CAPÍTULO 03

1863 Words
DARA SAMPAIO Mais um dia de trabalho, só que hoje estou indo disposta a colocar aquele grosso do Daniel Collins em seu lugar, se falar comigo daquele jeito ou dizer aquelas coisas da própria filha, ele vai conhecer um lado meu bem r**m e pra mim não me interessa se ele é rico e famoso. Não consigo entender como um pai é capaz de dizer aquilo da própria filha, graças a Deus, Christina não ouviu o que o babaca do pai disse na sala. Não é só porque a menina é cega que ela tem que ser tratada de uma forma diferente, óbvio que tem cuidados, mas ela pode viver como uma criança normal e se Daniel continuar a ser a sim com sua filha, isso vai prejudica-la muito. Assim que chego a mansão sou recebida pela Sra. Collins que estava descendo as escadas. — Bom dia.—A cumprimento assim que ela se aproxima. — Bom dia Dara, como está? — Estou bem senhora. — Olha, me desculpe pelo meu filho ontem, ele foi muito rude com você. — Abro um sorriso e digo. — Está tudo bem Sra. Collins, a senhora não tem o que se desculpar. — Tenho sim. Daniel sempre foi um amor de pessoa até há alguns anos, mas depois do nascimento de Tininha ele mudou bastante. — Ela parece perdidas em pensamentos. — Isso talvez tenha uma explicação plausível para ter mudado como a senhora disse, já tentou conversar com ele? — Pergunto. — Todos nessa casa sabem o motivo, só que ele tem que entender que não teve culpa do que aconteceu... — Parece que ela disse a última parte sem pensar, pois, olha para mim assustada depois disso. — Como assim? — sou curiosa. — Ele se culpa pela... — Tia Dara! — Escuto a voz de Christina e assim que olho para a entrada da sala vejo-a vir na minha direção com Buster. — Princesa, senti sua falta sabia?— Digo me abaixando para pega-la no colo. — Eu também senti.— ela abre um sorriso encantador. — Como soube que era eu conversando com a sua avó? — Ouvi a sua voz. — Hum, menina esperta! — Beijo suas bochechas fofas sob o olhar de sua avó que olha atentamente para nós. — E então, o que vamos fazer hoje? — Pergunto, a faz uma careta bem pensativa e depois diz com muita animação. — Brincar muito. — Acho que já estou apaixonada por essa menina. — Que energia, vamos brincar sim e muito, mas antes, eu quero perguntar uma coisa à sua avó...— Ela me encara — Sim Dara. — Queria saber, qual o horário do almoço aqui? — Ela me olha confusa. — As ao meio dia e meia, porque? — Estava pensando em preparar uma sobremesa junto com Christina, se a senhora permitir eu usar a cozinha. — Claro que pode Dara, fique à vontade. — Eu não vejo, não posso ajudar.— sua voz saiu triste, o olha que ela tem corta o meu coração. — É claro que você pode ajudar sim, e eu vou provar que vamos conseguir fazer as melhores sobremesas que todos aqui já comeram.— Digo a fazendo sorrir. — Eba! Vamos fazer que sobremesa? — Pergunta Christina curiosa. — Vai ser surpresa, na hora que fomos fazer eu conto, mas agora vamos brincar bastante. — Faço cócegas nela e sua risada gostosa ecoa por toda a casa fazendo a Sra. Collins abrir um sorriso imenso. — Espero que se divirtam.