Flores ao CEO

03

Dias. Não ter um conhecimento específico de como se iniciaram e furam criados não lhe faz ser incapaz de saber a necessidade de sua existência, não lhe faz ser alguém incapaz de contá-los. Somos pessoas que necessitam de uma cronometragem para superar certos obstáculos em nossas vidas, necessitamos de tempo para poder ter a certeza de que poderemos insistir e prosseguir. Dias se tornam meses e esses mesmos meses nos fazem ter conhecimento sobre os anos,um completa o outro.

Para Jennie,os dias passaram normalmente,a única diferença é de que a quatro semanas não sofre nenhuma agressão e seu corpo estava se livrando daqueles hematomas,exceto por seu braço que necessitaria de mais algumas semanas. Por estar chegando a época de festividades daquela imensa cidade,a garota e o amigo se vêem cada vez mais presos na floricultura,o que os tranquilizavam era o fato de estarem de férias da faculdade.

Min-ju estava de férias da empresa, então sempre estava naquela loja onde tudo era harmonioso e lindo,o aroma das flores valiam mais do que muitas fragrâncias importadas, mais do que os perfumes que preenchem os compartimentos de seu closet em divisória com seu namorado,esse que se encontrava radiante pela oportunidade de conseguir uma barriga de aluguel que entrasse em suas exigências, não poderia ser qualquer mulher.

Jennie enxergava a felicidade do amigo, conseguia ver o quão eufórico estava com a ideia de ter um bebê em seus braços. Sua admiração e amor pelos amigos eram imensos, tão grande a ponto de realizar o desejo de ambos, então,a menina terminou de fazer um arranjo em outros buquês encomendados e se livrou das luvas de protegiam suas mãos dos espinhos que eram retirados das flores.

— Ursinho? Você pode tomar conta da floricultura enquanto resolvo alguns problemas que surgiram? Prometo ser o mais rápido possível — apelando para o apelido fofinho que tinha com Jimin, Jennie chamou pelo amigo e se prontificou no pedido.

— Está tudo bem, Jennie? — preocupado pelo bem estar da menina,algo muito comum entre eles, Min-ju questionou abraçando o namorado por trás,esse que se encontrava do lado oposto de Jennie.

— Sim, apenas preciso resolver algumas coisas da minha residência para o próximo ano e me certificar de que tudo ficará bem — com um sorriso alcançando seus olhos,a menina se sentiu feliz por poder estar fazendo parte do sonho do casal.

— Tudo bem,minha bebê! Mas tome cuidado e qualquer coisa ligue que vamos te buscar seus onde estiver — como um bom amigo,Jimin suspirou ao ceder para o pedido da mais nova e lhe deu um selar na testa.

Em um concordar, Jennie se apressou em pegar seu casaco e o celular na parte de baixo do balcão de atendimento,ao vestir a peça de roupa e se despedir dos rapazes com um beijo na bochecha de cada,a mais nova deixou a floricultura e cobriu seus fios com o capuz ao sentir pequenos flocos de neve caindo naquela rua completamente decorada para as festividades de final de ano.

Dentro de um táxi,Jennie de permitiu pensar em como o próximo ano poderia ser diferente,em como os momentos viriam a ser ainda mais marcantes para Jimin e Min-ju, também para si se fosse o caso de ambos concordarem com sua proposta. A menina sabia que os rapazes seriam ótimos pais,tinha conhecimento de que seriam aquele tipo protetores com a criança,e ela queria fazer parte disso,queria proporcionar a felicidade para o casal.

Ao passar de alguns minutos,a menina pagou o taxista e suspirou com um enorme sorriso nos lábios ao adentrar a clínica médica e se encaminha até a recepção onde pediria por informações. Tendo um casal a sua frente, Jennie esperou como apreensiva como uma criança que está prestes a ir em seu lugar favorito mas seus pais sempre se atrasam. E quando chegou sua vez,a pequena criança de vinte e três anos de idade se apoiou no balcão e sorriu para a mulher ruiva que aparentava estar na casa de seus quarenta e cinco anos,mas que retribuiu o gesto inocente.

