Nixie Chakramof.
Adentro no meu aposento e fecho a porta atrás de mim, com a minha respiração ainda ofegante e o rosto ruborizado.
- Vocês… - a Chanola balbucia me encarando, enquanto eu vou para o banheiro.
Que desgraçado.
- Claro que não, Chanola. - eu à respondo jogando água no meu rosto.
- Princesa. - eu ouço a Kirkal.
- Eu vou me mudar e depois podemos falar, pode ser? - eu às questiono, nervosa, com raiva, atônita.
- Claro. - elas dizem e eu continuo jogando água em mim.
Nada mudou, absolutamente nada mudou.
Parece mesmo, é que tudo piorou, isso sim.
Eu me questiono qual era a urgência em me casar com esse achometro, manipulador, egocêntrico.
Eu vim, porque o meu pai literalmente ordenou a minha presença, e eu estava viajando.
Ele nunca foi de exigir do jeito que exigiu por isso eu vim no mesmo instante, achando mesmo, que era algo sério.
No final das contas, acabou sendo mais sério, mais triste e mais desolador que tudo.
Eu não achei que a urgência fosse o casamento.
Porque uma das principais razões de eu não querer ficar aqui, e sair desse mundo, viajar, é pelo simples facto de eu puder apreciar como é que a minha mãe vivia, eu adoro viajar, eu adoro viver, eu detesto ter de ficar nessa situação, e tampouco faço eu questão de me casar com o Dark.
E a questão que eu tenho certeza que não se quer calar, e o porquê?
Afinal, eu confirmei que nem a Chanola e nem a Kirkal, são exageradas a falar dele, ele parece ser o ser mais atraente e perfeito na face da terra.
Mas só no exterior, porque ele é um ser egocêntrico demais.
A questão é, eu nasci, e segundo a ordem do nosso mundo, por conta da linhagem e principalmente da ordem de poder da pirâmide, eu fui prometida à ele.
O que já é um absurdo.
Com tamanha evolução, eu ter que ser atreladas à um ser.
Seria ok, porque até aí, tudo bem…
Como o meu pai e todo o mundo diz, o seu destino foi traçado desde o ventre de sua mãe.
Eu não tinha como escapar disso, mesmo eu continuando a tentar.
É da minha v*****e e liberdade de escolha que se trata.
E agora a questão? É por isso que você saiu viajando?
Também.
Mas tem toda uma história, que é…
Sinceramente, eu sequer quero falar sobre isso agora.
- Nixie, por favor. - eu falo comigo mesma.
Decido tomar o meu banho de uma vez, tentando acalmar os meus nervos.
Tomo o meu banho, saio do banheiro e adentro directamente no closet e visto uma roupa de dormir e adentro nos meus aposentos.
- Humn… - eu suspiro vendo o Kaya com a face de um monstro literalmente. - Pode falar. - eu digo observando os três, me sentando na cama.
- Princesa, não está agindo de maneira correcta. - o Kaya diz.
- Eu não estou agindo? - eu o questiono. - Eu vim para cá, porquê? Meu pai morreu, Kaya, meu pai, Guinar Chakramof morreu não tem vinte e quatro horas direito que sua imortalidade lhe foi tirada por aqueles selvagens, e ao invés de me darem soluções de como os capturar, estão falando de casamento? Quem quer saber de casamento, agora? - eu o questiono irritada.
E ele suspira como se pedisse paciência.
- Eu sinto o seu sangue esquentar, e eu entendo que esse seja o seu lado humano, abraçando o seu raciocínio, mas entenda que não é altura para agir como uma mortal, princesa Nixie. - ele diz, o que basicamente é um insulto e eu o encaro indignada.
- Seu pai com certeza absoluta, não quer que se envolva com os selvagens, até porque pode ter treinamento e mais, mas os únicos capacitados para nos defender são os Krugmorfegers, e mais ninguém, o Conde e o príncipe, princesa Nixie. - ele fala e eu suspiro, odiando o ouvir.
Mas desde que eu nasci, ele já era conselheiro real de meu pai, logo, é o único que me passa confiança em ouvir, mas ultimamente tem me dado nos nervos.
- Eles estão fazendo o possível para conter os ataques, e acredite eles sentem a morte de seu pai, mas eles agem com racionalidade, tal como o rei Guinar, sempre o fez, e ficaria orgulhoso se começasse a agir dessa forma. - ele diz.
- A senhorita sabe muito bem, como deve proceder e agir, e eu peço que não interfira mais desse jeito. - ele diz.
- Eu sou a princesa, eu sou a líder de Chakramof, então eu tenho o total direito de questionar como vão às coisas, e se vocês se chateiam com uma questão que me convém, e se sentem ameaçados por ela, então o sangue quente que você sente não é o meu. - eu o digo.
- Ou eu tenho informações, ou eu sou incluída em absolutamente tudo que tenha à ver com a p******o do meu reino, ou eu volto imediatamente para Chakramof, porque não tem razão para eu estar aqui. - eu falo e ele me encara.
- Princesa, eu serei o mais explícito que posso ser. - ele diz. - Nós estamos dependentes, e vulneráveis, a sua negligência e emotividade, vai nos deixar em risco total, porque a senhorita é prometida do príncipe Dark, seu pai teve que adiar o máximo de tempo possível, mas sob diversas condições. - como assim? - Se negligenciar isso, eles irão deixá-la completamente dependente deles de modo que a senhorita se irá arrepender, não foi à toa que seu pai lhe mandou cá vir. - ele diz e o meu coração acelera.
Do que ele está falando?
- A senhorita não tem opção, e sabe muito bem, porque lhe foi ensinado durante anos na escola real. - ele me relembra. - Qualquer que seja o problema e o que quiser saber, me questione porque eu estou aqui para isso, mas não interfira em absolutamente mais nada. - ele fala, e ele está visivelmente chateado.
E eu estou atônita com o que acabei de escutar, por isso não o questiono.
- Eu irei deixá-la descansar, com a vossa licença. - ele diz e se retira.
O que está acontecendo?
Eu levanto o meu olhar para as meninas que me encaram.
- Vocês vão me contar, absolutamente tudo. - eu falo as encarando e elas se encaram.
- Nixie… - a Chanola reluta.
- Eu não estou pedindo. - deixo claro e elas suspiram.
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