— murmura a Sra. Collins. — Diversão é meu segundo nome senhora. Agora vamos, porque temos muito o que brincar. Com licença... — A vó de Christina solta uma risada e assente quando peço licença. Vou em direção ao corredor onde fica o quarto de Christina, olho no relógio e vejo que são nove horas então tenho tempo de sobra pra fazer tudo. Fiquei brincando com ela até umas nove e meia e logo em seguida a peguei para irmos a cozinha. Todos que trabalham ali nos cumprimentam e nos dão passe livre para usar a cozinha. Érica resolveu ficar ali observando o que fazíamos. — Então Dara, o que vamos fazer? — Pergunta Christina que está sentada junto com Érica. A cozinha é linda, com uma decoração moderna, as corres branco e preto das paredes, combinam perfeitamente com todo o resto nas mesmas cores, o inox também prevalecia nos eletrodomésticos. — Eu estava pensando em fazer duas sobremesas que amo de paixão que aprendi, uma no Brasil e outra aqui mesmo. — Vou aos armários procurando o que preciso e depois indo na geladeira pegar os ingredientes. — E quais são?— Érica pergunta bem curiosa fazendo-me sorri. — Torta de chocolate bicolor que eu aprendi a fazer no Brasil e Cheesecake de Framboesa. — Coloco tudo que preciso em cima da mesa. — Nossa, parece ser bom, quero comer tudo! — Tininha diz nos fazendo ri. — Então ao trabalho! Primeiro vamos começar pela torta que demora um pouco para ficar pronta, porque tem que ficar na geladeira, e enquanto fica na geladeira nós preparamos o Cheesecake. — Explico já pondo a mão na massa. — E o que eu vou fazer? — Pergunta Christina. — Você pode amassar em uma tigela o biscoito de maisena de chocolate junto com a manteiga que vou derreter, você vai amassar e depois mexer. — Começo a derreter a manteiga enquanto Érica pega a tigela e os biscoitos e coloca na mesa próximo a Christina. — Está bem. — ela responde. Pego a manteiga derretida, coloco na tigela e algo para amassar o biscoito junto com a manteiga, e entrego na mão de Christina a instruindo. Depois de preparar tudo, Christina foi almoçar com a família e eu fiz uma pausa para almoçar também. Quando todos terminam de comer, com a ajuda de Érica, levamos as sobremesas para a mesa. — Espero que tenham deixado espaço para a sobremesa! — Exclamo colocando a torta em cima da mesa e Érica logo em seguida coloca o cheesecake. — Nossa, acho que morri e fui para o céu duas vezes!! Uma por estar vendo um anjo de novo e outra porque estou com água na boca com essas delícias!! — Johnatan diz fazendo todos rirem. — E o que são as sobremesas? — Pergunta o Sr. Collins. — Torta de chocolate bicolor e Cheesecake de framboesa. — Todos dizem um "huum" em uníssono. — Foi você quem preparou tudo? — Pergunta Carter. — Sim, mas tive duas ajudas, uma de Érica e outra de Christina. — Falo olhando com um sorriso enorme para ela que estava toda feliz a mesa. — Hum, está uma delícia, vocês três estão de parabéns. — Indaga Riven e todos concordam. — Christina, deixe-me te ajudar a comer a sobremesa. — Vou até ela que está ao lado do pai com uma expressão indecifrável. — Amei tudo, você sem dúvidas é uma cozinheira de mão cheia. — diz a Sra. Collins me fazendo corar. — Obrigada senhora, mas tive ajuda. — Não mesmo! A maior parte foi Dara que fez, ela que deve levar todo o crédito por essas deliciosas sobremesas.— Érica fala deixando-me envergonhada. — Verdade Érica. — Christina fala com a boca cheia de chocolate. — Não se deve falar de boca cheia Christina! — Daniel a repreende fazendo todos olharem para ele. — Desculpa papai. Gostou da sobremesa? — Seu pai ainda não comeu querida. — Murmuro acariciando seus cabelos. — Papai, não vai comer nenhuma sobremesa? Eu ajudei a fazer! — Ela está bem eufórica. — Não, estou cheio e não gosto muito de doces. — Ele se levanta da mesa sem dizer nada deixando todos confusos. O que deu nesse i****a agora? Christina estica as mãozinha para ver se o pai está no lugar e posso ver lágrimas se formarem em seus olhos quando constata que ele não está mais ali. — O papai tá bravo comigo?