CORAÇÃO DE AÇO — Minha Perdição

CORAÇÃO DE AÇO — Minha Perdição

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Coração de Aço – Minha Perdição

Após perder brutalmente sua família, Ferradura tornou-se o próprio sinônimo de medo e autoridade. Frio e impiedoso, ele reina absoluto no Morro da Mangueira, onde a violência dita as regras e sobreviver é um ato de resistência. Mas sua vida de escuridão muda drasticamente quando, nos destroços de uma chacina no Paraná, ele descobre que não foi o único a sobreviver. Dentro de um banheiro feminino, encontra uma garota que virá a abalar tudo o que ele acreditava ser inabalável.Júlia viu sua vida virar cinzas na mesma noite em que deveria celebrar um novo começo. Após sair para um jantar de despedida com a família, prestes a mudar de estado para continuar sua faculdade de tecnologia, ela jamais imaginou que aquele momento de alegria terminaria em tragédia. Arrancada de uma rotina tranquila, Júlia se vê lançada em um mundo crüel e impiedoso, agora sob a proteção – ou controle – do homem mais temido do Rio de Janeiro.Ferradura, endurecido pela dor e pelos demônios do passado, não esperava que aquela garota trouxesse à tona sentimentos que ele julgava mortos. Ela é um lembrete doloroso das emoções que ele enterrou, mas também uma ameaça ao muro de frieza que ele construiu para sobreviver. Dividido entre afastá-la para protegê-la ou mantê-la por perto para proteger a si mesmo, Ferradura se vê forçado a confrontar suas cicatrizes e as escolhas que o transformaram no homem que é.Em um cenário onde a confiança é um luxo e o perigo espreita a cada esquina, Ferradura e Júlia são empurrados para um jogo letal de poder, sobrevivência e redenção. Enquanto o passado insiste em assombrá-los, ambos terão de decidir se encarar suas dores será suficiente para reescrever seus destinos – ou se suas almas já estão condenadas.

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Capítulo 01 Ferradura
Ferradura Narrando — Fê aí, firma! — Entrei na sala cumprimentando geral, minha presença pesando no ar. Três dias rodando no Paraná, mas minha mente tá no meu Rio, no morro que eu comando na sola. A sala tá cheia, só cria de responsa. Coruja, como sempre, tá na atividade. Ele desliza uma pasta pela mesa com a tranquilidade de quem sabe que tá tudo na mão. — Fala tu, chefia! Tudo no esquema, do jeitão que cê pediu. — Ele diz, e eu paro a pasta com a mão firme, puxando a cadeira principal. Abro a pasta e passo o olho nos documentos. O corre no Paraná tá todo aqui, das vendas aos contatos. Eu não gosto de lenga-lenga, e os meus sabem disso. — Gafanhoto, manda o resumo. Sem enrolação, papo reto. — Dou o papo, e ele estala a língua no céu da boca antes de falar. Gafanhoto, cria que eu puxei lá do morro e agora toma conta da distribuição no Sul, ajeita o boné e desenrola. — Então, chefe, o bagulho tá sinistro de bom. Aquele carregamento que chegou semana passada? Já era, rodou tudo. Demanda tá como? Gritando, e a qualidade segue o padrão. — E o controle? — Minha voz sai seca, meu olhar fixo nos papéis. — Na mão da tropa. Pedra tá acompanhando tudo, e os entregador tá na disciplina. Aqui ninguém vacila, geral sabe a responsa. Pedra, largado no canto, mexendo no celular, levanta a cabeça. — Fica suave, Ferradura. Se entrar ou sair, eu vejo. Aqui é mão de ferro, sem brecha. Faço que sim com a cabeça. Organização é tudo. Sem isso, ninguém segura