Capítulo 2 - O Jantar

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A minha decisão está tomada e pretendo viajar ainda este mês. Eram quase 19:00 quando desci para a sala de jantar e os encontrei sentados a mesa. - Boa noite pai e mãe. - Boa noite filha! - Eles responderam. - Preciso vos comunicar algo que decidi e não vou permitir que me impeçam. Fala logo do que se trata Gabriela - Minha mãe falou e como sempre parecia estar chateada com alguma coisa. - Eu vou para os EUA fazer a faculdade de Administração de Empresas e a Suely vai comigo.. - O quê? - Minha mãe gritou. Você está maluca Gabriela? Eu não vou permitir que você vá para os Eua e leve a filha da empregada. - Não mamãe! A Senhora é que está louca.O nome da empregada é Márcia. Ela me ama muito mais do que você algum dia me amou. E já sou maior de idade. Não te estou a pedir permissão para nada. Eu vou e já decidi. Além disso, a senhora diz confiar muito na Márcia e a chama de empregada mamãe? - Cristina! Meu pai falou... A Gaby é adulta e faz da vida dela o que quiser. - Obrigada papai. Eu sabia que o senhor entenderia. Bom jantar para vocês. Levantei - me da mesa. - Você não vai jantar? - Não mamãe. Perdi a fome.Vou tratar da minha viagem Saí da mesa furiosa e fui até a cozinha onde encontrei Márcia e Suely também jantando. Nana. Podes me servir o jantar aqui? Por favor.. - Claro que sim filha. Senta. - Obrigada. - Como foi com a Dona Cristina? Suly me perguntou. - m*l amiga. Mas o meu pai apoiou a nossa viagem. Não te preocupes. Vai dar tudo certo. A minha mãe não vai estragar isso. Nana me deu o jantar e comi todinho pois estava com muita fome. Levantei e pedi a Suely que no dia seguinte fosse comigo à embaixada americana.Despedi-me e fui dormir. A manhã seguinte seria agitada. O que será que me espera na América? Esta pergunta não saia da minha mente. O meu objetivo era apenas ir para lá e me formar. Mas pelo comportamento da minha mãe pensarei melhor antes de voltar. Ela não vai me obrigar a desistir do meu sonho para me forçar a casar e ter filhos. É claro que desejo isso, mas será pela minha vontade, e não pelos caprichos da minha mãe. Ela foi uma mãe ausente durante a minha infância e adolescência. Agora que decidi ir à Universidade quer fazer o seu papel de mãe impondo a sua vontade? Não deixarei isso acontecer. Herdei a teimosia dela. Então ela deve saber que não pode nem vai me prender em casa. O apoio do meu pai é suficiente para mim. Ao menos ele tem tentado se aproximar de mim agindo como um pai. Apesar de achar que é tarde demais, darei a ele uma oportunidade de sermos pai e filha novamente. Desde que ele não se deixe manipular pela minha mãe vai correr tudo bem. Amanhã vou à embaixada com a Suely. Vai dar tudo certo. A minha mãe que não se atreva a me impedir, ou então seremos literalmente inimigas, e não será por pouco tempo.
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