- Aqui está você. - Meu pai fala quando me vê, Caleb me lança um olhar atravessado. - Andres acabou de chegar.
- Duda! - Ele fala e vou ao seu encontro, meu pai e Caleb me dá passagem para que eu passe.
- Andres, quanto tempo. - Nos abraçamos.
- Quem está aí? - Minha mãe surge do nada. - Andres! Nossa menino, como você cresceu.
Andres deveria ter no mínimo 1,80 de altura, eu ficava uma anã ao seu lado, tenho 1,65 cm.
Ele é moreno, olhos castanhos claros, estava com a barba pós fazer, só de pensar que eu já fui apaixonada por ele.
- Vamos? - Falo e começo a puxá-lo pelo braço, antes que comecem a fazer muitas perguntas.
- Se comportem! - Meu pai grita enquanto fica na porta com o Caleb.
Andres veio de carro, ele abre a porta pra que eu entre.
Entro e coloco o cinto, olho pra porta da minha casa e Caleb não para de me encarar.
- Vocês têm alguma coisa? - Andres me tira dos meus pensamentos.
- Não. - Tento disfarçar. - Ele é o chefe do meu pai, nos conhecemos hoje.
Realmente era muito estranho a atitude de Caleb.
- Hmmm. - Andres não parece convencido.
Mas o que eu tinha dito era verdade.
- Vamos! - Andres arranca com o carro.
Andres me leva pra conhecer o Museu de Artes e o Centro ao Park. Eu gostava desses lugares.
- O que achou? - Ele me pergunta assim que saímos do Museu.
- É lindo!
- Achei que com o tempo você deixaria de gostar dessas coisas? - Ela fala e sorri.
- Tem algumas coisas que nunca deixamos de amar. - Eu amava museu, literatura, e tudo que se relacionava a isso.
- Tudo bem senhorita Maria Eduarda.
- O que anda fazendo por aqui, e a faculdade?
- Já estou no último ano de direito.
- Mais já?
- Sim, já estou com 21 anos. - Ele fala enquanto seguimos em direção a um carrinho de sorvetes. - E você, já sabe o que fazer depois do Ensino Médio?
- Queria ser escritora igual a minha mãe. - Ele pega dois picolés, e me entrega um de maracujá.
- E porque não tenta?
- Obrigada. - Agradeço quando pego o picolé. - Ela demorou muito pra chegar onde chegou.
- Não custa tentar.
- Eu sei, mas...
- Mas? - Ele me incentiva a continuar.
- Também queria fazer direito, igual ao meu pai.
- É uma profissão um pouco assustadora. - Rimos juntos.
- Assim você me assusta.
- Mais tem 9 seu lado bom.
- A é! Qual? - Nesse momento sentamos em um dos bancos que tem ali perto.
- Faça o curso que você saberá!
- A! Isso não vale Andres. - Dou um tapa no seu braço, ele derruba o seu picolé nas minhas pernas. - Aaaaaaaa! Tá gelado.
Ele pega o picolé com as mãos, encostando nas minhas pernas. Nesse momento ficamos nos encarando por uma fração de segundos.
- Duda! - Eu conheço essa voz. - Posso ajudar? - Ele estende um lenço em nossa direção.
- Caleb? - Será que ele estava me perseguindo?! Para de pensar besteira Duda, um homem como esse nunca iria me olhar de tal maneira.
- Pega! - Ele continua com o lenço estendido e fuzila Andres com os olhos, ele ainda estava as mãos nas minhas pernas.
Aceito o lenço e Andres joga o picolé derretido na lixeira ao lado.
- Já volto, vou lavar minhas mãos. - Andres fala e não espera pela minha resposta e entra novamente no Museu.
- O que você faz aqui? - Falo assim que o Andres desaparece do meu campo de visão.
- Meu local de trabalho! - Ele fala e aponta pro prédio da frente.
- É seu?
- Sim! - Ele arqueia uma de suas sobrancelhas. - Pensou que eu estava te seguindo?
- Claro que não.
- Vamos? - Andres volta.
- Claro. - Olho pro Caleb. - Até.
Não espero por sua resposta e saio com o Andres.
- Tem certeza que você não tem nada com esse cara?
- Está com ciúmes? - Ele dá um sorriso de lado.
