Micaela estava paralisada, as gotas de chuva batendo no chão como um metrônomo inquieto. As sombras à sua frente se moviam sutilmente, revelando contornos distintos, enquanto a tensão no ar pulsava como um aviso. Seu coração acelerava, cada batida ecoando a incerteza do que estava por vir. As silhuetas pareciam se aproximar, carregadas de segredos e intenções ocultas. O que estava acontecendo ali, naquele instante? Os rostos dos irmãos estavam cobertos pelos capuzes de suas capas pretas, mas Micaela, de alguma forma, sabia de quem se tratava. — O que querem de mim? — A pergunta escapuliu de seus lábios, mas o silêncio dos irmãos era mais perturbador do que qualquer resposta. A única companhia era o som da chuva batendo incessantemente. Micaela hesitou, sentindo a adrenalina tomar conta d