VI

1023 Words
Nixie Chakramof. - Falem. - eu lhes digo. - Nixie... - a Kirkal, diz e elas se sentam na minha cama, me encarando com aquela carinha que eu detesto. Porquê estão enrolando? Porquê? - Vocês estão me irritando. - eu falo as observando. - O que o Kaya quis dizer com isso? O que o meu pai não me contou, o que eu não estou sabendo? - eu às questiono. - Foi exactamente o que ele falou, Nixie. - a Chanola fala apreensiva. - O adiamento desse casamento já tinha se estendido por demasiado tempo, e o nosso rei, estava se esforçando para puder deixar, você mais livre que pudesse, é isso obviamente tem consequências. - ela fala e eu suspiro. - Vocês podem ser mais directas? Isso eu percebi, o que já é contraditório para começar, afinal, o meu pai nunca parou de insistir nesse bendito casamento insano. - eu falo e elas suspiram. - Não é como se ele pudesse parar, Nixie. - a Kirkal diz. - Você querendo como não, é prometida do príncipe Dark. - ela diz e eu suspiro. - E as funções, leis, e ordem, do nosso reino, o reino dos vampiros, não são superficiais, tudo tem uma razão, e é por isso que não importa o quanto você insiste em não se casar, o quanto você viaja, fuja, adia, o seu destino nunca falhará. - ela diz e eu suspiro. Eu ouço essa ladainha, desde que era uma bebê. Uma bebê! - E com isso o que vocês querem dizer? Porquê não falam de uma só vez? - eu às questiono. - Que de tanto adiar, imensa responsabilidade foi tomada pelo rei Guinar, os pilares de poder estão enfraquecidos, o coração do nosso reino está vulnerável, isso porque ele e nós, estamos arcando com às consequências das suas escolhas. - ela diz e eu a encaro indignada e sorrio pelo mesmo motivo. - Que escolhas? - eu questiono ridicularizada. - Você mesma acabou de falar de destino, eu nasci sem ter direito a escolha, a escolha que está se falando, essa problemática toda, é porque eu viajei, ao invés de aturar... isso? - eu questiono. - Exactamente. - ela responde e eu suspiro. - Princesa. - a Chanola fala. - Precisa entender que fugir do que lhe é seu, querendo como não, atrai consequências e consequências pesadas. - ela diz. - E o Conde, o rei Guinar, também tentaram, não só pela senhorita, mas bem, todos sabemos que o príncipe Dark nunca quis se casar, mas o nosso mundo está vulnerável. - ela fala e eu suspiro. - É por isso que o rei Guinar ordenou a sua vinda e marcou o casamento para tão pouco tempo, antes do infortúnio, e por isso, o Conde também prioriza isso, pois se estamos todos enfraquecidos, sem a pirâmide de poder restaurada, pouco conseguiremos fazer contra os selvagens, que conseguiu reunir um exército atroz, Chakramof, o segundo melhor reino de nosso mundo, foi invadido e o nosso rei, seu pai perdeu a imortalidade por culpa deles, para que se tenha noção da gravidade de tudo. - ela fala e eu começo a me sentir m*l. Mal, porque estão deixando claro que isso é culpa minha. Tudo o que está acontecendo é culpa minha. - Nós estamos completando vulneráveis, Nixie, e mais do que antes, estamos à mercê dos Krugmorfegers. - ela diz e como eu detesto ouvir isso. Eu estou me sentindo pecaminosamente m*l. Eu suspiro, e limpo a lágrima que verteu de meu olho. Isso é demais para a minha cabeça. - E pelo jeito que você saiu do aposento do príncipe Dark, não tem porquê relutar tanto assim mais. - a Chanola diz e eu me limito em a fulminar com o olhar. - É o príncipe Dark, Nixie, todas, não há sequer uma única vampira, por mais selvagem que seja, que não o deseja, já passou muito tempo… - ela continua falando e eu suspiro. - E mesmo assim ele não mudou nada. - eu falo, limpando o meu rosto. - Eu preciso descansar. - eu lhes digo. - Tudo bem, tenha um bom descanso. - a Kirkal diz e eu limito em assentir. A Chanola faz o mesmo, e as duas se retiram de meus aposentos. Que raiva. - Argh! - eu gemo de raiva desconfigurando os travesseiros aqui. Eu preciso de ajuda, eu vou surtar, eu não consigo me conter, assim. Eu, Nixie Chakramof, estou dependente, sozinha, e a mercê de quem eu menos queria e para piorar, sem ter o meu pai por perto. Ele não está por perto por causa daqueles mosquitos ambulantes, sedentos por sangue e poder, e eu não posso, eu não simplesmente não posso ir lá para me vingar pelo meu pai. Eu tenho que ficar aqui, me casando e tendo que agir de maneira falsa, porque eu não estou feliz, felicidade é o que eu menos estou sentindo agora, para o povo. Porquê? Porque são as leis ridículas que existem. Porquê as coisas têm que ser assim? Eu não estou conseguindo, não estou conseguindo me conter, eu não vou conseguir. Mas eu não posso fazer nada errado e eu não quero fazer nada que prejudique ou envergonhe, acabe com o reinado de meu pai. E tudo o que ele mais preza, e todos os seus bons feitos dele. Que não foram poucos, para uma imortalidade tirada de maneira indigna. Mas o fogo, a raiva, à frustração, a sensação de impotência, está me tomando por dentro, brutalmente. Eu estou sozinha… Sem ninguém, sem absolutamente ninguém, e com a responsabilidade que nunca pedi para assumir antes, nas costas, com outras pessoas dependentes de mim também. Com o legado de meu pai, que não era qualquer rei vampiro, nas minhas costas. • Hey friends! Eu só estou aguardando os comentários de vocês! ❤️ Muito obrigada, por estarem votando na história e tacando bilhetes lunares nela! ✨ Por favor, continuem se gostam da história! ❤️‍? Clique na hashtag presente nas notas do autor! ❤️
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