112. Carolina Narrando Eu engoli seco, sentindo aquele nó na garganta crescer, mas me obriguei a respirar fundo e manter a calma. Esse momento, eu sabia que um dia ia chegar, e por mais que eu tenha me preparado, ainda assim, é difícil. Mas eu não vou desmoronar, não agora. Não na frente de todo mundo e jamais, na frente dela. Eu finjo que tá tudo bem, volto a sorrir, a beber, a conversar com todo mundo ao redor. Cada palavra que sai da minha boca parece ensaiada, como se eu tivesse em um palco, mostrando uma versão minha que eu criei pra quando isso aqui acontecesse. Minha armadura que o Jhonny tinha desmontado, hoje tá firme, não vou deixar ninguém ver o quanto isso me destrói por dentro. Meus olhos passeiam pelo lugar e param no tal do Russo. Eu fico encarando ele por um tempo, tenta