Capítulo 19 — A vida não é um morango

1056 Words
Santiago Ligação Ativa — Fala Marcone… — E aí Santiago, tô com pedras no meu caminho meu amigo, tem como me ajudar? — Você sabe que eu estou aqui pra isso, manda às ordens. — O irmão do Norely está no meu encalço e eu detesto quando isso acontece, preciso que você dê um fim nele o quanto antes pra mim, aceita? — Claro, me manda as informações de onde ele frequenta que essa semana mesmo eu dou um jeito nisso, quanto menos problema melhor. — Exatamente, Santiago, quanto menos problema melhor. Passa aqui em casa amanhã a tarde que eu preciso falar uma coisa séria com você também. — A tarde eu não sei se vai dar pra mim, mas quase coisa amanhã eu te falo. Ligação Inativa Dentro do galpão a temperatura atinge quase a casa dos 50 graus, é como se eu estivesse realmente no inferno. As toneladas de pasta base acabaram de ser descarregadas, paguei aos fornecedores uma parte agora e a outra só depois das averiguações pra ver se valeu a pena mesmo. Amanhã tenho um evento pra ir na sede dos canalhas, onde só tem vadias querendo dar o bote, pessoas que fazem apostas mesmo sabendo que não terão como pagar e magnatas que sabem do seu valor. o evento acontece a cada semestre e é sempre bom conhecer pessoas novas, conheci Marcone numa dessas e até hoje somos aliados. — As coisas a cada dia estão indo de bem a melhor, quem diria que você iria administrar tudo isso tão bem em, Santiago. — Eu não me esforço a toa Max, você deveria saber disso a muito tempo. Onde está o Flávio? — Eu não faço a mínima ideia, ele ainda não chegou e também não atende nenhuma ligação minha. — Quando ele chegar, manda ele subir, quero falar com ele e tenho pressa. Hoje você ficará responsável pelos demais, vou fazer a contagem e depois você me passa o restante das informações que ainda estão chegando. Não quero que mexa em nada do que acabou de chegar, só quero os pinos lacrados e nenhuma grama faltando. A desvantagem de ser reconhecido por sua boa mercadoria é que sempre vai vir algum o****o querendo um pouco de graça pra testar a qualidade. Amanhã eu tenho que por a mãos dentro do bolso e tirar ela de dentro cheia de pozinho branco que leva qualquer um a loucura. (...) — Queria falar comigo? — Flávio pergunta já sentando na cadeira à minha frente. — Tenho algumas entregas para hoje, será que a sua pessoa não está disponível? — Pessoa essa que eu ainda quero ter o prazer de conhecer em breve. — Eu posso tentar falar com ela ainda hoje, mas o horário seria o mesmo? — Hoje eu estou com pressa Flávio, se puder adiantar isso o mais rápido possível eu irei te gratificar por isso. Pode ligar com o telefone fixo se quiser, assim não perde tempo descendo as escadas. — Ela não tem celular Santiago, tenho que perguntar isso pessoalmente. Mas eu estou indo então fazer isso logo. — Me dê resposta o mais rápido que puder também, caso receba um não como resposta já vá pensando em outra pessoas, ofereça o valor que for. Eu também conheço uma pessoa que não tem celular, se nós dois estivermos falando da mesma pessoa isso vai me despertar ainda mais interesse e um certo interesse, sem ser pessoal. Maquini Kiya fala demais, muito mais que o necessário, mas eu me divirto com seus contos de amor que deram errado. Ela me convidou pra sair hoje à noite, disse que na segunda sempre tem um jeitinho de ser divertir perto da casa dela, não seria uma má ideia se eu fosse, mas eu não saberia voltar e se alguma coisa desse errado por lá, por isso continuo optando por não ir. — Eu tenho certeza que você nunca foi a algo tão legal, lá não tem só gente feia não, tem pessoas bonitas também, homens bonitos… — Ela fala rindo e me olhando. — Qualquer dia desse eu vou, Kiya, mas hoje realmente não vai dar. Olha eu preciso de uma pequena ajuda sua, se você puder é claro. — Pode falar Maquini, se estiver ao meu alcance está em suas mãos. — Como você sabe eu estou morando na pensão da dona Louis no momento, e eu quero muito mudar para um lugar maior, mas a questão é que eu não conheço nenhum lugar por aqui por ser nova aqui no bairro, como eu já te disse. Quero saber se você conhece alguém que esteja interessado em alugar algum imóvel. — Tem um corretor ali na esquina, mas ele é um ridículo que m*l sabe dar informações, além disso ele sempre escolhe os piores lugares para as pessoas. Minha mãe conhece muita gente, ela trabalha como doméstica e tenho certeza que ela sabe de alguma. Você tem pressa? — Mais pressa do que ela pode imaginar. — Tenho sim, minha amiga está vindo morar comigo e não precisa ser um lugar muito grande, que possa acomodar nós duas está de bom tamanho. — É que os melhores são mais caros por aqui e…. — Carestia não é problema, eu irei te pagar por esse favor que está me fazendo também. Não ouse dizer que não aceita, pois eu não aceito um não como resposta. — Eu não estou dizendo nada, rs. Na verdade eu estava até precisando mesmo de uma grana, minha mãe sofreu uma acidente em casa, levou uma queda passando pano na casa machucou o pé, como eu te disse, ela é doméstica e não tem como trabalhar com o pé machucado, então vou ter que fazer horas extras aqui. — Nossa que triste, Kiya. Se eu puder te ajudar! — Disse demonstrando realmente importância, ela deve tá passando apertado. — Não precisa se preocupar com isso não Maquini, eu vou dar um jeito nisso logo também. Vou pedir um adiantamento ao seu Flávio, também eu tenho pernas e boca para não ficar de moleza, estou pensando seriamente em ir trabalhar no lugar dela amanhã. Fomos para hora do almoço e como eu prometi a mim mesma, fui até a clínica convencer Lilian a dar uma apressada nessas coisas, preciso ter respostas o quanto antes disso tudo.
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