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Ferradura Narrando A cada viela que eu virava, o desespero apertava mais. A mão no guidão da moto tremia, o suor frio escorria pelas costas mesmo com o sol fritando no alto. Coração batendo num ritmo doido, igual sirene de guerra. A cabeça já tava pesando, a visão turva, igual quando a mente se perde na paranoia. — c*****o, Júlia… onde tu foi, mulher? Que pørra eu fiz? Aquela casa ficou com cheiro dela, mas sem ela… era só cimento frio. Eu podia jurar que ela tinha deitado do meu lado, que tava ali, respirando baixinho. Mas não. Ela nem deitou. E eu dormi. Dormi achando que ela tava bem. Dormi achando que meu silêncio ia ser cura. Burro. Frio. Ogro. Covarde. As palavras vinham na minha mente como tapa na cara. Era como se cada pensamento fosse um soco no estômago. Eu revivia cada min