Capitulo VI- Heloise Samartini

4014 Words
— Sim senhor Comandante! — Disse me comprometendo firmemente. — Pela hierarquia ele é seu superior, é sua obrigação obedecê-lo, cumprir suas ordens, ser uma tenente obediente, está sempre a seu dispor. Podem ir, veja vestimentas, alimentação por favor Louise. — Disse por fim, quase num sussurro. Sair da sala após lhe dar uma olhada em aviso, vou matá-lo na primeira oportunidade que vier pra meu lado, o gordinho tentando nos acompanhar a cada passo, eu olhava o histórico do capitão em minhas mãos, médico, esteve em vários lugares, guerras principalmente, foi importante na luta contra o Japão, seguimos para o dormitório, mostrei tudo enquanto, o seu tradutor lhe falava pra ele que perguntava de volta. Foi um longo tour. — Vem cá o que você está fazendo? — Helena me pergunta após chegar de algum lugar, olhei para os dois que conversavam entre si. — Guia turístico para os novatos. — Gargalhou debochando de mim, bateu em meu ombro ao ver o doutor— Por que eu suspeito que esta função deveria ser exercida por você? — Questiono, vendo-a fugir em seguida, uma hora eu a encontro. — Agora irei apresenta-los a corporação. —O gordinho lhe diz, depois sorri para mim, ele olha em volta. Chegamos a porta, o primeiro sargento passa por mim, depois ele passa me olhando, seus olhos negros fixos no meu, e os meus nos deles, desta vez não será como a noite anterior. *** - Capitão Osaka! Capitão! — Capitão é o que almejo em minha vida, não tenho contato com ninguém por enquanto que tenha função dentro do quartel, mas todos sabem que essa é a que eu desejo, ter no papel o domínio sobre uma equipe, poder usar os direitos de um, mas não nasci homem e mesmo que eu não queira, invejo isso nele, é temporário, o ignoro quando posso, sou orgulhosa e todos sabem disso. Há vários lugares no mundo, há tantos destinos, becos e vielas, mas ele tinha que estar na minha área, no mesmo quartel, com o comandante ali de pé me apresentando aquele homem que me beijou na noite anterior nos olhamos e apesar de não compreender seu idioma, sua língua já havia passeado em minha boca na noite anterior, pior que eu não reagi de imediato, como o deixei chegar a tanto? Gostei do seu beijo, da sua lingua? Permitir seu beijo sujo, imundo, enquanto ele segurava sem força alguma o meu braço, num encontro de corpos, como se deixasse claro que eu o queria, que eu precisava de seu beijo, que ele já havia me dominado como sua conquista da noite, bastava apenas pedir o telefone depois, ou me levar para o carro, arrancar a minha roupa e fazer tudo que os demais fazem. No dia seguinte ninguém se lembra de ninguém. — Tenente Louise, este é o capitão Daniel Osaka, espero que ambos se deem bem, ele veio até nós para uma experiência. — Olhei do coreano, depois para o meu superior, ele não devia me reportar isto, por que o fazia? Qual a necessidade dele me apresentar este homem? — Vocês dois vão compartilhar os mesmos dormitórios. — O quê? Como assim? O questionei com os olhos, posso parecer uma mulher forte, mas sou uma mulher, desde quando homens e mulheres dividem o mesmo dormitório? Sem contar que ele é coreano, certamente deve ser nojento como vemos nos filmes, comendo bichos que costumamos matar, pensando bem por este lado, não seria má ideia vê-lo devorando uma barata que passeia pela parede tarde a noite. Ele nem tem cara de come baratas, talvez prefira os escorpiões, definitivamente escorpiões parecem ser o estilo dele, ai nossa não acredito que ele me beijou, credo! Será que ele havia comido um escorpião ontem antes de me beijar, se ele comeu significa que eu também, não, não pode ser, e se ele tiver comido rato, coreanos comem