Em uma curta contagem de tempo podemos organizar e viver momentos inesquecíveis e marcantes que nada pode apagar ou destruir, mas também,em questões de segundos e minutos,pessoas podem nos amedrontar causando um sentimento de fragilidade e insegurança. Está no DNA do ser humano ser assim,temer que a felicidade do outro possa lhe afetar e desestabilizar aquilo que se construiu,no entanto,também está no ser humano, julgar e desprezar aquilo que ele pensa ser uma afronta para tudo o que acredita.
Homens e mulheres,jovens e adolescentes esses são a mudança em uma sociedade ou a condenação dela. Os adultos educam seus filhos baseando naquilo que julga certo,os educa com o propósito de que sejam excelentes adultas em uma vida futura,no entanto esquecem que devemos abrir a mente de ambos para diversas coisas que podem encontrar pelo mundo afora,esquecem que os filhos não permanecessem em nossas casas e sob nossa p******o. É toda essa censura, todo esses ensinamentos controvérsios que podem fazer e criar seres amargurados e julgadores.
Sentada naquele balcão da cozinha do extenso apartamento de Min-ju e Jimin, Jennie brincava com o cereal dentro da pequena tigela de louça enquanto tinha o olhar vago e a cabeça baixa. Seus amigos se encontravam no quarto,pareciam animados para a noite ao lado do amigo, afinal, Jackson garantiu que não seria o mesmo ser desanimados e frio que todos conhecem,pelo menos não naquele noite de social entre ambos.
Ao ouvir as vozes dos amigos e os passos pouco atrás de sim, Jennie suspirou voltando a atenção para seu café da manhã intocado assim como as diversas frutas picadas em um pratinho a sua frente,ela sabia que ambos os rapazes ficariam preocupados com esses desânimo, então,para evitar tal situação e garantir que nada estrague a felicidade deles,Jennie relaxou a postura e se forçou a comer o cereal.
— Bom dia minha neném! — carinhosamente como sempre, Jimin se aproximou deixando um beijo nos cabelos da amiga e lhe abraçou rapidamente.
— Bom dia, ursinho! — retribuindo a saudação, Jennie girou seu corpo e se aconchegou em um abraço que terminaria em segundo,porém foi intensificado.
— Gosto de ver essa cena todas as manhãs — servindo-se com um copo de suco, Min-ju comentou sorrindo abertamente enquanto apoiava seu corpo contra o balcão da pia.
Ambos eram uma família diferente,ao contrário do que estamos acostumados a encontrar por cada canto desse vasto mundo,aqueles três eram carinhosos e demonstravam para todos que quisessem ver o quanto se amavam e nada atrapalharia aquele relacionamento. Tem quem diga que ambos são um trisal,frisam que Min-ju mantém um relacionamento com Jimin e Jennie e que ambos concordam,e por mais que esses comentários serem o mais hostil possível,ambos nunca se preocuparam em esclarecer, afinal, a verdade eles sabiam.
Min-ju e Jimin estão juntos a mais de cinco anos,moram juntos desde o segundo ano de namoro,no entanto, quando deixaram a Coreia do sul para se mudarem para um território americano e conseguiu uma vaga na empresa de um dos empresários mais bem sucedido daquela cidade,Jimin se sentiu ameaçado ao perceber como diversas mulheres cobiçavam seu namorado e até tentavam chamar sua atenção. Foi uma época de muitas inseguranças e noites em claro,mas bastou uma conversa entre eles para tudo ficar bem.
Durante o café da manhã,as vozes e gargalhadas eram sinceras e prazerosas de se ouvir,o clima o mais descontraído e aconchegante possível faziam com que ambos esquecessem qualquer problema e pensamentos desnecessários. No entanto,ao perceber ser próximo das dez horas da manhã, Jennie sorriu para ambos e se despediu com um selar na bochecha de cada,tinha como destino estar presente na clínica médica onde pegaria o resultado de seus exames.