— O que posso fazer por você, pequena criança? — sua voz calma e adocicada fizerem Jennie intensificar ainda mais o sorriso a ponto de seus olhos se fecharem devido as gordurinhas de bebê em suas bochechas rosadas pelo frio.

— Preciso conversar com algum médico que possa me atender urgentemente — apoiando seu rosto em sua mão se o gesso enquanto tinha os cotovelos sobre o balcão, Jennie proferiu arrancando um sorriso maior da mais velha.

— Posso te levar até o Doutor Tavares,ele pode te atender agora mesmo — encantada com a juventude e inocência de Jennie,a ruiva sugeriu.

Então, aceitando as orientações da mulher de nome Clara, Jennie a seguiu até um corredor em tonalidade branca com uma faixa cinza no meio das paredes. Ao ser deixada em frente ao consultório de porta transparente,Jennie agradeceu a mulher e entrou na sala ao ter a liberação do médico que se encontrava sentado em sua cadeira.

— O que está acontecendo com você, mocinha? — prestativo e gentil,o loiro questionou ao ter a jovem sentada a sua frente.

— Na verdade, doutor...— tentando buscar por uma boa forma de se expressar, Jennie mordeu o interior de sua bochecha e exitou — um casal de amigos meus estão tentando ter um bebê e como querem optar por barriga de aluguel,queria saber o que é necessário para eu fosse essa pessoa. Tipo,tenho que fazer alguns exames,me certificar se estou saudável?

Surpreso pela forma direta da paciente em expôr a situação e admirado pelo gesto de se oferecer como candidata para o casal de amigos,o médico sorriu enquanto apoiava suas costas no encosto da cadeira e brincava com uma caneta em suas mãos. Em todos seus anos de carreira,o profissional nunca teve contato com alguém tão...não? Vamos se dizer assim,nunca encontrou pessoas com esse mesmo intuito sem ao menos querer ter lucro presumido trás da realização de um sonho daqueles que não podem gerar uma criança.

— Sim, é preciso que seja realizado uma série de exames, temos de nos certificar de que você é fértil e de que não possuem nenhum tipo de problema que possa lhe impedir de gerar uma criança. Além disso, vale nos certificar se sua saúde está em perfeito estado — tendo o olhar atento sobre si,o médico percebeu o imenso desejo de Jennie em prosseguir com sua ideia.

— Podemos fazer ambos hoje? É que,como está chegando o Natal e essas coisas, quero dar de presente para meus amigos todos os exames que comprovam a minha chance de realizar o sonho deles — se sentindo envergonhada por sua euforia, Jennie se encolheu na cadeira e sorriu mínimo.

— Teria de lhe fazer um pedido por escrito e lhe transferir para outro médico,no entanto,como você tem uma certa urgência em tudo, podemos fazer isso hoje e aqui mesmo — o homem se levantou ajeitando seu jaleco — pode me acompanhar.

Enquanto Jennie se preparava para uma bateria de exames, Jimin e Min-ju se encontravam na floricultura em uma conversa amigável com Jackson,esse que chegara poucos minutos depois que a menina saira. O empresário era fechado em sua vida, mas quando encontrava com Min-ju e seu namorado,tudo parecia mudar em um passe de mágica,o homem se permitia sorrir contido e se perder em uma conversa.

Sua família estava chegando na cidade para a passagem das férias e comemoração anual de sempre,por não suportar seus tios e primos, Jackson sempre fugia para casa de seu amigo. O casal sempre marcou presença na mansão dos Portinari,o que causavam comentários homofóbicos vindos de alguns familiares de Jackson,o que também era ignorado com sucesso pelos três rapazes. Desta vez não seria diferente,a única coisa que mudaria seria que teriam mais um integrante,isso se Jennie aceitar mudar seus planos.

Olhando em seu relógio de pulso,Jimin suspirou mais uma vez ao perceber fazer exatamente uma hora e meia que Jennie saira. O rapaz era muito preocupado e se apavorava sempre que a amiga ficava mais de uma hora sem lhes dar notícias,e não seria diferente naquele momento. Buscando pelo aparelho celular do namorado,Jimin discou o número de Jennie e aguardou que a ligação fosse aceita,o que não aconteceu.