ratos ou é só especialidade dos chineses? Preciso pesquisar sobre isso, mas se comeu já era, me beijou, pra quem eu pergunto isso? Não posso perguntar isso a ninguém. Se eu perguntar indiretamente a minha mãe, ela é médica pode me ajudar a saber se tenho leptospirose, será que esse é o nome da doença dos ratos, será que eles simplesmente pegam e comem, não fazem um exame antes? Ele não para de me olhar, credo, mas parece que comer essas coisas fazem bem, ele é forte, bonito, que dentes, Heloise volta a si, ele come ratos, escorpiões e baratas, meu Deus socorro, eu beijei alguém que come essas coisas, devo perguntar se eles comem cachorros, se chegar perto de Oscar mato ele, já sabe que sou melhor que ele nas artes marciais, porque que esse i****a não para de me olhar, será que é canibal, coreanos comem gente? Creio que horror Heloise, seria preconceito o que estou pensando? Mas ele não para de me olhar, e se ele tentar me comer enquanto eu tiro uma soneca? Não, isso é preconceito relacionado à nacionalidade. Por fim fui o mais gentil que eu poderia ser, preciso respeitar a patente que represento, ser mais que profissional, não vou ser uma capitã socando a cara de um visitante porque ele me beijou, mas a minha vontade era sair correndo dali, nunca mais o vê-lo na vida, seus olhos tem algo estranho, talvez seja apenas porque é de lá, desde quando eu saio fugindo de alguém? Nossa, preciso urgentemente de uma bebida. A convivência no início não foi fácil, na verdade nenhuma convivência comigo é fácil, é tudo turbulência, e para um homem que veio do outro lado do mundo, fui me surpreendendo, a medida que todos os dias pela manhã o encontro pronto para me acompanhar nos exercícios matinais. — Bom dia! — Me impressiono como ele vem se esforçando gradativamente para nos comunicarmos em minha língua. Apenas lhe olho a meu lado, ele ainda me olha. — Bom dia Capitão. Sorri fraco, não acha que vou cumprimentá-lo? Será que acha que todos os dias responderei seu bom dia? Em continência? — Você deveria me cumprimentar em continência. — Compreendo o que diz ao meu lado, mas ignoro. Começo a correr, ele me segue em todo percurso apenas de calção de corrida e camiseta branca, não sou muito diferente dele, exceto pelas tatuagens tenho algumas. Procuro a minha garrafa de água, apenas para perceber que deixei no quarto, mas uma vez o pego me olhando - Água? - Lhe olho ao meu lado, agora cara a cara, apenas n**o com a cabeça vendo-o erguer sua garrafa de água. Termino de fazer os exercícios, não sei porque ele me acompanha em todos, será que acha que é obrigatório exercitar-se junto comigo pela manhã? Vou para o dormitório, ele me segue, apenas entro pego a toalha, ele permanece no quarto, isso é bom, pelo menos não vai me acompanhar no banho. Saio do banheiro, está na porta revirando seu celular, nos olhamos, é uma situação um pouco constrangedora — Seu amigo onde está? — lhe pergunto ele apenas me olha deixando o celular de lado— festa no dia anterior e hoje tem ressaca— Apenas afirmo com a cabeça, já tem três dias convivendo com este coreano, se troquei mil palavras foram muitas. Caminho alguns passos quando escuto sua pergunta. — Não foi pra festa ontem? — mas é claro que eu fui, certamente não sabe que respiro festa. — Sim, fui, mas fui para a boate nova, a beija-me. — Sorriu, vindo em minha direção, balanço a cabeça negando, disse pra ele que sim, fui para a nova boate beije-me, o filho da p**a acha que eu pedi pra ele me beijar, também o nome das boates não colaboram. — O que pensa que esta fazendo? — Já estava praticamente sobre mim, quando ergueu a mão a minha frente. — Não pediu para lhe beijar? — Neguei a sua frente. — Não, óbvio