Capítulo 18 — Dor angustiante

1032 Words
Santiago Não consegui dormir durante a noite, observei ela o tempo inteiro, mas ao acordar ela me olhou com um jeito duro e impiedoso. — Para onde está indo? — Perguntei quando a vi sair do banheiro arrumando os cabelos. — Pra minha casa, aliás pra casa dos outros pois não tenho o poder dessa palavra ainda. — Você tá de s*******m? Olha lá fora, ainda está tudo escuro. Tem certeza que quer ir pra casa? Ela parou e se olhou mais um pouco no espelho do banheiro, pensativa demais para o meu gosto. — Santiago, a gente…? Meu Deus eu deveria estar ficando louca quando aceitei esse convite louco, agora eu estou aqui na casa de um estranho que me fodeu. — Ela pôs as mãos na cabeça e começou a apalpar seu corpo de forma engraçada. — Calma, ninguém fez nada aqui não, mas saiba que foi porque eu não quis. Você estava praticamente subindo pelas paredes, quem diria que eu iria conhecer esse seu lado perverso mais rápido que eu imaginei. — Deixa de ser i****a. O que estava fazendo acordado e que horas são? — Quase cinco. Mas pode voltar a dormir, eu já estava de saída mesmo. — Nem sonhando que eu vou deitar na sua cama novamente. Me leva pra casa, por favor. Amanhã eu tenho que ir trabalhar cedo. Onde estão minhas roupas? — Você não lembra? — Ela ainda estava bêbada e era visível isso. — De quê? — Você vomitou tudo que bebeu e eu tive que te dar um banho e trocar você, bom, Danira fez isso. E depois você me pediu pra pegar um remédio pra você que estava na sua bolsa. Está se medicando e bebendo Maquini? — Claro que não, deve ter ouvido errado ou eu devo ter pedido um remédio para dor de cabeça. Eu ouvir muito bem o nome do remédio que ela me pediu, eu sei que é remédio para tratamento da ansiedade. Sem falar que ela me agarrou mais que tudo antes de pegar no sono, acho que a mistura de bebidas não fez bem a ela, talvez eu tivesse impedido toda aquela mistura. Ela ainda não está totalmente sóbria e eu jamais levarei ela em casa nesse estado, eu não confio no Flávio e muito menos no que ela possa ser capaz de fazer. — É claro! Mas e aí, a dor já deu uma aliviada? — Não, só quero ir embora mesmo. — Ok… Sua roupa já era, então pode ir com essa camisa mesmo ou se preferir pede uma roupa a Danira, mas ela também já está dormindo. — f**a-se! Eu estou vestida, não tô? — Mas não irá a lugar algum agora. Vesti uma calça moletom e como todos os cômodos da casa tem aquecedores, não sinto frio, fiz um café e fui assistir até que o dia amanhecesse pra levar Maquini em casa. Kallil estava dormindo bêbado no sofá, Samuel no tapete e Danira no quarto dela. Maquini continuou no meu quarto e pela demora acho que ela dormiu já que não desceu ainda. Maquini De jeito algum eu vou sair com a roupa de um cara que eu nem sei exatamente quem ele é. Deitei na cama e tentei dormir mais um pouco, mas foi perda de tempo. Desci tentando fazer menos barulho possível e quando cheguei ao fim da escada vi Santiago deitado no sofá, sem camisa e bebendo alguma coisa que parece ser café. Eu queria muito ser diferente, ser mais social com as pessoas. Sair da clínica e não está sendo nada fácil pra mim voltar a viver normalmente, mas sinceramente não está sendo nada fácil. Amanhã quando estiver na hora do almoço eu vou atrás de uma casa, preciso tentar me socializar com as pessoas mais depressa, eu não tenho ninguém pra me ajudar aqui e tenho que me virar sozinha e tentar dar o melhor de mim mesma, preciso ajudar a Kate a sair daquele inferno também, assim eu não vou ficar me sentindo tão sozinha também. — O que tá assistindo? — Perguntei me aproximando dele e sentando ao seu lado. — Nada de bom. Maquini… você me intriga, sabia? O que você fazia saindo daquela clínica aquele dia? — Eu tinha ido visitar uma amiga, na verdade há muitas coisas que eu preciso desabafar com alguém, mas ainda não estou pronta. — Saiba que pode contar comigo pra o que precisar Maquini. Somos amigos agora, você já veste até minhas roupas. — Eu agradeço Santiago, mas eu nem sei por onde começar minha vida novamente. Eu estou perdida Santiago, não me reconheço mais. — Sentir uma lágrima queimar ao cair em meu rosto. Quando menos percebi já estava chorando nos braços dele. — Quando estiver se sentindo à vontade para falar mais sobre você saiba que eu irei te ouvir sem te julgar. Você tem a minha palavra Maquini, eu jamais vou te deixar sozinha novamente. Me encolhi em seu peito e chorei, chorei muito ao ponto de já está soluçando. Sentia suas mãos me fazendo carinho e ao mesmo tempo me acalentava em seus braços. Adormeci sem nem perceber. Any Estou mais perto da Maquini e assim tudo será mais fácil. Só tenho que dar um fim definitivo na vida dela e somente isso, depois eu vou continuar vivendo minha bela vida sem ter peso algum nas minhas costas. Sandra me ligou hoje dizendo que as coisas na empresa não andam nada bem sem mim por perto, mas estou fazendo o que posso para resolver logo tudo isso e voltar a assumir minhas coisas que realmente importam. Sair antes que Jordan me ligasse novamente pedindo informações sobre os negócios, esperava que ele fosse mais competente, já é um passo a mais que eu vou ter que dar na demissão dele. — Bom dia, um cappuccino, por favor. — Sentei e esperei na mesa enquanto lia o jornal de hoje. O jornal dava uma notícia sobre uma jovem que estava em busca de vingança e a primeira coisa que se passou pela minha cabeça foi Maquini, isso seria a cara dela. Aparecer no jornal não será difícil para ela qualquer dia desses.
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