Um Beijo

1405 Words
Subi as escadas tão rapidamente que não percebi sua chegada. O corredor escuro não deixava seu rosto visível e o meu encapuzado também não era nítido. Olhei para baixo para me assegurar, que a capa estava no seu devido lugar, sem revelar nada. _ Saia da minha frente._ insisti. _ E perder essa oportunidade? _ disse ele acendendo a luz de um fósforo e colocando no pavio de uma vela na parede. _ Você parece bem preparado, tem andado muito por aqui? _ perguntei. Halan estava com o cabelo molhado como se tivesse acabado de tomar banho, ainda pingava gotas de seu cabelo preto e pequenas gotículas ornamentavam seu pescoço. Por um segundo tive vontade de sugá-las, mas retirei rapidamente esse pensamento intrusivo. _ Não! Meu quarto fica exatamente acima da cozinha, ouvi sua risada. _ disse ele olhando para mim. _ Não te falaram, quando criança, que é feio ouvir a conversas dos outros? _perguntei quase divertida. Ele estava com uma túnica branca de linho e calças escuras, apertadas em suas pernas grossas do treinamento. Com certeza ele treinava, constatei. A camisa um pouco aberta deixava seu peito forte aparecer pela gola, fazendo minha garganta secar. Dava vontade de desabotoar mais alguns botões para ver em sua totalidade. _ Está do seu agrado? _perguntou Halan me fazendo corar. _ Não entendi sua pergunta. _ fingi que não havia sido pega analisando seu corpo. _ Posso tirar para que veja direito, muito tecido atrapalha. _ ofereceu Halan rindo. _ Não é apropriado. Por gentileza, deixe-me passar. _ pedi novamente desviando o olhar. _ Quero te conhecer melhor. _ pediu Halan francamente. _ Peça uma audiência amanhã. _ sugeri já sabendo que iria negá-la como fiz com as outras. _ Qual a diferença daqui ou em uma audiência particular? _ perguntou Halan olhando nos meus olhos. Seus olhos eram magnéticos como nunca vi outro. Talvez ele não soubesse o poder que eles tinham em me prender, em puxar-me para ele, mas eu era consciente desse efeito e tentava mantê-lo longe. _ Não estaria sozinha com você em uma audiência particular. _ respondi. _ Então não tem graça. _ disse ele divertido. _ Prefiro então encontrar você aqui. _ Está esquecendo o pronome de tratamento. _ apontei me sentindo incomodada com a intimid@de. _ Quer que te chame de Majestade? _ perguntou Halan sussurrando para mim. _ Você deve me chamar de Majestade ou senhora. _ falei arrastando o "deve". _ Não sou seu súdito. _ replicou, Halan. _ Mas posso ser bem obediente, é só você querer. _ Não acredito que consiga obedecer alguém. _ falei ignorando o duplo sentindo em sua frase. _ Agora você me ofende minha rainha. Eu sou muito obediente. _contestou ele rindo. _ Não acredito em você. _ falei estreitando os olhos. _ Pois deveria! Sou o único que está jogando limpo. _ confessou chegando mais perto. _ Saia da minha frente, Halan. Você pode não ser meu súdito, mas é apenas um príncipe. _ ordenei novamente. _ Você tem medo de que? _ perguntou ele tirando meu capuz, fazendo meu coração acelerar. _ Não tenho medo de nada. _ respondi. _ Tem medo de você. _ respondeu o príncipe me deixando confusa. _ Medo de não resistir. _ Resistir ao que? _ perguntei dando um passo para trás. _ Ao príncipe de linhagem duvidosa. _ respondeu Halan surpreendendo-me. _ Sabe que sou sua melhor opção. _ Você é bastante humilde. _ retruquei. _ Não sou um idiot@! Não sendo um, fico acima de noventa porcento dos seus pretendentes. _ riu ele com o canto da boca. _ É porque são jovens, mas são obedientes. Muitos deles. _ defendi. _ Tenho vinte e três anos. Sou jovem também, mas isso não me faz um imb£cil. _ retrucou ele. _ E sou obediente, é só dar a ordem certa. _ continuou Halan com voz rouca. _ Saia da minha frente. _ ordenei corando. _ Você não quer que eu saia. _ falou Halan se aproximando cada vez mais. _ Posso ver nos seus olhos que não quer que eu saia. _ Eu quero passar. _ disse tentando manter meu tom neutro _ Pode passar. _ disse ele indo