Em um bairro nobre e conhecidos por todos, Jackson se encontrava na casa de seus pais. Apesar de amar aqueles dois,o rapaz odiava ter de se relacionar com o restante da família, odiava o fato de sempre terem de questionar como sua vida estava desde o falecimento de sua esposa, repudiava quando pareciam felizes por tal acontecimento, afinal,poucos foram a favor de sua união com Lia Lancaster,uma garota de classe social inferior a de Jackson.
Amar seus pais não era o bastante para conseguir suportar os tios e primos, não era o suficiente para conseguir ser falso e suportar as indiretas e, consequentemente, evitar uma discussão. Jackson não esquecia da esposa e nunca se permitiria fazer isso,e prova era o quarto em seu apartamento,o lugar o de existia todos os pertences e fotos da jovem que teve sua vida tirada por um acidentes.
Na sacada do quarto em que passara a noite,o homem se encontrava sentado em uma poltrona enquanto observava o dia que tinha tudo para ser alegre e sentia s brisa bagunçar seus fios ainda desalinhados. Então,em um fechar de olhos ao puxar o ar para seus pulmões, Jackson se viu confuso ao se lembrar de Jennie e seu sorriso marcante e que lembrava o de Lia,a inocência que a mulher tinha.
Era c***l esse tipo de pensamento, desumano por saber que haveria chances de uma aproxime do baseada em um interesse pessoal e uma necessidade mental. Jackson se negava a conhecer pessoas novas e se relacionar amigavelmente,no entanto,com Jennie foi diferente e ele sabia do porque ter o feito,do porque ter questionando Min-ju sobre a amiga. Jackson se viu desejoso devido a tudo de Jennie que lhe faz se lembrar da esposa,e até mesmo ele sabia o quão c***l aquilo seria.
Jackson não negava que ambas tinham suas diferenças; Lia era alta e possuía uma personalidade mais forte,Jennie é o diferente,sua aura doce e o porte físico menor a deixava adorável; Lia tinha traços mais adultos, Jennie é uma criança em corpo de mulher e sua ingenuidade é algo chamativo. Porém,o que impressionava em Jackson era o sorriso e a inocência,a forma que os poucos e mínimos detalhes lhe fazia se sentir semelhante a quando tinha sua esposa em seus braços.
Pelo restante da manhã,o empresário se manteve distante de seus familiares e se negou a conversar com seus pais,esses que pediriam para que se esforçasse em agir com um pouco de cordialidade. Então,com o fim da tarde e o início da noite chegando, Jackson se aprontou e deixou aquela mansão tendo em mente seguir para o bar que marcara com os únicos que tinha como amigos,com os únicos que sentia-se com um pouco mais de conforto.
Às oito horas da noite, Jennie terminava de fechar a floricultura enquanto tinha um sorriso belo em seus lábios. A garota estava feliz por poder ajudar os amigos,por ser apta para gerar uma criança,o filho de Jimin e Min-ju. E com o envelope com o emblema da clínica em mãos,seguiu para o apartamento que dividia com os rapazes,e ao passar em frente a uma vitrine com roupas de bebê e outros acessórios,a menina imaginou como o amigo poderia ficar feliz tendo seu sonho realizado pelas duas pessoas que lhe ama intensamente.
Em cerca de trinta minutos, Jennie atravessou o hall do edifício em que estava morando e cumprimentou o porteiro com um acenar de cabeça. A personalidade adorável de Jennie cativava muitas pessoas,a fazia ser muito bem recepcionada e adorada,eram muito poucas as pessoas que poderia lhe odiar e desejar lhe ferir, somente aquelas que se sentiam ameaçadas pela carisma dela.
Digitando a senha da porta e adentrando, Jennie suspirou ao perceber que os amigos não estavam em casa e provavelmente,estariam em seus compromissos com Jackson. Atravessando aquela sala de estar e se infiltrando no corredor,a garota seguiu para seu quarto e o adentrou fechando a porta atrás de si,e aquele sorriso que brincava em seus lábios,foi abalado no momento em que encontrou duas fotografias sobre seu criado mudo.
