Capítulo 3

1122 Words
Noah Levantei rapidamente da minha cama e fui abrir a porta do meu quarto, ao abrir vi os olhos do meu pai cheio de lágrima e o desespero no rosto dele é evidente. - O que ouve pai? - perguntei a ele sem entender. - Sua mãe. - respondeu e antes de ouvir o resto que ela ia dizer corri até o quarto da minha mãe. - Mamãe. - Corri e me ajoelhei na beirada da cama enquanto chamava minha mãe. - Não adianta chamar por ela, ela se foi. - disse meu pai em tom de frieza. - Não…não. - eu gritava em meio às lágrimas. - Saia daqui, quero ficar sozinho com sua mãe. - Me deixe ficar aqui papai. - implorava pra ele me deixar ali. - Já disse pra se retirar. - falou e me deu um empurrão. Sai do quarto da minha mãe e sai sem rumo andando pelas ruas, na esquina dona Neuza me encontrou e veio até a mim. - O que aconteceu que está assim querido? - perguntou preocupada. - Minha mãe. - tentei dizer mas não consegui. - Respira, o que aconteceu com sua mãe? - Ela se foi. - gritei e todos que passavam me olhava. - Venha, vamos até minha casa vou preparar uma água com açúcar pra você se acalmar. Acompanhei dona Neuza até na casa dela entrei e fui direto pro sofá deitei em posição fetal e me desandei a chorar. - Trouxe sua água. - dona Neuza entregou o copo enquanto acariciava meu rosto e cabelos. - Porque Deus levou minha mãe? Porque? - digo inconformado. - Não culpe aquele lá de cima, todos temos que partir e agora sua mãe está em um lugar bem melhor que nós. - Eu vou sentir tanta falta dela. - digo em meio a soluços. - Eu sei que é dolorosa, mas você vai superar. - Obrigado por tudo dona Neuza. Depois que me acalmei voltei pra minha casa e fui até o quarto da minha mãe dei algumas batidas na porta e não obtive resposta. Abri a porta vagarosamente e vi meu pai dormindo com a cabeça na barriga da minha mãe e o corpo caído no chão. Fui para meu quarto e peguei meu celular vi que tinha várias mensagens de Débora. ? - Porque não foi trabalhar hoje? - perguntou ela. - Desculpe, esqueci completamente de te avisar minha mãe se foi e não tinha cabeça pra ir hoje. - Sinto muito, daqui 10 minutos estou aí. - Não precisa, estou bem. - Sem desculpas estou indo para aí. Fiquei esperando Débora chegar, escutei o barulho do carro estacionando em frente da minha casa e fui recebê-la. - Oi. - falou ela. - Entre, fique a vontade. - Com licença. Levei ela até a sala para sentar-se e perguntei se ela queria tomar algo. - Não, estou bem assim. - Ok - Sua mãe, já foi levada? - Ainda não, está lá em cima no quarto. Ela perguntou como tudo aconteceu, falei a ela como foi em meio às lágrimas. Meu pai veio até a nós e disse que já estavam vindo buscar o corpo da minha falecida mãe. - Não se preocupem com nada, eu arco com todo o custo. - Débora se ofereceu pra pagar tudo. - Não precisa disso, daremos um jeito. - digo a ela. - Já está feito, eu irei pagar tudo. - Não sei nem como te agradecer. Abracei ela em forma de gratidão, uma hora depois os homens chegaram para levar o corpo da minha mãe e meu pai os acompanhou. - O que será de mim agora? Sem minha mãe. - Eu sei que é difícil, mas tem que seguir em frente ela não iria querer ver você assim. Meus olhos estavam se fechando de cansados, Débora me levou até o quarto e deitou ao meu lado. Acabei dormindo com as carícias dela. - Eu te amo tanto Noah. - Débora dizia enquanto observava ele dormindo. No dia seguinte levantei e estava com o corpo todo dolorido parece que alguém tinha me batido. - Bom dia. - disse Débora. - Oi. - respondi friamente e espero que ela entenda os motivos. - Preparado para o dia de hoje? - Não, mas tenho que ser forte pela minha mãe. - Então vamos? - Vamos. Vesti uma roupa qualquer e fomos acertar os detalhes que faltavam, já era hora do almoço estava tudo resolvido. - Vamos almoçar? - Não querendo ser inconveniente, mas não estou com fome. - Eu te entendo, vou comprar alguma coisa e depois você come. Fomos ao locar que o corpo de minha mãe será velado, não demorou muito e o corpo da minha mãe chegou e quando eu vi ela dentro daquele caixão eu me derramei em lágrimas. Débora ficou comigo a todo momento é meu pai me encarava sentado na beirada do caixão. As pessoas começaram a chegar e iam até a mim me dar as condolências, dona Neusa chegou e quando me viu começou a chorar e eu chorei junto a ela. - Tudo vai ficar bem. - disse ela abraçada comigo. - Assim eu espero. Tentei falar com meu pai mas ele sempre fugia de mim, não entendi o porque dele me tratar dessa forma. A hora de sepultar o corpo de minha mãe está chegando, o desespero começou a aparecer e a cada vez mais eu chorava e tentava entender o porque isso tudo está acontecendo. - Atenção a todos, a hora de sepultar o corpo da nossa eterna e amável Raimunda chegou. - disse o padre. Se preparávamos para acompanhar os coveiros com o corpo da minha mãe, chegamos no local onde ela será sepultada e o caixão foi aberto para as últimas despedidas. - Vai em paz mamãe, te amarei por toda minha vida. - falei em prantos e assim minha mãe foi sepultada. Débora me deixou em frente a minha casa, subi para meu quarto e fui chorar escutei meu pai chegando e ele entrou bruscamente no meu quarto. - Quero que saia dessa casa ainda hoje. - falou ele em gritos. - Como assim papai? - Não me chame de pai seu viadinho. - O que acontece com o senhor? - Saia da minha casa. - dizia ele que me pegou pelo braço e foi me levando até a porta de saída. - E pra onde eu vou? - perguntei sem entender o que está acontecendo. Ele entrou fechou a porta e eu me sentei em frente a minha casa, logo ele jogou uma mala com minha roupas. - Jamais aceitarei ter um filho viado. - Mas.. - quando ia falar ele fechou a porta em minha cara. Continua…
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD