CAPÍTULO 02

1558 Words
DARA SAMPAIO Depois que o pai de Christina saiu do quarto, ficamos conversando até que Érica a chama dizendo que o almoço está pronto. Ajudo Christina a tomar banho e se arrumar para o almoço. Ela disse que queria estar bem bonita para seus tios que hoje estariam almoçando em família. Ao chegarmos a sala de jantar me deparo com mais quatro deuses gregos. Deus! Essa família é muito abençoada! Todos os que lá estão param de conversar e me encararam e fico completamente sem graça, meu rosto me denuncia, pois estou corada feito um pimentão! - Acho que morri e fui para o céu, estou vendo um anjo.-Diz um deles. - Menos Johnatan- Disse a Sra. Collins. - Meninos, essa é Dara Sampaio, a nova babá de Tininha. - O Sr. Collins me apresenta. - Babá?! Acho que vou precisar de cuidados.- novamente tal Johnatan diz fazendo todos rirem. Johnatan tem os cabelo preto e curto, olhos azuis e pele branca, tem, ombros e peitoral largos e parece ser um pouco menor que Daniel. - Esse que acabou de falar é Johnatan, o mais novo, o mais velho é Daniel como você já conheceu. - A Sra. Collins apontando para os dois. - Sim. - Aquele ali de touca é Carter. - Aponta para um homem sentado a mesa vestido despojadamente de blusa branca, jaqueta de couro e calça jeans preta. Ele parece com Daniel, só que de cabelo curto e sem barba. - Olá moça bonita. - Sua voz saiu firme. - Oi.- digo envergonhada. - E aqueles dois que estão ali são Aaron e Riven. - Ela aponta para os dois homens conversando animadamente no canto da sala. Pelo que vi todos os irmãos aqui são um pouco parecidos um com o outro., Um deles que ela apontou, o Riven, tem o cabelo castanho escuro um pouco grande, olhos verdes, pele bronzeada e ombros e peitoral largos, forte e alto. Já Aaron parece ser bem diferente dos irmãos. Ele tem os olhos acinzentados, se não me engano, pele branca, cabelo preto e barba, ele, diferente dos irmãos, tem um semblante sério parecido com o do Sr. Collins, também é alto como Daniel e forte. Pelo que percebi também, todos tem tatuagens, exceto Daniel. - Todos são seus filhos Sra. Collins? - pergunto surpresa por essa família ser tão abençoada no quesito beleza. - Sim, ninguém acredita quando digo que tive cinco filhos e todos agora são homens feitos, Daniel tem vinte e sete, Carter vinte e cinco, Aaron vinte e quatro, River vinte e dois e Johnatan vinte e um. River tem a minha idade. - Não é necessário dizer nossas idades para ela. - murmura Aaron com desdém. - Aaron! Seja mais gentil, por favor.- Pede sua mãe. - Tanto faz.- ele sai da sala sem olhar para ninguém. - Me desculpe Dara é que Aaron é um pouco...frio com as pessoas. - Tudo bem Sr. Collins.- abro um sorriso sem graça. - Vovó estou com fome. - diz Christina chamando nossa atenção. - Oh filha, vamos comer logo. - Daniel ajuda a sua filha a se sentar a mesa. Todos se sentam a mesa e logo depois Aaron entra se juntando a eles. Quando estão todos reunidos, aproveito para sair da sala, mas paro no mesmo instante quando Christina pergunta - Papai, a tia Dara pode almoçar com a gente? - Christina querida, eu vou comer na cozinha, depois prometo brincar muito com você princesa. - digo tentando disfarçar meu nervosismo. - Pode sentar conosco Dara, não há problema algum.- Indaga Daniel. - Oh... não senhor...eu não me sentiria bem em estar a mesa com os patrões. Vou ficar bem comendo na cozinha, com licença.- Saio o mais rápido possível de lá. ___________❤___________ Logo após o almoço, Christina e eu fomos dar uma volta no parque da cidade, mesmo ela não vendo, achei bom sair um pouco daquela mansão. A Sra. Collins havia me dito que ela raramente saia de lá, e então, eu resolvi dar uma volta. Ela pode não ver, mas pode imaginar só com os sons ao seu redor. Quando toca em algo ou escuta, Christina me pergunta o que é e pede para que descreva para que imagine, e enquanto ela imagina, eu fico ali, feito uma boba a olhando admirada por ser tão nova e cega, e mesmo assim, ela vive tranquilamente com isso. Christina é um exemplo de superação, ainda mais sendo tão novinha. Fomos para o parque andando, já que não ficava muito longe, e também, levamos o Buster. Para retornar, voltamos de carro. Toda essa atividade a cansou e Cristina acabou dormindo em meus braços no parque mesmo. Resolvi ligar para a Sra. Collins pedindo alguém para vir nos buscar. Ao chegar a mansão trato logo de leva-la para o quarto, penso em acorda-la para tomar um banho antes, mas, ela está dormindo tão profundamente e parece tão tranquila, que tive pena, então, decido só pô-la na cama mesmo. Saio do quarto, depois de cobri-la e a beijar carinhosamente na testa, a deixo dormir tranquilamente. Ao chegar na sala, encontro a Sra. Collins conversando com Daniel, quando percebem minha presença, param de falar e se viram para me olhar. - Onde esteve com a minha filha? - pergunta Daniel me assustando pela forma grosseira que pergunta. - Ela está dormindo. - respondo calmamente sem entender nada. - Aonde foram que passaram a tarde toda fora?! Quem te deu permissão para isso? - O quê? - Daniel, filho... - Não mãe, isso está errado, ela não tinha que sair com a minha filha assim sem me consultar. - Nós só fomos ao parque da cidade. Ela se divertiu muito hoje e levamos Buster também para dar um passeio. Não achei nada demais ela sair um pouco daqui. - Respondo no mesmo tom que ele. - Sem me consultar? E quem disse que você tem o direito de achar algo? Ela é minha filha! - A sua mãe disse que ela raramente sai dessa casa, ela precisava disso, por Deus! Ela é uma criança ainda, precisa agir como uma para que tenha... - Tininha é especial, ela não é como uma criança normal, ela tem que ter sempre cuidados redobrados. Juro que se esse homem dizer isso de novo eu arranco os seus cabelos! - Como pode falar isso da sua filha?! Ela é uma criança normal e pode ter uma vida igual a de outras crianças, quer você queira quer não! - O vejo travar a mandíbula com tamanha raiva. Quebra ela! - Você é só uma empregadinha que deve obedecer seus patrões! - Daniel já chega! Dara não fez nenhum m*l, ela só está fazendo o trabalho dela e eu concordei quando me pediu para sair com Christina. - diz a Sra. Collins ficando entre nós dois. - Não importa! Tinha que ter me pedido, afinal ela é minha filha, não sabe nada sobre ela.- Ele é rude com sua mãe. Uma hora esse homem é gentil e na outra está sendo um grande filho da mãe comigo? Só pode ser bipolar. - Você é bipolar? Ou é a droga que usa para ter essas mudanças idiotas de humor? Mais cedo foi simpático comigo e agora está sendo grosseiro? Me desculpe Sra. Collins, mas se têm uma coisa que não levo para casa é desaforo. - Sou bem direta. - Quem você pensa que é para... - Cansei de ouvir suas grosserias. Sra. Collins se me der licença eu posso ir para casa? - Ela me olha bem surpresa. - Claro querida, pode ir sim e desculpe meu filho, é que as vezes ele é um pouco... - Insuportável? É, pude notar. Bom, com licença. - Dou as costas a ambos e subo as escadas deixando um Daniel furioso na sala. Vou até o quarto de Christina pegar minha bolsa e ver se ela está realmente dormindo. ___________❤____________ - Ele disse isso da própria filha? Que homem mais i****a! - diz minha amiga Lucy. Estamos em minha casa, enquanto meu filho dorme, eu, minha mãe e Lucy, estávamos tagarelando sobre como foi nosso dia hoje. Lucy trabalha numa confeitaria, ou melhor dizendo, na que eu já trabalhei. A conheci lá há três anos e depois disso nunca mais nos afastamos. - Concordo com Lucy filha, isso é errado. - Minha mãe está chocada. - Eu me segurei para não socar a cara dele quando disse essas coisas, a Sra. Collins me defendeu. - Pelo menos alguém sensato nessa casa. - Mas amiga, mudando de assunto, me conte sobre os irmãos dele, eles são lindos como são nas revistas e na TV? Esse Daniel mesmo sendo i****a é um pecado em pessoa. - Infelizmente devo admitir, ele é lindo, mas insuportável demais, já os irmãos deles também são pecados ambulantes. - Oh Deus! Você tem que me apresentar um deles! - Lucy fala toda animada. - Abaixa o fogo diaba ruiva. - Diz minha mãe para Lucy. - Odeio tanto esse apelido, mas desisto de fazer você parar de me chamar assim, isso é preconceito por eu ser ruiva! - Se finge de ofendida. - Não é preconceito, gostamos de te ver com raiva mesmo- digo fazendo minha mãe rir. Lucy tenta fingir não gostar do que disse, mas acaba se juntando a nós, e rindo também. - Agora é sério, o que vai fazer quando ele falar assim com você novamente Dara? Sei que você é só uma funcionária ali e não pode se dar ao luxo de perder esse emprego, mas ser tratada dessa forma ninguém merece. - Não sei, mas não vou deixar um astro do rock insuportável e arrogante falar comigo daquele jeito, vou faze-lo se arrepender de ter me conhecido.
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