para a lateral do corredor ficando de frente para a passagem. Eu sabia que era uma armadilha, um homem daquele tamanho em um corredor tão estreito. Não havia como eu passar sem encostar nele, mas tentei. Passei devagar tentando me esquivar da montanha de músculos, mas foi inevitável. Meu peito encostou em seu abdômen e enviou faíscas por todo meu corpo, seu cheiro de banho recém tomado subiu em minhas narinas me fazendo soprar de vontade. A imagem dele nú tomando banho me fez arfar de vontade e ciúme ou inveja, não sabia ao certo, caso uma serva ousou tocar naquele corpo para banhá-lo. Perdi até os passos e por instantes esqueci de como se andava. Toquei na lateral de seu corpo tentando me equilibrar e suas mãos me seguraram colando meu corpo ao dele. Seu corpo quente colado ao meu parecia tão certo, tão natural que eu deixei que me segurasse. _ Admita minha rainha. _ disse ele com olhos penetrantes avermelhados. _ O que? _perguntei atordoada com sua presença tão próxima. _ Que você me deseja tanto quanto eu te desejo. _ respondeu ele me fazendo encarar aquele mar verde. Passei minhas mãos sobre seu peito definido e quase gemi da vontade que tinha de fazer isso. Ele engoliu em seco e segurou firme minha cintura me fazendo sentir sua er£ção. _ Pede, por favor. _ sussurrou no meu ouvido. _ Pedir o que ? _ perguntei, tentando enxergar através da cortina de desejo. _ Que te beije para começar. _ disse ele passando a língua em minha orelha. _ Não consigo! _ admiti. _ Mas é o que deseja. _ completou ele abrindo minha capa e revelando minha roupa interior. _ Cara|ho! Você é muito linda. _ disse Halan passando os dedos por minha cintura com a fina camisola. _ Poderia fazer isso a vida toda. Ele subiu os dedos, da mão direita, até chegar na lateral do meus s£ios, passando o polegar bem próximo do bico produberante. Eu já não sabia mais o que estava fazendo, a neblina da vontade havia tomado conta de mim. _ Por todos os deuses. Peça-me! _ implorou Halan segurando minha bund@ com a mão esquerda, puxando-me para ele, contra seu m£mbro duro. _ Beije-me. _ pedi com necessidade. Sua boca se aproximou da minha suavemente, abrindo e passando os lábios lentamente contra os meus até que começaram a revindicar cada vez mais. Feroz e rápido, pedindo e lambendo com tanta desejo que me fazia gemer e querer cada vez mais. Ele me levantou como uma pluma e me encostou na parede. Passei as pernas ao redor de sua cintura, sentindo seu m£mbro pulsando, pela calça fina, em meu núcleo. Suas mãos agarravam minha bund@ como se fosse me penetrar através da calça. Ele desceu beijando meu pescoço, sentindo meu cheiro como um animal que fareja a presa. Empurrando para frente para que eu sentisse cada vez mais dele. _ Saga, você é viciante. _ disse ele me fazendo derreter com o som do meu nome em sua boca. Halan levantou meus braços prendendo-os com uma mão grande sobre a minha cabeça, enquanto a outra segurava um p£ito. Ele passava o polegar em cima do bico e por um segundo ele parou tentando se controlar, mas logo voltou a me beijar com mais fome. Sua língua entrando na minha boca, seus dentes mordendo meu lábio inferior me fazendo arquear em seu m£mbro rígido. Eu queria mais, queria muito mais, ansiava por mais. _ Eu quero tanto te fod£r! _ disse Halan quase febril. _ Fala que você consegue dormir quando me vê. _ Eu... eu. _ esqueci como se falava quando ele puxou a camisola expondo um s£io. _ Diz que você não pensa em mim te comendo. _ ordenou ele, mas eu não conseguia. _ Saga! _ repetiu ele colocando o bico em sua boca e sugando suavemente. _ Não consigo dormir. _ sussurrei gemendo baixinho. _ Saga, saia daqui. _ ordenou ele me soltando e colando na parede oposta. _ Mas, eu... eu. _ tentei argumentar contra aquela mudança repentina, sem conseguir entender o que havia acontecido. _ Saia! _ gritou ele com raiva e eu, a rainha da Cidade Forte Vermelha, obedeci.
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