(continuação..)
111. Ana Maria Narrando
O mundo parou por um segundo. Eu fiquei ali, paralisada, o coração disparando no peito como se quisesse sair correndo antes de mim. A menina que eu achava que nunca mais ia ver na vida, a filha que fugiu de casa aos 16 anos, depois de todas as merdas que fiz. Como é que ela tá aqui? Na Rocinha, na casa do Barão?
O pânico tomou conta de mim, minhas mãos começaram a tremer e eu senti meu estômago embrulhar. Eu soltei a travessa de vidro que estava na minha mão. Sem pensar duas vezes, me virei e saí correndo dali. Fui direto pro banheiro, quase tropeçando no caminho, e bati a porta com força, trancando ela.
Minha respiração tava descontrolada, o peito subindo e descendo rápido, e eu comecei a andar de um lado pro outro no banheiro pequeno. A Carol