que não, este é o nome da boate — Explico saindo embaixo do seu peito, alguns oficiais passam olhando para nós dois, assentiu me olhando, depois para a minha mão prestes a acerta-lo. —Desculpe-me. — Digo antes de sair, será que todas as mulheres que pedirem pra ele beijar, será que este coreano beijaria? — i****a! Estou tendo muita paciência com ele. — Reclamo saindo em seguida. — Irmã é verdade que você e o Osaka, estavam aos beijos a pouco? —Reviro os olhos entrando no dormitório com a pergunta de Helena, suspiro jogando a toalha molhada na cama. — Estava, e advinha o que ele comeu no café da manhã? — Ri, levantando da cama.— Você estão se dando bem, pelo menos até agora você não socou a cara dele. — Começo a me vestir, vontades não me falta. — Ele acabou de confundir o nome da boate de ontem, com um pedido. — Gargalha me olhando. — E você? — Expliquei, fica de olho na porta, porque o bonito do seu pai ainda esta me castigando. — A vejo ir e voltar, enquanto eu me visto, pelo menos quanto a isso ele é muito respeitoso. — Você deveria conversar com ele, isso é injusto e sem privacidade, o dormitório das mulheres nem esta tão cheio. —Lhe olho. — Todas nós sabemos que o senhor Júlio Albuquerque esta me castigando pelo ocorrido com o sobrinho do prefeito. E você parece ter nove anos ainda, vai perguntar novamente se a tartaruga tira a casa pra descansar? — Pergunto bagunçando seu cabelo loiro, apenas rir me olhando, n**o lhe olhando vendo que as vezes ela passa dos limites na sua doce imaginação. — Ah Louise, qual o problema não acho que o comandante iria lhe castigar assim. — Olho pelo espelho ajeitando meu cabelo. Quando ouço as batidas na porta. — Entra! — Aviso em meu idioma, o coreano entra nos olha. — Bom dia! — Cumprimenta Helena, que suspira ao vê-lo sem camisa, acho que entende qual é o dos meus maiores problemas, passo a mão em seu rosto fazendo-a despertar. — Ele te deu bom dia! — Sorri latente, com um abdômen destes é impossível não ser um bom dia. — Irmã você está babando! — Aviso, fazendo-a me olhar, passo o dedo em sua boca. — Bom dia Capitão Osaka. — Lhe olho em regência, desço seu braço. — Ele esta de toalha irmã, por favor, vamos sair. — Saio lhe arrastando Helena pra fora do dormitório sem que ele a libere, sei que gosta disso, ja a vi se exibindo pra a garotas , antes disso o vejo ri se sentindo um macho superior do lugar, por isso nem o olho.. — Vem cá como você consegue? — Me pergunta, enquanto caminhamos para o pátio. Não lhe olho, ela sabe que homens pra mim não tem valor algum, mas esse me tira do serio. — Tem certeza que esta pergunta é pra mim? — Lhe questiono de volta, apenas dá com a mão. — Eu não ficaria um minuto dentro daquele quarto sem me agarrar com aquele homem, a cara dele de sério, malvado, aquele corpo, eu me esfregaria todo por ele. — Apenas sigo meu percurso séria, quando seu amigo passa por nós, fica em cumprimento. — Bom dia Shançal. — O cumprimento, ele sorri, não me parece de ressaca. Helena também o cumprimenta. — Bom dia Tenente, primeira Sargento. — Seguimos nosso percurso. — Ei você sabe que eles não vão embora tão cedo, eu escutei nosso superior falando ao telefone com o chefe deles, que disse que é uma honra recebê-los aqui. — Suspiro vendo que a merda apenas piora, só se passaram três dias, ele praticamente já me viu nua. - Vou conversar com o comandante, temos que ficar em quartos separados. —Comento, vendo que eu não queria, mas preciso pedir algo ao meu tio. — Chegamos ao pátio, os garotos estão em fileiras. — Em ordem! — Digo com a voz firme. Para eles que se colocam de pé e em fileira— Primeira tenente compareça ao escritório do General agora — Escutamos no alto falante, olho para Helena ao meu lado, que apenas lamenta com a boca. Saio do pátio em direção aos prédio dos superiores. O vejo também caminhar na mesma direção, não o olho, nem ele pra mim, mas seguimos juntos, chegamos a sala do nosso superior que apenas gesticula para a nossa entrada na sala. — General!