era muito provável que elas nunca se separassem, ou pelo menos, ele não achava que as garotas teriam o mesmo par ou gêmeos próprios. — Vai ficar tudo bem, Nathan. — Michael tentou consolá-lo. Ele não disse nada enquanto se levantava e os observava. Ele não podia ir até lá e fazer o menino gostar dele. Eles só ficaram sentados lá, juntos, e ele não tinha ideia do que fazer ou dizer sobre qualquer coisa neste exato momento. — O que você espera, na realidade? — Rae-Rae afirmou — Depois de como a mãe dele estava, quando ela voltou daqui. — Colocou tanta ênfase na palavra “daqui”, que Nathan sabia que ela havia se segurado de dizer: “O que ele fez a ela”. Nathan olhou diretamente para ela, e Michael foi muito rápido em se colocar na frente dela, virá-la e empurrá-la gentilmente em direção aos trigêmeos, longe dele e de Havoc. Michael sabia, inferno, todos nesta matilha viram a raiva de Havoc. Michael quase levou a surra da sua vida há poucos dias. O homem não queria a raiva de Havoc ou de Nathan, para dizer a verdade, direcionada à sua companheira. Moveu os olhos para o seu irmão. — Está tudo bem. — Ele murmurou e então, apenas se virou e foi embora. Rae-Rae era como a irmã de Jay-la, havia visto as feridas ela mesma, ele supôs. Estava tão furiosa quanto o menino. As crianças estavam se divertindo com sua tia Rae-Rae e Michael, até ele ter aparecido. Ele iria embora por agora. Talvez eles pudessem voltar a isso sem ele lá. Ele queria que eles fossem felizes aqui. Talvez ele precisasse fazer com que Jay-la conversasse sobre isso com Nate, tentar fazer com que ela o ajudasse a conquistar o menino. Estava muito claro para ele que Nate não iria interagir com ele até ter respostas para a sua pergunta: — Onde você estava? Ele sentou em seu escritório e pensou sobre isso, explicar toda a verdade ao filho, sabia que não iria ajudar na situação. Provavelmente só faria o menino odiá-lo ainda mais do que ele odiava agora. Isso poderia até mesmo afetar a forma como as meninas se sentiam em relação a ele, e não queria isso. Precisava encontrar uma maneira de resolver isso rapidamente. Nem Nathan, nem Havoc queriam ouvir aquelas palavras vindas de seu filho novamente. Doeu muito, ainda doía agora só de saber como ele se sentia. Perguntou-se se isso era o que os pais sentiam quando uma criança os rejeitava. Havoc estava muito quieto, não era bom. Nem ele, nem o seu lobo queriam que as crianças soubessem a verdade, eles tinham que encontrar algo próximo disso, ele supôs, algo que soasse verdadeiro. Não podia dizer a Nate que sua mãe havia partido e simplesmente não voltado, não quando foi ele mesmo quem a havia ordenado que fizesse isso. Isso faria o menino culpá-la e não era culpa dela. Ela havia dito a Jackson que não sabia que estava grávida na época. Jackson acreditou nela, Nathan também. Ele não achava que ela não o teria contado se soubesse. Não quem ela era. Não havia contado por medo do que Sophia faria com ela, com os filhotes. Tinha razão para ter medo. Sophia não teria gostado nem um pouco, provavelmente teria tentado machucá-la. Ela não teria querido lhe dar um herdeiro, mas ele tinha certeza de que ela nunca teria aceitado que outra o fizesse. Isso ele sabia sobre ela. Sophia havia batido em mais do que apenas Jay-la ao longo dos anos, eles haviam sido companheiros um do outro. Não gostava que nenhuma loba tocasse no que era dela. Não que ela se importasse com outros lobos tocando nela e machucando ele. Hipocrisia, se é que já houve alguma. Ele teria que pensar muito sobre isso, discutir com Jay-la e ver o que ela queria dizer para as crianças. Ela tinha um vínculo forte com eles, e provavelmente somente ela seria capaz de resolver esse problema.
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