— Bebê,Jennie está bem — te tentando tranquilizar o parceiro, Min-ju o abraçou de lado e beijou o cabelos negros e lisos.

— E se ela ter ido até o i****a do pai? Aquele velho escroto pode machucar minha bebê, Jun! — demonstrando sua preocupação e manha, Jimin escondeu o rosto no peito do namorado,esse que apenas sorriu.

— Jennie,a mesma garota que fica aqui com você, Jimin? — questionando o mais novo, Jackson se apoiou no balcão com um dos cotovelos enquanto se mantinha sentado em um banco que lhe foi cedido por seu amigo e braço direito na empresa.

— Sim, ela está morando conosco e passou por alguns problemas familiares. Jimin é apaixonado nela e briga até mesmo com minha mãe por causa da nossa bebê — com um sorriso gigante em seus lábios, Min-ju explicou para o amigo.

Foram muitas vezes que ouvira o casal comentar sobre uma garota que tinham como amiga e que faziam de tudo por ela,no entanto, Jackson nunca se sentiu na necessidade de questionar sobre o nome dela ou como ela poderia ser,o que seria muito irônico já que o casal tem algumas fotos sobre a estante no canto da sala de estar e o empresário esteve muitas vezes naquele ambiente.

— Jennie é minha bebê, Jackson. Aquela garota merece todo meu carinho e admiração, pois viver o que ela viveu e sentir o que sentiu,a faz merecer o mundo e muito mais — demonstrando toda sua sensibilidade ao falar da amiga, Jimin sorriu fracamente para o empresário.

Ouvindo o pequeno sino na porta ser tocado,ambos se viraram naquele direção e encontraram o motivo da conversa adentrando a loja enquanto carrega consigo uma sacola de papel amarronzada e outra com pequenas garrafinha de suco, então, encarando o gesso e o braço imobilizado, Jackson se levantou e pegou as coisas das mãos da menina que apenas sorriu em agradecimento.

Se aproximando dos amigos, Jennie foi abraçada por Jimin,esse que se afastou do namorada rapidamente e começou a se certificar de que a menina estava bem e sem nenhum arranhão, e no momento em que encontrou o adesivo em seu braço,o rapaz se voltou para o namorado e apontou para Jennie enquanto ainda a segurava.

— Amor,minha bebê esta com um ferimento no braço,eu disse que tinha acontecido alguma coisa — os três não entendiam o porque e como Jimin se tornou manhoso e sensível daquela forma,porém estavam pensando ser adorável.

— Ursinho,isso é apenas um adesivo para que o sangue parasse de sair. Estava no hospital e fiz um exame, não é nada mais que isso — tentando confortar o amigo, Jennie retirou o a pequena fitinha em seu braço e mostrou para o Jimin.

— Amor,a nossa bebê está bem e não está ferida. O que está acontecendo com você? — se divertindo com a situação, Min-ju riu ao questionar o namorado,esse que se aconchegou e puxou Jennie junto de si.

— É admirável essa amizade de vocês — se acomodando novamente no banco mais uma vez, Jackson comentou observando a cena de afeto diante seus olhos.

Então,se afastando deixando somente o casal trocando carícias, Jennie se voltou para o empresário e sorriu em sinal de agradecimento pelo comentário. Dando a volta no balcão, Jennie suspirou ao abrir a escola de papel e retirou um sanduíche natural de dentro e se deliciou com o cheiro,ofereceu um para Jackson que aceitou não recordando qual foi a última vez que comera algo tão comum e simples.

Poderiam não se conhecer como deveriam,no entanto, Jennie conseguiu enxergar dor e um conflito interno dentro daquele homem, então ela teve uma outra ideia somente naquele dia, uma que usaria para fazer aquele homem voltar a se sentir bem novamente. Jennie estaria sempre disposto a ajudar o próximo,mas quem lhe apoiaria e lhe ajudaria? Exatamente, somente seus dois melhores amigos que se tornaram sua família.