— O cumprimentamos em uníssono, ambos em continência, o mesmo nos olha, não acredito que ele está roubando meus movimentos. — Podem descansar Capitão, Tenente. — Ficamos em posição de descanso. Ele fala algo com o homem ao meu lado, somente agora noto que os dois falam em algum idioma que eu desconheço, mas se compreendem. — Tenente preciso que vocês vá até a rodovia federal, a polícia federal requisitou a presença de dois oficiais, como o capitão ainda precisa conhecer as nossas fronteiras, não vejo alguém melhor para apresentá-lo a ele se não for a senhorita. — Contínuo em posição de descanso, alguém avisa pra eles que estão me dando um filho que fala em outro idioma pra que eu cuide e crie? — Sim, senhor General. — Respondo, ele me olha sério, por fim assente. — Podem ir estão liberados. Saímos após a continência, na saída passamos pela porta o sinto me olhando. — Water? — Concordo, enquanto saímos, ele sempre vai me lembrar de carregar comigo água? É sério isso? Pelo menos treino bem o meu inglês. Fomos ao dormitório juntos, colocamos nossa boina, fardamento, pegamos a nossa mochila, coloco água para que ele veja, apenas me olha em silêncio, odeio quando me olha assim parece que quer me dizer algo, quando vem em minha direção, me esquivo, toda hora parece que vai me beijar, posso enquadrá-lo como assédio? Mas desta vez apenas pega a sua corrente sobre o armário atrás de mim, sorri colocando, ainda me olhando, afirmo lhe olhando.— Licença existe — Aviso pra ele em inglês que ergue fraco os lábios, parece que adora me irritar, chegamos ao jipe do exército, pego as chaves nas mãos de Rafael. — Ei irmã pra onde? — Sorrio ao ver Helena correndo com a tropa logo atrás de si, pelo menos assm ela faz exercicios, fico satisfeita. — Fronteira, polícia rodoviária. — Aviso, sei que ela avisará em casa caso não retorne hoje. Assumo o volante, ele apenas segue em silêncio a meu lado, com um óculos preto rayban nos olhos, gosto de ver o vento bagunçar seus cabelos, a meia franjinha que faz quando estão despenteados, o cheiro do seu perfume que invade o carro a medida que o vento entra seu cheiro se espalhar em todo o lugar. Me olha quando percebe que estou lhe olhando— Não precisa disfarçar, sei que sou bonito. — O ignoro, pelo menos tento, mas reviro os olhos ao ver como é narcisista. — O que te faz pensar que você é bonito? — Ri fraco, sem dentes, passa a língua nos lábios. —Somente ser, não te parece que sou? — Balanço a cabeça em negação, até que aproximasse de mim, o olho tão perto de mim, um ar tão superior, tão sedutor, nunca me senti assim antes, ele mexe comigo não n**o. — O que você veio fazer aqui no nosso País? Instalar uma bomba? — Olha pra o lado de fora, ele não responde. — Ei pode falar, você sabe que eu ainda não te perdoei pelo beijo que você me roubou na boate, falta pouco pra que eu esmague a sua cara. — Me olhou arqueando a sobrancelha. — Forcei algo que não queria? — Questiona, não respondo. — Sua língua passeou tanto sobre a minha, como a minha sobre a sua. — Diz sendo irônico. — Gosto de morango. — O ignoro a meu lado, não acredito que eu toquei nesse assunto, me pego aborrecida pensando em tudo isso. — Foi uma aposta, você não era a mulher mais bonita da festa, e nem a mais atraente apenas fiquei com pena, tão sozinha, tão ali necessitada, ninguém olhava para você! —Gargalho ao escutá-lo. — Parecia