CONEXÃO

1753 Words
GABRIEL É difícil para mim demonstrar sentimentos, acho que nunca fui muito bom nisso, eu também já fui quebrado e sei qual é a sensação, por isso que toda vez que olho para Laura, é isso que vejo, uma mulher quebrada e cheia de traumas. Se passou anos e eu ainda conseguia enxergar a menina da ilha com seus belos olhos verdes, acho que ela é um paraíso escondido em si, eu amaria aquela mulher e daria minha vida pela sua, mas antes ela teria que aprender a se amar primeiro. Caminho lentamente procurando por ela, meu cigarro quase na metade, meus olhos olham em volta e não encontro ela em lugar nenhum, até que mais para frente escuto um choro baixinho, sentada encostada em uma árvore, a cabeça baixa em sinal de tanta tristeza que reconheceria de longe o quanto precisa de ajuda, todos estão ocupados demais para perceber isso. Me aproximo e me sento do seu lado, ela me olha e seus olhos estão vermelhos e inchados de tanto chorar. — Me diz por quê está assim? - jogo a bituca do cigarro fora. — Não é nada... - diz limpando as lágrimas. — Pode mentir para você, mas não para mim. Ficamos em silêncio alguns segundos. — Não consigo ser forte o tempo todo... acho que quanto mais eu tento, mais sinto vontade de me entupir de remédios... — Deve ter um motivo... Qual é o seu? Ela abre um pequeno sorriso. — Medo... Culpa... Tem tantas coisas, nem sei por onde começar... — Sente culpa pelo que? - pergunto já sabendo a resposta. Todos dizem que Laura matou o desgraçado do marido, claro que nunca provaram nada, ela mesmo nunca assumiu a culpa. Vejo ela ficar inquieta e se remexer desconfortavelmente. — Eu nem sei como começar sem parecer uma doida... - abre um sorriso. — Eu adoro loucuras... — Você já deve saber tudo que aconteceu comigo... o casamento... fuga... clínica... - suspira baixo. — Sei o suficiente, mas é bem melhor ouvir a verdade de você. — Eu casei nova, tive logo dois filhos, minha vida foi um completo inferno... Eu não sei o que é amar, e tão pouco ser amada. — Foi por isso que começou a beber e tomar remédios? Ela me olhou completamente atômica, minha pergunta parecia ter pegado ela de surpresa. — Também... Eu comecei a beber para esquecer... os remédios só me faziam dormir na maior parte do tempo, dores não são curadas com eles, pode acreditar. — Acredito! Eu sei bem disso. — Você também já se sentiu assim... - ela afirmou como se tivesse descobrido um tesouro. — Já... Quando minha mãe morreu. — Sinto muito... — Comecei a usar drogas com quinze anos, assim que ela morreu, eu era um garoto bobo e ingênuo, experimentei uma vez e depois outra, e outra, o resultado você já conhece... Meu coração bateu mais forte, era difícil dizer isso para alguém. — Assim que cheguei aqui, só piorou tudo... Sentia falta da minha casa e da minha mãe, sentia ódio por ver a família perfeita da minha tia... Eles tentavam me encaixar em tudo, só que isso nunca foi para mim... fui internado no mesmo ano, tudo tinha saido de controle, não era mais eu. Ela ouvia tudo atentamente. — Saí da clínica faltando três meses para fazer dezoito, fiquei todos esses meses aqui limpo, mas em uma festa que meus amigos fizeram para comemorar meus dezoito anos, eu vacilei... Usei muita droga e bati o carro, foi ali que resolvi mudar... Não porque tive medo de ser internado, mas por mim, estava me matando com aquilo, porque quando todo o efeito passava, era culpa que eu sentia... Hoje estou limpo já faz anos, fumo cigarro e bebo casualmente. A morte da minha mãe me quebrou, Laura, ela era a única pessoa que eu tinha e que amava com todas as forças, depois que ela se foi fiquei sem rumo algum... Depois perdi minha tia, que era minha única família... — Eu acho que não lembro da sua mãe, estive aqui poucas vezes... Qual era o nome dela? — Bianca... Seus olhos pareciam um pouco em choque, como se estivesse voltando para uma lembrança estranha de seu passado. — Laura? Você está bem? - perguntei preocupado. — Bianca... — O que foi? Ela olhou novamente para mim, seus olhos me avaliando minuciosamente. — Não foi nada... - disse, mas não acreditei muito em suas palavras. — Ok... Você não deve ter ouvido muito sobre ela, não morávamos aqui... viemos depois de um tempo, alguns meses antes dela morrer. — E seu pai? - perguntou estranhamente. — Não sei quem é, minha mãe nunca disse e também nunca quis saber. O homem tinha nos abandonado, nunca procurou minha mãe e tão pouco eu, se não fosse meu tio Marcos nem sei o que teria acontecido conosco. — Nem sei o que dizer... Ela então se aproximou e me abraçou, um abraço forte e gostoso, senti carinho em cada toque que ela dava em meu cabelo, mas sentia que no fundo ela queria me consolar. — Obrigado por isso... Ficamos assim por um bom tempo, até que em determinado momento ela precisou ir embora, senti falta do seu toque assim que não estava mais em meus braços, seu cheiro ainda grudado em minha