Vida. Qual o verdadeiro significado dessa palavra? Como devemos lhe denominar e adicionar características que reforcem um melhor entendimento? Assim como cada ser humano possui opiniões distintas,cada um tem sua visão desse fenômeno nos proporcionado desde o momento em criamos órgão principais no ventre de nossos progenitores,mas podemos fazer uma breve comparação e perceber que existe semelhanças fortes e que podem se destacar com um grande e impenhoso entendimento.
Então,como ambiciosos e mesquinhos que possamos ser,temos o sentimento de cobiça dentro de nossos corações,no entanto a distinções. Querer uma vida estável como a de pessoas que conhecemos, almejar algo como a de outras outras não é ser alguém invejoso, não,longe disso. Você se espelhar em alguém é mostrar que o admira,que lhe deseja toda sorte e sucesso que possa existir para si, observar é um jeito de demonstrar que, diferente do que se possam pensar, há alguém que está em uma situação desesperadora. Talvez os problemas de uns possam ser a paz de outros.
E mais um dia, Jennie se encontrava parada em frente a floricultura que mais amava em sua vida. O mês de novembro se iniciou de uma forma marcante para a garota,uma forma que lhe marcou com um um braço imobilizado devido a fratura que sofrera devido as agressões de seu pai alcoólatra,a brutalidade lhe fez ser encaminhada para o pronto socorro e mentir sobre as marcas em seu corpo e o motivo de ter quebrado o braço.
Deixando sua bolsa sobre a bancada e as chaves ao lado,a menina segurou as lágrimas ao ouvir o pequenino sino anunciar a chegada de seu melhor amigo. Ao criar coragem, Jennie se virou para aquela direção e forçou um sorriso ao perceber que Jimin estava acompanhado por Min-ju,no entanto,ao ver seu melhor amigo encarar seu braço imobilizado, suas lágrimas caíram e o choro de fez presente.
Como um bom melhor amigo, Jimin se afastou do namorado e se aproximou da amiga a acolhendo em seus braços e beijando o topo de seus cabelos soltos e negros. Min-ju, percebendo que deveriam conversar com a mais nova,voltou até a porta e girou a placa mostrando estar fechado o estabelecimento. Ambos a conheciam a muito tempo e tinham enorme conhecimento da vida árdua que Jennie levava, sabiam que o ser desprezível que lhe agredi possui grandes intenções ao lhe tocar tão brutalmente.
— Não quero voltar para aquela casa,Já — se aconchegando no abraço do amigo e se sentindo segura, Jennie murmurou entre soluções.
— Bebê — chamando pela atenção do namorado, Min-ju voltou a se aproximar e se juntou ao abraço — por que não levamos ela para morar conosco? Há dois enormes quartos em nosso apartamento.
Diferente do que fez a meses atrás, Jennie não se negaria. A exaustão estava presente em seu corpo,as marcas ardiam como brasas quentes e o coração partido pelo rancor que seu pai carrega por si a fizeram perceber que tudo precisa ter um fim,estava no momento certo de seguir por um caminho menos doloroso. Jennie enxergou que aqueles dois rapazes seriam sua salvação e uma nova chance de se sentir viva por completo.
Jimin estava exitante,tinha medo de sua melhor amiga se negar e de vê-la insistir em permanecer naquela casa onde tudo lhe trás péssimas lembranças. Ele sabia e seu namorado também,Jennie não conseguia esconder que não suporta passar grande tempo naquele ambiente tóxico, não consegue esconder que mesmo sendo conformada,sente dor por não ter sua mãe consigo,e se machucada cada vez mais ao suportar as palavras cruéis de seu pai.
Então, delicadamente,o rapaz desfez o abraço e secou o rosto marcado por lágrimas e outros novos hematoma que não se encontravam muito visíveis devido a quantidade de base e corretivo que a menina usara para encobrir tais ferimentos. Com um sorriso fraco e esperançoso,Jimin esperou a resposta para a proposta feita por seu namorado.
— Não quero tirar a privacidade de vocês, Jiminie — com o olhar pesado pelas lágrimas, Jennie murmurou melancolicamente e com um tom de voz manhoso.
— Minha bebê,você sabe que nunca acontecerá isso. E não se preocupe,os quartos são a prova de ruídos — com aquele comentário final, Jennie gargalhou e abraçou o amigo puxando Min-ju juntamente.