que não tinha sido beijada na noite, vi que ninguém o faria. Quis ajudar. — É sério que ele pensa isso mesmo? Me questiono ao lhe escutar. — Eu não fui beijada porque eu não queria. Mas sempre há pessoas que queiram me beijar, ah e por favor não o faça de novo, se fizer... — Ri me olhando, seus olhos por trás da lente n***a me observam, volto meus olhos a direção. — Nem mesmo se me pagasse, você beija r**m, não gosto de morangos, sem contar que seus dentes feriram minha língua. — Suspiro, ele realmente fez uma análise do meu beijo? — Que bom pra você, considere-se sortudo por não ter perdido os bagos numa joelhada, você beija muito pior que todos os homens daquela boate, posso dizer que quase fui afogada na sua saliva, pior que nem sei o que você fez antes de pôr a boca na minha. — Não o olho pra saber que esta me olhando, sinto seus olhos fixos em mim. — Quer dizer que meu beijo foi molhado? — Afirmo sem pensar duas vezes, apenas me olha, por fim ri ironizando. — Você praticamente se entregou no meu beijo molhado Tenente! Lhe senti mole em meus braços, por um instante eu poderia continuar. — n**o, morreria negando nenhum homem jamais me terá. — Você que me pegou desprevenida, Capitão, e sem contar que eu já havia bebido mais que um litro de vodca naquela noite, o propósito era ficar bêbada e não ser beijada por um chinês. — Ri muito ao me escutar. — Você é muito burra pra quem usa a patente de tenente, mas é mulher, saiba que sou sulcoreano e não chinês. — Me diz chateado, vejo que mexer com sua nacionalidade lhe irrita, me parece ser algo favorável para mim. Passo a mão em minha nuca a fim de aliviar a minha tensão, esse filho da p**a sabe como me estressar. — Reafirmo que não sou chinês, sou sulcoreano. — Me diz novamente, arqueio a sobrancelha ao lhe olhar. — E daí? Não dá no mesmo? Chinês, Japonês, coreano do sul, norte são todos iguais, vocês são indeticos, não muda nada. Respondo, lhe fazendo suspirar, finalmente algo que lhe tira do sério, quer mesmo me provocar. — Não me admira que não saiba dar valor a um bom beijo, não sabe se quer diferenciar nacionalidades— Comenta sério, parecendo irritado, seguimos o destino, ao chegarmos a base da polícia rodoviária, descemos juntos. — Tenente Samartini, é uma honra trabalhar com a senhora, estávamos torcendo para que viesse. — Sou cumprimentada antes que ele, sorrio em agradecimento para os dois policiais. — Olá meninos tudo bem? É um prazer sempre trabalhar com vocês, ah este é o capitão Osaka. — O apresento, os dois policiais lhe olha em descrença, até eu agiria assim. — Capitão! — O cumprimentam em respeito. Entro na DPR, os dois me seguem, ele fica de longe observando o lugar, porque ele tanto observa os lugares, parece tentar encontrar algo com os olhos, me pergunto sempre que lhe vejo assim observando. — Não precisam se preocupar com ele, veio apenas para conhecer a fronteira, nada além disso, qual a denúncia que tiveram? Questiono, olhando os dois homens à minha frente, já trabalhamos juntos algumas vezes, eles conhecem o meu método de trabalho. Leio todo o relatório que foi enviado para outra base. — Já tem pessoas na outra divisa?