pele e roupas, eu queria ela para mim. LAURA Quando entrei no quarto me permiti desabar, não acreditava que isso poderia ser verdade, mesmo que fosse uma lembrança de criança, facilmente não me enganaria, não podia acreditar nisso, Gabriel seria mesmo filho dele? No momento que ele disse o nome de sua mãe, não soube o que fazer, como iria dizer algo assim, meu coração se apertou no peito, ele não merecia tamanha decepção, nenhum deles. Bianca, seu nome era inconfundível, era o mesmo nome que havia escutado naquela tarde no seu escritório, ele conversava com ela, na verdade os dois brigavam bastante. O que iria fazer? Contar a verdade ou me afundar em mais mentiras? Tomo um banho, mas nem isso parece acalmar meus nervos, minha consciência me matava, estava quase surtando de tanto pensar, vesti uma camisola qualquer e deitei, não podia fazer nada sem ter uma certeza. (…) Já era tarde da noite e eu não havia conseguido dormir, minha cabeça não parava, já não bastava meus problemas, agora também tenho os dos outros. Alguém bateu a porta e levantei para abrir, Gabriel estava parado com os olhos cansados e vazios, dei espaço para que entrasse. — Aconteceu algo? — Não consigo dormir, parece que você também não. — É... - falei sem jeito. — Posso ficar aqui? - perguntou inseguro. Pela primeira vez eu vi fraqueza em seu olhar, ele sempre parecia tão forte, sem medo de nada e ninguém, hoje vi que aquilo não passava de uma armadura criada por ele. — Claro... vêm cá... - deitei na cama e bati para que deitasse do meu lado. Ele se deitou e colocou a cabeça em meu colo, comecei a fazer carinho em seus cabelos dourados como ouro, fazia anos que não sabia o que era ter um homem em meus braços e tão perto de mim, meu trauma havia sido suficiente para que espantasse qualquer pretendente. Me mexi um pouco desconfortável, minha cabeça criava vários cenários e em todos eu dava para ele de todas as maneiras possíveis, as maçãs do meu rosto provavelmente estavam vermelhas agora, seus dedos começaram a circular a pele da minha coxa, sentia minha calcinha começar a molhar toda vez que seus dedos subiam um pouquinho e depois desciam para baixo, eu queria que se enfiassem dentro da minha calcinha. Parecia a p***a de uma adolescente desesperada, praguejava baixinho, o t***o consumindo tudo em mim, segurei sua mão e ele olhou para mim sem entender. — Fiz algo errado? Seu olhar inocente para mim, apenas me deixava mais louca, ele parecia alguém frágil por fora, mas por dentro com certeza não era assim, sabia que esses eram os piores. — Preciso que me f**a! Ele me olhou por algum tempo e logo um sorriso brotou de seus lábios. — Achei que nunca ia pedir... Nem tive tempo de reagir, ele já veio avançando sobre minha boca, um beijo selvagem e cheio de vontade, fome, era isso que sentíamos um pelo outro, tínhamos fome de desejo e de tudo que não conseguimos viver, suas mãos adentraram meu cabelo e puxaram levemente, mas firme, o beijo era com tanta urgência e um vislumbre de paixão, sentei em seu colo com necessidade do seu toque, suas mãos agora passeando por todas as minhas curvas, a camisola já havia subido um pouco e deixava minha calcinha de renda amostra, mas não era mais tão puritana para me importar com isso. Rebolei em seu colo e senti seu m****o duro como uma rocha, ele gemeu baixinho mordendo os meus lábios no processo, suas mãos agarraram firme minha cintura, ele começou a fazer com que eu rebolasse cada vez mais, sentia a necessidade de tê-lo dentro de mim agora, não pensei duas vezes e desci sua calça, seu m****o saltou para fora comprovando que estava sem cueca, sorri sapeca, ele afastou minha calcinha com os dedos comprovando que estava totalmente molhada e entregue em suas mãos, quando seu p*u entrou dentro de mim, foi mágico, subia e descia com vontade, sentia minha i********e se alargando cada vez mais para te receber, seu p*u entrava e saia todo melado, eu realmente estava molhada, continha o gemidos mordendo seu ombro, mas a vontade era de gritar para quem quisesse ouvir. Minhas pernas já começavam a ficar moles, indicando que já estava querendo gozar, minha b****a começou a apertar seu p*u e pulsar cada vez mais forte, até que não aguentei e desabei, ele nem esperou que me recuperasse e me virou de quatro, senti seu m****o entrar novamente em mim, ele colocava pressão e segurava minha cintura para que eu não saísse do lugar, sentia tapas em minha b***a que com certeza deixaria marcas, mordidas gostosas em minhas costas, puxões de cabelo e tudo mais, senti seu p*u pulsar dentro de mim e ele gozar com um gemido rouco, caí na cama exausta e com as pernas que não aguentaria ficar em pé, ele caiu logo depois. Seus olhos me encararam por um momento, ele abriu um sorriso travesso. — Não fode com a minha mente... Foi a última coisa que ouvi ele falar antes de apagar exausta.
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