2 - A Vênus n***a

1097 Words
JONATHAN CARTER Se tem uma coisa que odeio é que me acordem. Pior ainda se é num dia depois de uma balada que durou até às 4h00 da manhã. Eu fico puto, e essa manhã um ser desavisado entrou no meu quarto. Eu odeio quando contratam novos funcionários que saem achando que todo mundo tem que acordar às 8h00 da manhã. Eu não sou obrigado a aturar isso. A voz era doce e baixa, mas só de ter me acordado, o meu cérebro distorceu a voz de anjo para uma voz insuportável. Eu cerrei meu punho prendendo o lençol e apertei os olhos tentando não gritar com essa coitada. Contei até três e virei meu rosto na direção da porta onde provavelmente ela estava. Eu esperava uma pessoa bonita sendo dona daquela voz, mas não a Vênus n***a. De pé estava uma garota de corpo escultural e rosto esculpido numa pedra dourada. Ela é tão linda que fazia a roupa de faxineira parecer uma fantasia erótica. E os olhos esverdeados contrastando com o tom de pele chocolate e os cabelos em um castanho mais escuro e todo cacheado, p**a que pariu! Eu nunca tinha caído no charme de uma n***a, mas essa me fez engolir a raiva em menos de 5 segundos. — Quem é você, linda? — perguntei levantando da cama, mesmo que minha cabeça suplique por repouso. Ela tá latejando. Me enrolei nos lençóis e segurei as pontas deles com as mãos perto do meu quadril, deixando meu peito nu. Eu quero causar uma boa impressão assim como ela me causou. Só que minha impressão é mais focada no tesão... Prazer... Provocação. Ela parecia perdida nas palavras e balbuciou alguma coisa que não entendi porque estava muito focado na boca carnuda dela. Merda, eu quis no mesmo instante avançar naquela boca e chupar, morder ela toda. Olha, eu sou muito impulsivo. — Desculpa, você pode repetir? — pedi assim que ela parou de mover os lábios. — Estou no lugar da minha mãe. Vanessa. Filha da Nessa?! Por essa eu não esperava. Na verdade, depois que ela falou isso consegui encontrar semelhanças no formato do rosto, o nariz é bem parecido. — Meu Deus, a Nessa tem um útero abençoado! — afirmei admirado com a escultura que está parada na minha frente. Ela ficou calada e ignorou meu elogio sem esbanjar nenhuma emoção. Ela não pode ter resistido ao meu elogio! — Tenho que limpar seu quarto. A mulher elegante mandou. — ela segurou a vassoura. — Minha madrasta. Ok. — procurei meu chinelo. — Qual o seu nome mesmo? — Sophie. Até o nome é delicado. — Sophie... Por que eu nunca te vi? — entrei no banheiro do meu quarto e comecei a escovar os dentes com a porta aberta. Não quero perdê-la de vista. — Não sei. Vai ver que você estava muito ocupado olhando pessoas mais interessantes. — ela varria o quarto concentrada. Tirei a escova da boca curioso. — Você já me viu? — Não. Não. — ela respondeu de um jeito não muito convincente. — Digo porque a cidade é muito pequena. — Ah, sim. Porque eu te notaria no meio de um estádio lotado. — meus olhos foram para o enorme par de glúteos que ela esbanja na sua traseira. Imagina essa garota de quatro pra mim? Essa pergunta me fez ter uma breve ereção e escondi graças ao lençol. Apesar da ressaca meus nervos estão à flor da pele. Não é estranho, essa garota deve causar isso em todo mundo. Ela está tão perto da minha cama, que a vontade que tenho é de jogar-lá em cima dos meus travesseiros que estão espalhados em cima da cama. Terminei de escovar os dentes e pra piorar a garota se abaixou pra puxar o tapete debaixo da cama. Era muita provocação. Tive que sair do quarto às pressas e só arrastei um short de moletom para vestir fora dali. Se a Nessa queria me dar um presente de aniversário adiantado, ela me acertou em cheio. Vesti meu short e deixei os lençóis perto da porta do meu quarto. Desci pra cozinha. — Bom dia, Girassol! — tentei falar num tom animado. Eu tô acabado. — Você tá péssimo. — ela comia as verduras. — Eu sei. O que tem pra ressaca? — Chá de vergonha na cara. — ela respondeu com seu tom de autoridade. Ela nem é minha parente nem nada, mas parece que pegou a ruindade da minha madrasta. — Você sabe ser chata, heim! — me afastei da ilha e peguei um isqueiro e um cigarro que estava em cima da mesa. O acendi e dei uma tragada. Eu odeio essa casa do meu pai, principalmente depois que a chata da Iolanda casou com ele. Ela me odeia, eu não ligo, a recíproca é verdadeira. Mas infelizmente meu pai ainda não me presenteou com um apartamento só pra mim. Agora tenho que ficar aturando essa peste. As únicas pessoas que gosto nessa casa são meu pai e a Nessa. O resto pode tacar fogo. Sentei no sofá e fiquei fumando meu cigarro enquanto trocava mensagem com o Tyler. Tyler Cara, cê tá vivo? Jonathan Sim. Quer dizer, acho que minha alma ainda não voltou pro meu corpo, mas passo bem. Tyler Você lembra a merda que fez? Jonathan Não... Eu nunca lembro as merdas que fiz, também eu faço muita merda, fico feliz em esquecer porque não preciso ficar me arrependendo do que fiz. Tyler Você comeu a Olívia Baker. Jonathan Não! Sério? A Olívia é um pé no saco. Todos os meus amigos que já ficaram com ela perderam a paciência. A menina é muito grudenta e se tem uma coisa que odeio é grude. Na verdade, eu não gosto de nada que remete a relacionamento. Tyler Ela ainda não te mandou mensagem? Jonathan Não, mas desde já te agradeço por me falar essa merda que fiz. Vou bloquear o número dela antes que ela pense em ligar pra mim. Tyler Boa sorte. E reze pra que ela não saiba seu endereço. Jonathan Eu não quero nada com ela mesmo. Só comi e nem lembro se foi bom. Tyler Você não contou sobre a festa de amanhã, não né? Jonathan De jeito nenhum. Você sabe que não repito garota, muito menos no dia do meu aniversário. Quero carne fresca, e falando nisso, tem uma carne de primeira limpando meu quarto agora. Será que eu convenço essa garota a ir na minha festa de aniversário? Eu respeito a Nessa, mas essa filha dela me deixou louco.
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