916 Words
Sophie Entrei em casa e logo minha mãe apareceu com um pano de prato no ombro. — Já melhorou, mãe? — fiquei contente. — Já. Mãe de família não fica doente por muito tempo. Você veio com Jonathan? — franziu o cenho. — Porquê? — Porque o ronco do motor do carro dele eu reconheço a quilômetros. Caramba! — Ele insistiu. — lamentei deixando a bolsa no sofá. — Eu sei bem como ele é. Regra número 1 pra manter um emprego, Sophie: Não se envolver com a família pra quem trabalha. Não quero você perto dele, filha. Não quero perdeu meu emprego nem ver você destruída. Aquele garoto não presta. — Não precisava pedir. Eu já sei quem é ele. Ele estuda na mesma faculdade que eu. — Pois dobre sua atenção. Se eu souber que você tá envolvida com ele te dou uma surra. E não fale que já é maior de idade ou coisa do tipo. Eu te arrebento Sophie, porque o Jonathan não é homem pra você. — mostrou autoridade na voz. — Tá bom mãe. Eu não vou ficar perto dele. Relaxa. — Maldita hora que te mandei no meu lugar. Devia ter falado com a Irene. — voltou pra cozinha. — Você é bonita. Não devia ter caído nos olhos do Jonathan. Imagino os pensamentos obscenos dele com relação a você. — Eu não sou tudo isso. E uma hora ou outra ele iria me ver. Acho que sou a única garota dessa cidade que não passou pelas mãos do Jonathan. — peguei uma cenoura e comecei a comer.  — E deve continuar sendo. — Eu sempre vou ser a filha da empregada, mãe. Ninguém quer nada com a filha da empregada. — fui pro meu quarto deitar. — Almoço tá pronto em cinco minutos. — ela gritou de lá da cozinha. — Valeu.    20 minutos depois... Alguém bateu na porta e a gente estava almoçando. Sobrou pra mim ir abrir. Levantei e dei de cara com a Kelly com seus cabelos super loiros molhados e um sorriso enorme no rosto. — Entra. — estranhei a animação dela. — Kelly! — meus irmãos gritaram. Todo mundo gosta dela aqui. — Chegou numa boa hora. — minha mãe falou sorrindo. Antes de sentar no meu lugar, peguei um prato e talheres pra Kelly. — Valeu. No meu apê não tem nada feito. — contou sentada na cadeira e colocando a comida. Tenho inveja dela por ela já morar sozinha. Eu ainda tenho que morar com minha mãe e vivo de rédea curta. — De onde você vem assim molhada? — minha irmãzinha perguntou. — Da casa de uma amiga. — ela regulou a frase porque minha mãe odeia saber que a Kelly tem um jeitinho muito livre de viver. Se ela souber o que eu apronto com minha melhor amiga... — Ahh. — minha irmã assentiu balançando a cabeça mais que o normal. Depois do almoço, deitamos no meu quarto, eu e Kelly e fechei a porta pra saber dos babados. — Onde você estava? — sussurrei. — Na casa do Tyler. — ela continuou nossa conversa nos sussurros. — Tyler Williams? — fiquei chocada. — Sim. Eu não te contei antes porque você andava toda ocupada. Mas faz uns dias que estamos ficando. — Ficando como? — transando né! — cochichou e eu ri. — Meu Deus ele é amigo do Jonathan! — Sim, e amanhã é o níver dele e o Tyler me chamou e disse que posso te levar. Mais um convite. — Não. Nem insista. Depois do que a mamãe disse então. — Qual é, você nunca vai a nenhuma festa comigo! — Minha mãe me mataria se eu fosse. — Ela não precisa saber. Eu digo que você vai dormir lá em casa. Vamos amiga. Por favor. Eu tô gostando muito do Tyler e não queria perder ele pra ninguém nessa festa. Mas não quero ir sozinha. Kelly é uma filha da mãe persuasiva. — Vou pensar, mas fala com a minha mãe. — Maravilha. — ela deu um gritinho super animada.   ***   De tarde minha mãe saiu pra casa de outra família. Ela só trabalha alguns dias da semana nessa casa, e como hoje é sexta, é dia dela ir pra lá. Fiquei com meus irmãos, é meu emprego até minha mãe voltar e eu ir pra aula na faculdade. Brinquei tanto que eles ficaram mortos de cansaço e dormiram. O celular da minha mãe começou a tocar e eu levei um grande susto por ver que ela o esqueceu. Mas aí veio outro susto seguido de um alívio. Era o Jonathan ligando. Atendi com o cu trancado. — Alô?  — Alô princesa. Queria mesmo falar com você.  — O que você quer ligando pra minha mãe?!  — Quero te dar o endereço da festa.  — Ligando pro celular da minha mãe?!  — Você não me deu tempo pra pedir o seu.  — Não liga de novo pra minha mãe querendo falar comigo. Ela me mata!  — Me passa seu número então.  — Eu não quero conversar com você.  — Então eu vou continuar ligando pra sua mãe.  — O que você quer comigo caramba?!  — Muita coisa.  — Eu não quero nada com você. Mas pra diminuir os danos é 99964192. Só ligue em caso de morte.  — Tá bom amor. Vou mandar o endereço da festa.  — Não precisa.  — Eu insisto. Beijos. Filho da mãe insistente. Ele vai acabar me ferrando.  
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