— Ela faz beicinho. — Claro que não querida. — Sento no lugar do pai dela e a puxo para o meu colo. — Mas ele... — Ele só não quer a sobremesa agora. — O Sr. Collins vem ao meu socorro. — Olha, que tal depois que todos comerem nós levarmos as sobremesas para o seu pai? — Sussurro só para ela ouvir. — Ta bom.— ela sorri. Depois do almoço, peguei um pedaço de torta e um de cheesecake, e junto com Christina, levamos para seu pai. Bati na porta e logo escutamos um "entre" de Daniel, entramos e me deparo com ele sem camisa e... Meu Deus! Que abdômen é esse?! Que corpo, que homem! — Papai! — Saio dos meus pensamentos sujos quando Christina tenta ir até o pai. Ela entra em linha reta até sentir as mãos do pai, que a coloca sentada na cama. — O que foi filha? — Trouxemos sobremesa papai, comer. Pego um prato e coloco em suas mãos para ela entregar ao pai, que me encara descaradamente. — Vou deixa-los sozinhos. — digo colocando o outro prato próximo a Christina. Estava saindo do quatro mas paro ao sentir a mão de alguém pegar a minha, e quando olho, vejo que é a mão de Daniel. Aquela sensação de novo! — A Dara saiu? — Pergunta Christina, estava para responder e Daniel se adianta:. — Sim filha, ela saiu, mas porque perguntou isso? — Olho para ele chocada por estar mentindo para filha e ele faz um sinal para que eu não fale nada. — Queria conversar com você sobre ela papai. — E o que quer falar sobre ela? — Pergunta Daniel agora me encarando. Não me olha assim não... esse olhar é de arrancar calcinha meu amor. — Você não gosta dela? — Daniel se surpreendeu com a pergunta. — Porque a pergunta Tininha? — Porque mesmo não vendo, eu percebo o jeito que você fala com ela. — O tom de sua voz é melancólico. — Filha o... — Papai, a Dara é boa, eu adoro ela papai! Eu aprendi tanta coisa com ela, só de ontem para hoje papai, por favor não manda ela ir embora. — Fala entre lágrimas. Sinto meu coração se apertar com essa cena. — Filha, pelo amor de Deus! Eu jamais a mandaria embora sabendo que ela te faz bem meu amor! — Daniel a pega para coloca-la em seus braços. — Então porque trata ela m*l? — Pergunta com a voz chorosa. — Porque sou um idiota.— Murmura Daniel me olhando de um jeito... diferente. — Você não é um i****a, você é meu papai! — Ele sorri. — Te amo, minha princesa. — Também te amo papai.— Sinto uma lágrima escorrer pelo rosto e só agora percebo que estou emocionada. É uma linda cena, de um pai dizendo que ama a filha, como queria que o pai do meu filho não fosse um grande filho da p**a que nunca quis reconhecer-lo. A única coisa boa que aquele traste me deu, foi meu filho! Sem dúvidas foi o meu maior presente de todos e não me arrependo, nem um pouco de tudo que passei por ele. — Pai, você pode descrever a Dara para mim fisicamente? — Pergunta ela me tirando dos meus devaneios. — Claro filha. Bom...ela é baixa, o cabelo loiro igual ao da Alice no País das Maravilhas que tanto te falo. Têm os olhos verdes iguais duas esmeraldas brilhantes, uma pele branca, um sorriso que ilumina tudo e... —Daniel para de falar quando percebe a forma como esta me descrevendo. Olho para ele completamente boquiaberta sem acreditar no que ouvi. Daniel me encara totalmente corado, e droga! Esse homem corando é a coisa mais fofa que já vi! Ele abaixa o olhar para minha boca, mordo o lábio de nervosismo e nessa hora o vejo engolir seco. Droga! Esse homem vai ser a minha loucura!
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