Disquei o número que o Sirius tinha me dado no papel, então liguei para ele, andando de um lado para o outro no corredor entre nossos apartamentos.
Ele atendeu no segundo toque.
— O que minha vizinha favorita nesse prédio enorme precisa?– Perguntou e eu pude imaginar um sorriso brincalhão em seu rosto.
— Deseja que você vá tomar no cu.
Ele deu uma risadinha.
— Ora ora, parece que você foi ao meu aaprtamento.
— Eu achei que era um gato, Sirius, UM GATO!– Bufei, sentindo vontade de enfiar a mão na cara dele.
— E você achou que eu realmente pagaria quinhentos dólares para alguém cuidar de um gato?– Riu.— Qual é, Lilica, por quinhentas pratas eu colocaria o gato em um hotel pra animais ao invés de pagar pra você.
— Você falou que eu precisaria ir e ficar pouco tempo, colocar comida e fazer carinho, quando se trata de um gato é fácil, mas ele é um humano, alto e forte! Não dá pra ir a cada duas horas lá e deixar ele sozinho e cego!– Me exaltei um pouco.
Sirius suspirou, mas não falou nada por entender que ele estava errado.
— Como que ele ficou cego? Dá pra voltar a enxergar?– Perguntei, tentando falar com um tom bravo ao invés de preocupação.
— Ele operou para poder parar de usar óculos. É só por alguns dias e logo logo ele volta a enxergar.
Suspirei aliviada.
— Por que você pediu justo para mim, sabendo que nós dois não nos suportamos?
— Eu sei que você precisava da grana e que você vai ser a única que vai brigar com o James, fazer ele comer e mandar ele tomar banho e tenho certeza que ele vai te obedecer.
Olhei para dentro do apartamento, vendo James quieto.
— Ele não tem mais ninguém, Lilica e você estava sozinha e solitária com seu gato em casa, talvez seja bom passarem um tempo juntos.
— Vou cuidar dele, mas deixo bem claro que você me deve uma.– Desliguei na cara dele.
Olhei para James novamente.
Teria um longo trabalho pela frente.