— Pode ir embora, não precisa ficar aqui, eu me viro sozinho.– Ele falou quando me ouviu fechar a porta.
— Pra você ser encontrado morto no banheiro depois de ter caído, batido com a cabeça, ter uma hemorragia cerebral e sangrar até a morte? Não, obriga, não quero sangue em minhas mãos.– Ironizei.
— Eu vou ao banheiro sozinho, você não vai comigo!– Ouvi ele bufar.
Manquei até ele.
— Por que eu iria ao banheiro com você?! Pra dar uma balançada depois de você mijar?!
Ele sorriu, mas abafou uma risada.
Mal sabia ele que eu podia vê-lo.
— Qual seu nome mesmo?– Perguntei, me sentando no outro canto do sofá.
— Estranho você não saber meu bome.– Conentou, mas estendeu a mão para frente sem saber que eu estava ao seu lado.— James.
Fui para frente dele, agarrando sua mão e a sacudindo.
— Você por acaso sabe meu nome?
— Sei lá, só te conheço como vizinha gostosa do Sirius. Por falar nisso, o que você está vestindo? Quero te imaginar.
Revirei os olhos.
— Um roupão azul, estou sem nada por baixo.– Falei sério, mas obviamente ele não acreditou.
— Duvido muito.
Agarrei a mão dele, afastando o roupão e colocando sobre meu pescoço nu.
— Só acredito vendo, mas uma pena eu não poder ver...
— O melhor disso tudo é que eu posso andar pelada pelo apartamento e você nem vai ver.
— Uma pena, uma pena...
Gargalhei.
Levanrei, indo até a cozinha e abrindo o armário.
Não tinha muito o que preparar.
A geladeira e o armário estavam praticamente vazios.
— Está com fome?
— Muita.
— Pois vai continuar com fome.– Brinquei.— Seguinte, seu carro tá lá no estacionamento?
— Sim.
— Vamos no mercado fazer umas compras.
— Você não vai pegar no meu carro.
— Hey, eu dirijo bem!
— Se dirigisse bem, seu carro não estaria no conserto.
— Deve ser por que um maldito barbeiro demoníaco como você arranhou ele na hora de estacionar o seu carrinho!– Bufei.
— Oh.
— E quem dirige melhor, eu ou você cego?
Ele não respondeu, mas pude ver um risinho se formar em seus lábios.