— Amo tanto vocês! Obrigada por tudo — se aconchegando entre o aconchego caloroso que era os corpos dos dois rapazes, Jennie agradeceu realmente sentindo-se eternamente grata pelas duas pessoas.
— Como não posso lhes acompanhar pela manhã,quando saírem da faculdade estarei lhes esperando. Nunca que deixaria meus dois amores sob o mesmo teto que um doente agressor — se afastando após deixar um beijo na testa de Jennie, Min-ju anunciou fazendo ambos concordarem.
Após permanecerem mais alguns minutos acertando tudo para a noite, Min-ju se despediu de ambos e seguiu para a empresa de Jackson sabendo que teria de dar uma justificativa para o amigo pelo seu atraso. E ao chegar naquele edifício pouco distante da floricultura,o rapaz colocou o crachá em seu terno e subiu para a cobertura onde ficava sua sala e a do CEO. Quando as portas do elevador se abriram, Min-ju seguiu até a recepcionista e a cumprimentou antes de pedir para ser anunciado.
Min-ju acompanhou tudo de Jackson,tinha conhecimento de suas maiores dores e o viu se transformar em um homem frio emocionalmente e grosseiro,o viu se isolar do mundo e se fechar para novas sensações,o rapaz o acompanhou em cada mínimo passo que dera desde a morte de Lia Lancaster,o viu se suncubir a tristeza e a dor da perda. O mesmo processo se repetiu com Jennie,a unica diferença é que a garota preferiu se culpar ao envés de se fechar em seu mundinho particular,ao envés de congelar suas emoções.
Com um leve tocar sobre a madeira onde se encontrava uma placa dourada revelando a quem pertencia aquela sala e ter a entrada liberdade pela voz grossa do amigo, Min-ju suspirou e empurrou a porta podendo encontrar Jackson encarando a vista magnífica que aquele andar lhe proporcionava da cidade. Em passos seguros de si,porém cautelosos,o rapaz se aproximou parando diante a mesa de seu superior,essa que se encontrava repleta de documentos em processo de revisão e que exigiam suas assinaturas.
— Acho que não preciso dizer que está atrasado — erguendo a xícara de café até seus lábios enquanto se mantinha de costas, Jackson proferiu em um tom de voz sério e dominante.
— Precisei deixar meu namorado no trabalho e...— exitou ao ponderar se realmente poderia dar aquelas informações ao seu chefe, não queria ser evasivo na vida de Jennie.
— Que seja! Apenas não volte a se atrasar — percebendo a exitação do amigo, Jackson censurou fazendo descaso do restante da explicação.
Ambos eram assim, não façam liberdade um ao outro enquanto estivesse dentro das partes de concreto daquela empresa, não misturavam vidas pessoais com as duas profissionais. A amizade de ambos se iniciava das portas para a fora e tinham repercussão em momentos de sociais e eventos que não lhes exigissem um terno r ums gravata. Muitos achavam estranho, acreditavam que Jackson poderia se encaixar no tipo de "falso" amigo,no entanto era óbvio que ninguém compreendia o nível de profissionalismo de ambos, não era racionais o bastante para entenderem que não se envolve vidas relacionamento distintos.
Com o passar do dia e as horas se arrastando lentamente enquanto se via preso naquele escritório, Jackson suspirou profundamente e com melancolia ao se recordar de precisar visitar o túmulo de sua falecida esposa,era o único dia da semana em que se chama com coragem o bastante para fazer algo tão doloroso. Então,com esse pensamento,o homem lembrou-se da garota que lhe vendera o buquê de rosas,se permitiu lembrar das marcas em seu rosto e de como ela se espantou ao ser questionada.
Em seu horário livre e antes de sair da floricultura,Jennie preparou uma pequeno ramalhete de rosas brancas e os segurou em mãos com tamanha delicadeza, deixando um beijo no amigo e um sorriso que demonstrasse se sentir bem e que ele não deveria se preocupar,a menina deixou a loja e seguiu para um lugar que visitava duas vezes na semana,um lugar que guardava duas pessoas importantes em sua vida.
