Danira
— Tem certeza que nunca dançou desse jeito antes? Porque você manda muito bem!
Arrastei Maquini pra pista de dança juntamente com a Tina, nós três juntas estávamos chamando atenção de alguns homens. Tina lançava olhares para Maquini, cujo quais eu não entendia bem, ela nunca me disse que era fim do meu irmão ou se já tiveram algum lance, muito pelo contrário, sempre disse que acha ele um gato e mais nada. Maquini bebeu tchay com Kallil e já estava soltinha na pista, descendo até o chão e sensualizando. Para minha surpresa Max estava nos olhando, ou melhor, olhando para Maquini o que eu percebi que despertou um pouco a fúria do Santiago, com razão.
— Vamos Maquini, acho que você está se expondo demais aqui. — Santiago a pegou pelo braço, mas no mesmo instante ela o soltou.
— Desde quando você me diz o que eu posso ou não fazer? Eu não estou me expondo, estou apenas me divertindo, dá licença! Vamos para outro lugar Danira, cansei do seu irmão. — O olhar de fúria do meu irmão estava muito visível, mas ele não disse nada a não ser me lançar um olhar e em seguida dar seu recado.
— Fica de olho nela, não perca tempo se algum o****o tentar intimidar vocês. Estarei de vigia!
— Fica tranquilo maninho, a gente sabe se cuidar. Afinal, essa garota nunca dançou na vida não? Olha só como ela está se divertindo, quer mesmo fazer com que o encanto dela por você se acabe hoje mesmo? — Dei um leve sorriso para ele e puxei a Tina para irmos para outra pista de dança.
A noite está apenas começando e quero aproveitar muito hoje, faz tempo que eu não saio com meu irmão, ele sempre estava muito ocupado com suas coisas e sempre me excluindo delas, confesso que já estava sentindo falta desse lado divertido do Santiago. Não sei o que a Maquini viu nele, só espero que isso não dure pouco tempo.
Tina
Santiago estava me tirando do sério em sua pose de machão, eu já estava resistindo a ele há muito tempo desde a nossa chamada de vídeo. Creio eu que naquele bendito dia ele estava bêbado, mas tudo valeu muito a pena, eu fiz ele gozar apenas por uma tela que estava nos separando então imagina o que eu sou capaz de fazer com mais próximo a mim? Hoje eu estou decidida a falar pra ele sobre nós dois aquele dia, há muito tempo eu tenho vontade de ser tocada por aquelas mãos grandes, ouvir o sussurro daquela voz rouca no meu ouvido me dizendo que me quer. Após algumas taças de bebida eu finalmente criei coragem pra chegar na mesa que eles estavam, mas para minha sorte ele havia ido ao banheiro então tudo ficou mais fácil para mim que fui até lá.
— Santiago, podemos conversar? — Entrei no banheiro masculino sem nenhum pingo de vergonha na cara, fazendo isso ainda consegui ver ele arrumando o m****o dentro da calça.
— Sobre? — Onde ele estava ali mesmo ficou.
— Sobre aquele dia que entramos numa call nós dois. Eu sei que você lembra disso, mas por que nunca chegou a falar comigo? Faz ideia do quanto eu te desejo?
— Olha Tina eu não faço ideia sobre o quê você está falando, tem certeza que eu não sou o cara errado? E desde quando passou a me desejar?
— Desde aquele maldito dia em que eu te vi gozando por estar me vendo se excitar na sua frente. Não vamos brincar de bancar o inocente Santiago, você sabe tão bem quanto eu sobre o que eu estou falando. Ou pode não lembrar, pois estava fantasiada e você amou. — Andei mais próximo a ele em passos lentos, fazendo com que ele encostasse as costas na pia.
Pousei minhas mãos em seu tórax mesmo que estivesse por cima da camisa ainda é possível sentir o quão quente Santiago é. Nosso olhares se encontram em um breve instante, tempo suficiente para mim tomar sua boca em um beijo lento.
Maquini
Olhei ao redor e continuava a não ver mais Santiago, meu sexto sentido diz que entre ele e a Tina tem algo e eu acho que não estou errada, pois os dois sempre somem juntos. Daria talvez não tenha me dito, porque não faço ideia.
— Danira, eu vou ao banheiro. — Avisei para que ela não ficasse me procurando depois.
— Quer que eu vá com você? — Ela gritava como se eu estivesse surda, talvez seja o álcool fazendo efeito em seu corpo.
— Não precisa, vai ser rápido e eu volto logo.
— Tudo bem. Quando sair eu vou estar na mesa com os meninos.
Eu não tenho o costume de misturar bebidas e meu estômago estava revirando por dentro, estava me segurando o máximo para não vomitar ali na pista mesmo. Andei o mais rápido que pude até ao banheiro e entrei na primeira porta que eu vi, nem tive tempo de olhar se seria o Feminino ou masculino. Tive a visão que eu não queria ter, para minha má sorte eu entrei no banheiro masculino e justamente na porta em que Santiago estava aos beijos com a Tina, ali passou meu m*l estar, se estava ficando bêbada não estou mais. Virei rápido e saí o mais depressa que eu pude, entrei no banheiro feminino e fechei a porta. Me encarei por alguns segundos no espelho. — Meus Deus, onde eu estava com a cabeça quando aceitei isso? Mas se bem que eu posso aproveitar a noite, nem tudo está perdido. — Fiz questão em repetir isso pra mim mesma inúmeras vezes. A cena dos dois se beijando foi nojenta e, desde de quando eu tenho alguma coisa com isso? E por que mesmo eu estou desse jeito?
— Maquini, eu posso explicar. — A voz rouca dele do outro lado da porta me causou um arrepio.
— Explicar o quê? — Perguntei ao abrir a porta e dar um sorriso pra ele. — Acho melhor a gente voltar antes que pensem besteira, que não foram feitas comigo. — Sorri descaradamente limpando o batom que estava borrado.
Voltamos para a mesa, todos já estão bem elevados e a Tina estava com uma cara péssima. Danira se esfregava no namorado dela como se pudesse entrar dentro dele, Kallil me olhando diferente e até que se sentir desejada não é tão r**m assim.
— Demoram em… Vocês não vão beber mais não? — Danira pergunta me entregando um copo com sei lá o que dentro, continuei bebendo, mas bem moderadamente.
— E aí? — Santiago perguntou sentando ao meu lado e me encarando com um copo de whisky na mão.
— E aí o que Santiago? Esquece aquilo, eu não vi nada, não vou comentar sobre nada com ninguém e pode ficar tranquilo que o segredo de vocês comigo está guardado. — Peguei o copo da sua mão, bebendo todo o líquido em seguida e sentindo minha garganta arder com isso.