império. E o meu não é de papel. — E os números? Um dos meus advogados, todo engravatado deslocado no meio da cria, se adianta. — O balanço desse mês está aqui, senhor. — Ele empurra um papel na minha direção. — Movimentamos mais de vinte milhão. Solto uma risada curta, sem emoção. — O trem tá andando bonito. Dinheiro girando, do jeito que tem que ser. — Falei cravando os dentes no canto da boca. — Fora isso, chefe, aquelas empresa que cê queria tá no papo. Só falta tu bater o martelo. — Coruja passou a visão. — E tá tudo certo? Quero tudo na linha, sem erro. — Conferido e amarrado. Os doutor passaram o pente fino, papelada no grau. — Coruja solta, sabendo que comigo é 8 ou 80. Passou disso, é caixão e vela preta. Puxo a caneta e rabisco minha marca nos papéis. Cada assinatura é uma jogada. O Paraná é só mais um pedaço do tabuleiro, e eu só mexo peça grande. — E aí, chefia, vai ficar mais um tempo ou tá partindo? — Gafanhoto pergunta, apoiando o braço na mesa, no pique desenrolado. Levanto o olhar, largando a caneta de lado. — Depois que eu matar minha fome, colo na resenha. Meu restaurante de sempre, tu já sabe. Passa a visão pra geral, quero tudo alinhado. Os caras concordam, e o papo descontrai. Mas minha mente não relaxa, tá sempre girando. — Coruja, tu fica na contenção quando eu voltar pro Rio. Quero saber de tudo, e quando eu falo tudo, é tudo. Se algo sair da linha, é pra cair no meu colo na hora. — Mando a real, olhando direto nos olhos dele. Depois lanço o olhar pro resto da sala. Aqui, todo mundo me conhece. E quem não conhece, já ouviu falar. Papo dado. — Fechamento total, chefe. Aqui é disciplina e compromisso. — Coruja responde do jeito que eu esperava. Sem caozada, sem brecha. Só resultado. Assinei os últimos papéis e me levantei, ajustando o paletó. No corre, é pique malote: postura de cria, mente de empresário. No asfalto ou no morro, respeito se constrói na bala e na palavra. E eu tinha os dois. — Fechamos por hoje. Qualquer fita, cês me acionam. — Dei o papo, bati de frente com a tropa e saí. A noite tava só começando, e no meu mundo, cada passo vale grana ou vale vida. Ia colar no rango, mas o peso da reunião ainda martelava no meu peitão. No jogo, cada decisão separa o rei do peão. E eu não nasci pra ser peão. Tô no movimento desde os 11, quando meu coroa começou a me treinar no riscado. Ele era meu espelho, minha referência. Aos 15, já segurava a responsa do morro sozinho, e ele só confirmava: “Esse moleque vai voar”. Minha mãe? Sabia que o bagulho era tenso, mas era guerreira, sempre acreditando. Mas o destino é c***l, e eles não tão mais aqui. Tudo ruiu quando aquele avião beijou o chão. Tragédia de jornal. Meus pais e minha irmãzinha, Mariane, 11 anos. Hoje ela faria 19. Na real, hoje era o aniversário dela. Nome dela não some da minha mente… nem o sorriso. Sistema não resolve nada, então eu aprendi na marra: no meu mundo, justiça tem calibre. Hoje, com 35 anos, sou o chefão do Morro da Mangueira. Dois metros de altura, pele marcada pelo tempo e pelo corre, corpo fechado de tatuagem e cicatriz. Monstro de grande. Só de botar o pé na rua, neguinho abaixa a bola. Frio, impiedoso. Quem me tromba, respeita. E quem vacila, some. Depois de fechar os contratos, contar os números e ajeitar os corres no Paraná, parti pro casarão. Soltei o celular na cama e logo veio notificação. Andressa. Sempre a mesma fita. Toda vez que eu batia aqui, ela encostava