— Questiono para os dois que negam a cabeça balançando. — Estamos sem quatro homens tenente. Pego meu celular, envio mensagem para o meu superior relatando o caso, para que ele envie quatro oficiais, assumimos a rodovia, e para a minha surpresa o capitão nos acompanhou parando todos os veículos, fazendo vistoria minuciosa nos automóvel e documentos, pelo menos ler, acredito que ele saiba. A manhã inteira, ao meio dia o almoço chegou. — Vá primeiro— Escutei- me dizer ao meu lado, lhe olhei, ele não havia tomado café pela manhã. — Pode ir você, quando retornar eu vou. — Assentiu sem discutir, os policiais nos observavam. Quando um veículo tentou passar pela nossa parada, carro bege antigo, estranhei o modelo, mas saquei a arma atirei nos dois pneus traseiros, eles iam até uma distância, mas não muito longe. — Não poderia pelo menos esperar que eu terminasse o almoço? — Perguntou ao meu lado, o ignorei, não lhe chamei portanto que continue. Pra mim ele é médico, formado em medicina e não em segurança. Ao carro parar, dois deles tentaram sair correndo, mas um apontou a arma em minha direção, atirou contra mim, certamente por ser mulher ainda sou vista como o sexo frágil. — Tenente! — O escutei me chamar, antes que eu desviasse de um tiro, dando outro na direção do filho da mãe, a mercadoria era importante pra eles, iniciou-se uma troca de tiros, acertei na coxa direita do homem que tentou contra mim, lhe vi cai reclamando de dor, olhei para o capitão de pé, ainda me olhando. — Volte para a sua refeição, não precisamos de um médico agora.— Suspirou me olhando, percebi sua ira, pelo olhar que me deu, o ignorei caminhando em direção a minha aquisição. — Preciso ver se está bem. — O segurei sem deixá-lo passar por mim. — Também tenho olhos e mãos, já disse para terminar sua refeição. Os dois policiais revistaram o carro, não tinha drogas nem armas, mas o cachorro latia tanto. — Arranque os bancos. — O coreano disse a meu lado, segurando um cachorro policial pela coleira, lhe olhei pelo menos terminou o almoço? Certamente não, ignora as minhas ordens. . — Arranque os bancos. — Afirmei em nosso idioma, ele ainda falava em inglês, era o único jeito que temos para nos comunicar. Algemei o suspeito, mesmo sem drogas ele havia atirando para mim. Lascaram os bancos, estavam recheados de drogas, olhei para Osaka, que olhava o serviço dos civis. — Muito bom capitão! —Apenas ergueu os lábios, o filho da mãe não sorria mostrando os dentes? Deve ser mais bonito sorrindo, mas com certeza eram poucas pessoas que viram este sorriso. Ficamos até a noite ali naquela rodovia, quando tivemos dispensa, cheguei ao quartel, ele também ao meu lado. Passamos pela sala do general, que falava com o comandante por telefone. — Sim, ela acabou de chegar. Claro, claro irei passar pra ela. — Fiz o cumprimento, antes de atender ao telefonema, os dois homens ficaram conversando em inglês à minha frente. — Sim, minha mãe estou indo! — respondi a exigência da senhora Juliana querendo saber o que eles falavam. — Tenente me relataram que a operação hoje foi boa, meus parabéns! — Sorri fraco, para o meu superior, isso não era mais que minha obrigação, servir, foi o que eu escolhi fazer na vida, caso contrário havia me arrependido até o momento acho que não iria mais. — Mas quem está de parabéns é o capitão Osaka, se não fosse por suas experiências e sabedoria não teríamos obtido sucesso. — Comentei o fazendo me olhar. — Ambos estão de parabéns, fazem uma excelente dupla juntos. — Nos diz, apenas os cumprimento em respeito antes de sair. — Irá fazer algum extra? — Olho ao homem a meu lado, sem compreender sua pergunta. — O comandante? — Questiona sobre o meu tio. — Ah ram. — Respondo, louca pra chegar ao dormitório, entramos juntos. — Você não vai querer me ver sem roupa vai? — Questiono arrancando a minha farda, me olha atrás dele. — Não fará diferença tenente, se não lhe faltei com respeito após você me beijar daquele jeito na festa, não acha que vou fazê-lo agora, acha? Apenas jogo a minha sacola, tiro a minha farda fico apenas de camiseta saio do alojamento, lhe deixando sozinho, o que ele pensa que é? Uma maravilha dos setes mares?
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