Cerca de dez minutos por ter pego um táxi, Jennie caminhava por entre aquelas lápides podendo ler diversas datas e nomes, pessoas que partiram jovem de mais,outras que tiverem uma vida longa. No entanto,Jennie ignorou todas as outras ao de colocar diante ao túmulo de sua melhor amiga, aquela na qual se sente culpada por não ter lhe impedido de sair de sua casa completamente transtornada pela discussão que tiveram, aquela para quem não teve tempo de se desculpar.
Se ajoelhando sobre a grama verde e de frente pra a lápide onde se encontrava o nome de sua amiga e uma bela foto, Jennie sorriu emotiva e selecionou seis das doze rosas. Era difícil estar ali, difícil encarar a realidade que uma das pessoas que mais amou no mundo não poderia estar ao seu lado, não poderia sorrir ou até mesmo fazer comentários divertidos e desconexos.
— Me perdoa, Lia! Deveria ter feito mais por você e por nossa amizade — desde a morte da garota, Jennie repetia sempre as mesmas palavras em cada visita que fizesse,era como se precisasse daquilo para se tranquilizar o mínimo possível.
Então ela ficou ali,por dez minutos. Logo em seguida,se erguendo e dando um último sorriso para aquela fotografia, Jennie seguiu adiante até encontrar o túmulo de sua mãe,esse que somente era visitado por si e mais ninguém. Diante aquela lápide,a garota se ajoelhou e se curvou tomando cuidado com seu braço e chorou a ponto de se tornarem soluços audíveis para quem estivesse próximo,chorou como se pudesse ter o cosolo da única pessoa que cuidaria de si sem limites.
Por ironia do destino ou armações, Jackson também adentrou aquele cemitério e seguiu até o túmulo de sua esposa,esse que o fez suspirar por dois motivos; o primeiro por sempre se sentir vazio ao observar a fotografia e como ela tinha o sorriso lindo e radiante,e o outro por encarar as mesmas rosas que um desconhecido sempre deixava ali. Não eram os familiares,pois ambos não se preocupavam em se lembrarem da filha, então era um grande mistério para si.
Por cinco minutos, Jackson se permitiu se lembrar dos melhores momentos com a esposa,por cinco minutos o homem dedicou sua atenção para a lápide. No entanto, quando ouviu um soluço doloroso, sua atenção se direcionou para a jovem curvada em posição fetal a alguns metros de distância enquanto esteve em frente a um túmulo. Por mais que desejasse,seus olhos não desviavam e sua mente pedia para se aproximar da garota.
Não atendeu seus instintos, Jackson apenas se virou e seguiu para a saída daquele lugar melancólico. No entanto,antes de entrar em seu carro e retornar para a empresa,o empresário se surpreendeu ao ver a vendedora de flores também deixando aquele local, porém,o que mais lhe causou uma sensação diferente e nunca sentida,foi o fato de enxergar seu braço imobilizado. Sua curiosidade aumentou,o que lhe fez se questionar o que acontecia na vida daquela menina.
Ao retornar para a floricultura, Jennie adentrou a loja e correu para o abraço do melhor amigo e se permitiu se aconchegar ali,se permitiu sentir a sensação de segurança e o enorme carinho que o rapaz tinha por si. E durante o restante do dia até o nome de atravessarem os portões da universidade, Jimin se manteve cuidando de sua amiga e atento a qualquer coisa que pudesse acontecer. Era esse mesmo ritual todas as vezes em que Jennie visitava sua mãe e amiga.
Faltando vinte minutos para meus noite, Jennie e Jimin deixaram aquela universidade conversando animadamente e seguiram para a saída do portão,onde encontraram Min-ju lhes esperando enquanto se mantinha com o corpo apoiado no veículo atrás de si. Poderia dizer ter sido complicado entrar naquela casa e retirar seus pertences, no entanto,a realidade era óbvio e visível; o velho asqueroso e agressor não se encontrava,o que provavelmente poderia estar em um bar se matando com tanto álcool que era capaz de ingerir a cada início de noite.
Jennie não se arrependia de estar tomando tamanha decisão, não se arrependia por ter a certeza de que está a ponto de recomeçar sua vida com a ajuda de seus melhores amigos, por saber que não seria agredida a cada vez que chegasse em casa. Mesmo sabendo que teria uma vida repleta de desafios, ela estava feliz por ter o apoio daqueles que mais ama.