pra representar. — Hoje não, Andressa. — Resmunguei, larguei o telefone de lado. Joguei água quente no lombo, aquele banho pra relaxar e botar as ideia no lugar. Sequei no pano, me olhei no espelho. Trafica de visão se arruma certo. Tava daquele jeito: cordão de ouro na medida, cabelo alinhado, desodorante no esquema e o perfume Ferrari Black amadeirado que deixa rastro. Peguei a Taurus, botei na cintura, e no pulso, o relógio que ninguém tem coragem de perguntar quanto vale. Na garagem, encostei na picape, acendi um baseado. Traguei fundo, soltei a fumaça olhando pro céu. O motor roncou, e eu parti. No restaurante, sentei no canto de sempre, visão privilegiada. O garçom chegou na atividade. — Manda aquele prato de sempre. E desce um whisky puro. — Dei a visão, sem precisar repetir. O cara já sabia. O lugar começou a encher. Uma família na mesa ao lado me chamou atenção. Dois adultos, três crianças. A menina, uns 18 ou 19. Gargalhada solta, jogava o cabelo com um jeito que me lembrou Mariane. Balancei a cabeça, varri o pensamento pra longe. Celular vibrou. Andressa, de novo. Mensagem On Andressa: Vai vim me vê hoje? Ferradura: Talvez não dê tempo. Tô voltando pro Rio. Mensagem Off Desliguei o celular, larguei na mesa. Queria relaxar, mas o garçom deu mole. Tropeçou e deixou o suco de morango espirrar na minha camisa branca. Levantei o olhar devagar. O cara gelou na hora. — Foi mall, senhor... — Veio na tremedeira, sem conseguir me encarar. — Relaxa. Passa o pano e segue o baile. — Respondi, seco. Ele gaguejou um “sim, senhor” e vazou pra cozinha A menina da mesa ao lado deu outra risada alta, e por um segundo, achei graça. Algo que não fazia há anos. O restaurante tava fervendo, cheio de gente falando alto, talheres batendo nos pratos, aquele burburinho de noite movimentada. Eu já tava no esquema, observando tudo, quando do nada a porta escancarou com um estrondo. Meu instinto gritou antes mesmo dos olhos baterem no cara. O desgraçado entrou apressado, capuz baixo, mão cravada na cintura, aquele andar de quem já veio na intenção. O salão inteiro gelou. O ar ficou pesado. — ISSO AQUI É UM ASSALTO! TODO MUNDO QUIETO, CARALHØ! CARTEIRA E CELULAR NA MESA, SEM GRACINHA! — O arrombado rosnou, a voz cortando o silêncio que se instalou na hora. Os clientes congelaram, os olhos arregalados, a respiração travada. Era o pânico tomando conta. Minha mente já tava dois passos à frente. Føda-se carteira, føda-se celular. O que tava em jogo era território. E quem tenta me assaltar no meu próprio quintal, cava a própria cova. Na mesma hora, as risadas das crianças morreram no ar. O pai tentou acalmar elas, mas o pânico já tava instalado. O salão, que segundos antes era só conversa e barulho de talher, agora era puro silêncio de tensão. Minha visão focou no maluco. Hoje não, filha da püta. Me ajeitei na cadeira devagar, a mão escorregando discretamente pra parte de trás da calça, sentindo o frio do cabo da minha Taurus. O coração tava acelerado, mas a mente fria como gelo. — BORA, CARALHØ! JOGA A MERDA DOS CELULARES E AS CARTEIRAS NA MESA, SEM GRACINHA! — O desgraçado berrou de novo, passando de mesa em mesa, a arma dançando no ar. A tensão explodiu. O restaurante, que tava só no susto, virou um inferno na terra quando outros nove encapuzados brotaram de canto, metralhadoras em punho. O bagulho ficou sério na hora. — PRO CHÃO, CARALHØ! TODO MUNDO! — outro berrou. Criança