62. Antônio Narrando Quando eu bati o olho no meu filho ali, parado na minha frente, a sensação foi braba. Meu peito se encheu de uma alegria que nem sei explicar. Ver o garoto aqui atrás de mim, parecia um sonho. Eu sabia que essa hora ia chegar, mas ainda assim, quando chegou, me pegou de surpresa. Esse momento era a chance que eu sempre esperei, a chance de botar as coisas no lugar, de tentar consertar o que já tava quebrado faz tempo, aquilo que eu mesmo quebrei. — Aí, Russo, meu filho! — falei com o sorriso mais aberto que consegui. Queria mostrar pra ele que tava feliz de verdade, que essa era a hora da gente trocar aquela ideia que a vida toda eu esperei. Quando ele me devolveu a pistola que eu tinha deixado com ele, senti um peso saindo das costas. Peguei a arma, mas meu pensa