- E se eu estivesse? - Sinto o meu rosto cora. - Você fica linda assim! - Paramos um de frente para o outro, ainda consigo ver o Caleb nos observando. Andres coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e encosta seus lábios ao meu.
Fico parada e não me movo.
- Desculpa! - Ele fala assim que percebe que não tive reação.
- Podemos ir devagar?
- É claro. - Ele sorri e me abraça, Caleb já não está mais no mesmo lugar.
Passo a tarde todo com o Andres.
Assim que paramos na frente da minha casa, percebo que tínhamos visita.
- Até! - Andres fala e encosta seus lábios aos meus. - Desculpa. - Ele fecha os olhos. - Mas eu não consigo resistir.
- Tudo bem. - Dou um sorriso meio sem graça. Quero só ver quando a Lis souber disso. - Preciso entrar.
Saio do carro e Andres vai embora, caminho em direção a porta da minha casa.
Assim que entro me deparo com os meus pais a Jenny e o nosso vizinho com uma loira sem sal, estavam todos sentados no sofá tomando vinho.
- Duda, isso são horas? - Minha mãe pergunta.
- Deixa ela aproveitar Mel. - Jenny tenta me ajudar.
- Ela não atendeu minhas ligações. - Pego o meu celular e percebo que tinha acabado a bateria.
- Desculpa, a bateria acabou. - Ergo meu celular e mostro que estava desligado. - E me perdi nas horas. - Olho no relógio de parede que tem na sala e já são quase 21:00. Caleb continua me olhando, a loira sem sal está com uma de suas mãos em cima da perna dele.
- Vai tomar banho, estávamos te esperando para o jantar. - Apenas concordo com a cabeça e subo as escadas, vou direto pro meu quarto.
Tiro minhas roupas e me enrolo na toalha, vou pro banheiro que fica ao lado do meu quarto, nossa casa não era grande e nem pequena, podemos dizer que o eu tamanho era perfeito para nós.
Lembro que esqueci o meu sabonete íntimo, e quando saio do banheiro bato de frente com o Caleb, com o susto levo direto minhas mãos na boca pra não gritar, e com isso solto a toalha que estava presa ao meu corpo.
Caleb me devora com os olhos, perco minha reação, fico congelada.
Ele diminui a distância que existe entre nós.
Fecho meus olhos, posso sentir o seu cheiro amadeirado, respiro fundo, e me encosto na porta do banheiro que estava fechada atrás de mim.
Abro meus olhos e ele se agacha e pega a toalha me entregando.
- Ob.. Ob.. - Tento falar alguma coisa, mas não consigo.
A única coisa que sei dizer é que o seu olhar era de desejo.
Ele continua parado me olhando, e por impulso, seguro ele pela nuca e o beijo e pra minha surpresa ele corresponde.
Nosso beijo era urgente, delicado, e não tinha nada de romântico. Ele começa a passar as mãos pelos meus se.ios, fazendo eles se enrijecerem aos seus toques.
- Hmmm... - Um gemido sai entre o nosso beijo.
- Caleb! - Ouço alguém chamando por ele, tenho certeza que era a loira sem sal.
O empurro com tudo, abro a porta e entro no banheiro, trancando a porta atrás de mim.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, é que está ocupado. - Ouço ele respondendo a loira. - Vamos?
Ouço os passos ficando cada vez mais distante.
Tento recuperar o meu folego.
O que tinha acabado de acontecer? Eu o beijei, e ele correspondeu!
Ligo o chuveiro e deixo a água fria cair sobe o meu corpo, e fico imaginando o que teria acontecido se a loira sem sal não tivesse aparecido.
***
Assim que terminei o meu banho, seco o meu cabelo e coloco um vestido preto, curto, minha roupa intima era vermelha toda de renda, o que dava contraste ao meu vestido. Ele tinha um decote que valoriza muito os meus s***s.
Assim que desço todos já estavam na mesa.
- Venha filha! - Minha mãe me chama pra sentar ao seu lado, e fico de frente pro Caleb e a loira está sentada ao lado dele.
- Que linda a sua filha. - A loira fala. - Ela é bem jovem, não é?
- Tenho quase 18 anos. - O olhar do Caleb congela quando falo minha idade.