chorando. Velho tremendo. Garrafas estourando. Era puro caos. O primeiro tiro rasgou o ar, estrondando no restaurante como um trovão. Não pensei duas vezes. Virei a mesa num impulso, me jogando no chão com a Taurus já engatilhada e sedenta na mão. Vidro estilhaçando, pratos despedaçando no piso, grito pra todo lado. O restaurante virou uma zona de guerra em segundos. Peguei o celular no meio do pandemônio, os dedos ágeis, e disparei uma mensagem curta pro Coruja: Mensagem On Ferradura: Tá dando merda aqui no restaurante. Bando de filha da püta armado, bagulho tá føda! A resposta veio na hora, quase como se Coruja já tivesse esperando: Coruja: Tô vendo pela TV! Essa pørra tá sendo televisionada! Caralhø, chefe, tu tá aí dentro?! Ferradura: Tô, pørra! Não falei que vinha jantar? Nem deu tempo de eu terminar de digitar, já tava passando a voz pros cria. Isso aqui ia virar um campo de guerra. O cheiro de pólvora misturado com sangue tava impregnado no ar. O restaurante, que antes era só barulho de conversa e talher, agora era grito, desespero e tiro voando. Meu dedo coçava no gatilho, a adrenalina batendo na mente igual tsunami. Só precisava esperar o momento certo. Três já tinham caído. Firmei a mão na Taurus e mandei mais bala. — TEM GENTE ARMADA AQUI! — Um dos ladrões berrou, desesperado. — DEVE SER SEGURANÇA! — Outro respondeu, tentando me localizar. Segurança? Acredita nessa p***a, o****o. Eles não tinham ideia com quem tavam mexendo. Eu já tinha passado por invasão no morro, guerra com inimigo, perseguição de bota. Isso aqui era só mais uma terça-feira. Mas aí... O tiro ecoou, seco, crüel. — ANDA, VELHA DESGRAÇADA! — O filho da püta gritou, e no mesmo segundo veio o estampido da bala. Senti o sangue fervendo no ódio. A visão ficou vermelha. Meu celular vibrou de novo. Coruja. Coruja: Tô aqui fora com a tropa. Dá o ponto pra gente entrar. Puxei a mesa, dei uma varredura rápida. Sete ainda de pé. Ferradura: Entra pela lateral. Vem no silêncio. Coruja: Aguenta aí, chefe. Tô entrando. Vamos mostrar pra esses filhos da püta quem manda no Paraná. Ferradura: OK. Mensagem Off Chegou a hora do m******e. O som dos tiros rasgou o ar como trovão. A tropa chegou com tudo, a pólvora impregnando o ambiente. O grito de guerra ecoou no restaurante, e eu saí de trás da mesa, dedo colado no gatilho, despejando rajada sem pena. — PØRRA, SEUS FILHA DA PØRRA! TACA NELES, CACETA! — Urrei, a voz saindo no ódio, no sangue nos olhos. Coruja, Gafanhoto e os outros avançaram no bote certo, e o restaurante virou um pandemônio. Gritos, vidro estourando, madeira rachando com os disparos. O cheiro de sangue pesava no ar. Um arrombado tentou vir na maldade, mas eu já tava na atividade. Dei um socão que estralou igual bomba, senti os dentes do cara se soltando na minha mão. Ele bambeou, e eu já encaixei mais dois cruzados no queixo. O o****o caiu duro. Nem dei tempo dele pensar: saquei a peça e estalei o tambor na testa dele. O estampido cortou o barulho do caos. Isso aqui não era só sobrevivência. Isso aqui era território. No meu pedaço, eu sou o predador. Coruja parou do meu lado, os olhos varrendo o rastro de corpos espalhados. — Chefe, tu é sinistro... Isso aqui virou um cemitério. — A voz dele tinha um tom de incredulidade, mas também respeito. Passei a vista pelo salão, o coração ainda batendo na porrada. Meus olhos pararam na mesa da família que tava ali antes. O coroa tinha tentado proteger as