3 - O convite

703 Words
Sophie Terminei de limpar os quartos e depois lavei os banheiros. Foi tanta coisa que só parei meio dia. Eu estava morta de cansada e se eu já dava valor ao dinheiro da minha mãe, agora eu valorizo mais ainda. Se eu sou bem mais jovem e já tô morrendo só numa manhã, imagina ela todo dia?! Minha mãe é uma guerreira. Guardei as coisas e encontrei a Tereza colocando o almoço na mesa. Entre o vai e volta eu falei pra ela que já estava indo embora que tudo já estava feito. Ela assentiu e desejou melhoras pra minha mãe. Assim pude, saí pelos fundos. Dei a volta no quintal e saí pelo portão da frente. Ao atravessar o mesmo, passei por uma cortina de fumaça que me fez começar a tossir. — Já está indo, princesa? Jonathan. — Sim. — continuei andando e a tosse parou assim que fiquei a uma distância considerável da fumaça dele. — Quer uma carona? — Hora do almoço, Jonathan. Não precisa, obrigada. — voltei a andar. — Você sabe meu nome. Você falou que não me conhecia. Merda, falei demais. Olhei por cima do ombro na calçada. — Quem não te conhece? Ele sorriu. — Aceita a carona. Estou indo na casa de um amigo e por acaso sua casa está a caminho da dele. — Você sabe o caminho da minha casa? — estranhei. — Sempre levo a sua mãe. Ata. Vou tomar cuidado pra não sair na frente da casa quando minha mãe estiver voltando do trabalho. — Não, obrigada. Não quero sua carona. Nada de entrar nas estatísticas de garotas provadas por Jonathan. — Se você me conhece, deve saber que sou insistente. Não desisto fácil de uma coisa. — E eu sou teimosa. Não aceito fácil muita coisa. — desdenhei e voltei a andar. Ele não disse mais nada, mas de repente um ronco de motor zoou na rua e uma Ferrari azul me acompanhou. Ele abaixou o vidro do carro e esticou a cabeça pra falar comigo. — Eu vou te seguir até sua casa. Então é melhor entrar. Dei uma lufada de ar cansada da insistência dele. Credo, esse rapaz cismou comigo mesmo! Parei e ele fez o mesmo com o carro. — Tudo bem. Já que vai continuar insistindo. — me dei por vencida e entrei no carro. Ele estava com um sorriso vitorioso naqueles lábios gostosos. Preferi olhar para a frente e focar na rua. Nunca tinha ficado perto do Jonathan e os metros de distância que minha vida me permitiu durante o tempo que descobri sua existência não foram o suficiente pra mostrar o quanto ele é mais irresistível de perto. Parece clichê, mas é que existem pessoas que despertam na gente desejos. Desejos inexplicáveis. Uma vez eu ouvi numa série que certas pessoas liberam muitos feromônios e isso os torna muito atraentes mesmo que a pessoa não seja bonita. Mas o Jonathan tem isso aí e é bonito. Ou seja, ele tem duas coisas irresistíveis ao mesmo tempo. Como fingir demência? — Eu sou muito próximo da sua mãe. Quero dizer, eu a tenho como uma mãe pra mim. Ela sempre se preocupou comigo. Você parece ser como ela. Tentando me agradar? Eu já vi ele esculachar e destruir a moral de um monte de garotas no meio de todo mundo. Ele é de todo r**m. — Como assim? — Gentil... Amorosa... — Talvez. — balancei a cabeça na dúvida. — Eu quero que você vá a minha festa. Olhei pra ele com uma grande interrogação na minha cara. — Quê? — Minha festa de aniversário. É amanhã. — Você me conheceu há duas horas atrás! — Por isso mesmo. Quero te conhecer melhor na festa. — explicou. Jonathan Carter querendo me conhecer. Não estava preparada para esse tiro. — Não tem nada que você deva saber sobre mim, além de que eu sou filha da empregada de vocês. — Que eu considero uma mãe. — ele estacionou na frente da minha casa. — Então me considere uma irmã. — saí do carro. — Obrigada pela carona. Dei as costas. — Te espero lá. Começa às 21:00. Será que ele pensa mesmo que eu vou?!
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