crianças, mas não adiantou. Os corpos pequenos estavam caídos no chão, imóveis. Um rastro de sangue indicava que alguém tinha sido arrastado dali. O peso no peitø bateu de um jeito estranho, mas não era hora pra sentir p***a nenhuma. O mundo era c***l. Sempre foi. — Não sobrou ninguém, chefe. Só tu mesmo. Bora meter o pé. — Gafanhoto bateu a Glock no meu braço, me trazendo de volta. No mesmo instante, ouvi as sirenes cortando a noite. Os bota tavam vindo. — BORA, CARALHØ! VAZA, TROPA! — Berrei, ouvindo o coro das viaturas se aproximando. Geral se mandou pelo corredor dos fundos, os pés socando o chão. Mas eu sabia que essa p***a ainda não tinha acabado. Meu instinto gritou. Dei um chute violento na porta do banheiro feminino, abrindo com tudo. A adrenalina ainda corria no sangue, a mente afiada. Vasculhei o espaço, os olhos escaneando cada canto. Quando bati a visão, meu peito travou. No chão, encolhida igual um animal encurralado, tava ela. A mina tremia como se o corpo fosse desmontar, as mãos espalmadas na frente do rosto, os olhos arregalados de puro pavor. — N-não me mata, por favor! — A voz dela saiu num fiapo, sufocada, quebrada. As sirenes tavam em cima. O tempo tava contra mim. Olhei pra ela. — Cê tem mais alguém? Pai, mãe, irmão, alguém? — Minha voz saiu firme, mas o estômago embrulhou. Ela balançou a cabeça devagar, negandø. Olhos arregalados, respiração curta. Não tinha ninguém. O silêncio pesou entre nós, mas minha mente já tava em modo alerta, girando a milhão. Foi quando ela me olhou direto nos olhos, e meu peito deu um tranco. O coração bateu forte, como se tivesse tomado um soco. Era ela. A mina que tava sorrindo com a família na mesa, perto da minha, lá dentro do restaurante. A mesma risada que ecoava pelo salão. A mesma menina que, por um segundo, me lembrou a Mariane. Caralhø. O sangue gelou, e um nó se formou na minha garganta. Como se o tempo tivesse dado uma rasteira, me jogado de volta pro passado e, ao mesmo tempo, me forçado a encarar a merda do presente. Ela tava ali, viva, e tudo ao redor dela era só cinza e sangue. Pørra, Ferradura... e agora?! O pensamento martelava na minha cabeça, o coração disparado no peito. Deixar a mina aqui era assinar a sentença de morte dela. No sistema, quem sobra, paga o pato. E eu sabia melhor que ninguém como era ficar sozinho no mundo. — Bora sair daqui, pørra! Bora! — Minha voz saiu na pressão, puxando ela pelo braço. Ela tava um caco, toda fodida, tremendo, quase desmaiando. Não tinha força pra levantar sozinha. Sem perder tempo, joguei ela no ombro, sentindo o corpo leve demais, frágil demais. Tinha algo errado nisso tudo, mas eu não podia parar pra pensar. Fui direto pra janela, meti o cotovelo com força, o vidro estourou numa explosão seca. Cacos voaram, cortando meu antebraço, mas f**a-se. Passei a mina primeiro, segurando firme pra ela não despencar. Minha picape tava na parte de trás do restaurante. Corri sem olhar pra trás, sentindo o cheiro de fumaça e pólvora impregnado no ar. Joguei ela no banco do carona, bati a porta e me joguei no volante. — Segura firme! — Rosnei, pisando fundo, o motor rugindo alto enquanto eu rasgava a rua na tora. As mãos suavam, a mente fervia. Tava dando merdä, e das grandes. Caralhø, tô sem sorte nessa pørra mesmo. Püta que pariu! Continua...... LANÇAMENTO DIA 15/04 por enquanto teremos 1 CAPITULO DIARIO.....

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