Deixando os exames em uma das gavetas do móvel lateral de sua cama, Jennie tirou os calçados e se deitou em sua cama buscando pelas duas fotografias e as abraçou desejando poder sentir o abraço daquelas duas pessoas, podendo se imaginar recebendo os beijos e carícias. Seus olhos se fecharem a medida que a ardência se iniciava,sua garganta doeu por prender o choro que prometera na libertar naquele dia. Apesar de ter quase três anos que tudo acontecera e que ela diga ter superado, Jennie Ainda sentia a dor e a culpa, sentimentos que não teriam um fim.
Minutos e horas,foi o tempo que ficará deitada se recordando dos poucos momentos em que realmente se sentiu feliz e amada,das poucas aventuras que tivera com a falecida amiga e os melhores dias ao lado de sua mãe. Quando se levantou, Jennie seguiu para seu banheiro,onde tomou um curto banho relaxante, depois, ao se vestir em uma roupa confortável e apropriada para sair de casa, Jennie pegou somente o celular e deixou o quarto.
Era loucura estar no lugar onde sua vida se transformou em um inferno, porém, Jennie sentia a necessidade de verificar como tudo tinha ficado após sua saída daquela casa, após a sua liberdade ter sido dada por seus amigos. Então, após sair do táxi e pagar o motorista, Jennie caminhou até o pequeno portão que cercava o pequeno jardim da frente juntamente a uma cerca de grades negras,ao adentrar a propriedade e seguir até a porta da casa,sua respiração se tornou desregulada e exitante até o momento de adentrar aquele lugar que deixou de ser seu lar.
Aquele que era seu pai,se encontrava dormindo no sofá da pequena sala de estar enquanto tinha inúmeras garrafas de bebidas no chão e bitucas de cigarros. Jennie suspirou. Mesmo sabendo que não adiantaria,a menina ignorou o homem praticamente inconsciente e que não acordaria facilmente e se pôs a organizar a casa onde um dia,sua mãe sentiu orgulho de morar. Por duas horas, Jennie organizou aquela casa e preparou algo alimentício para o homen,e somente ao perceber ter deixado tudo em seu devido lugar,ela apanhou seu casaco e deixou a casa.
Com seu braço imobilizado pelo gesso,houve uma certa dificuldade em fazer algumas coisas,no entanto,deixou tudo impecável. Ela pegou outro táxi exatamente às onze e vinte da noite,e vinte minutos depois estava subindo para o apartamento onde morava. Quando adentrou a sala de estar,se surpreendeu ao encontrar Jimin e Min-ju, ambos andando de um lado para o outro demonstrando preocupação.
— Jennie! — olhando para a amiga, Min-ju se aproximou e lhe abraçou soltando sua respiração pesada — você está bem? Ligamos para você e um homem atendeu, pensamos que tinha acontecido algo.
Então Jennie compreendeu ao passar a mão no bolso de sua calça; seu celular havia ficado na casa de seu pai e provavelmente havia sido ele a atender a ligação. Sentindo outros braços lhe acolher,a menina sorriu por ouvir o coração de Jimin em um ritmo acelerado. Ela amava todo aquele carinho demonstração de afeto.
— Esqueci meu celular na casa de meu pai — Jennie sentiu a tensão dos rapazes — estou bem,ele não estava apto para fazer algo comigo e acho que já sabia disso no momento em que decidir lhe visitar.
Mesmo que desejassem censurar a decisão impensada de Jennie, ambos os rapazes assentiram e se afastaram, somente naquele momento,a garota pôde ver que Jackson estava presente e os observava como da primeira vez. Com um sorriso fraco,ela o cumprimentou e seguiu para seu quarto,mesmo que deixassem os amigos sem compreender.
E deixando seu casaco sobre a cama, Jennie abriu a gaveta de seu criado mudo e pegou o envelope fazendo com que o sorriso surgisse em seus lábios. Então,com os exames em mãos, Jennie regressou para a sala de estar e os encontrando olhando para sua direção como se perguntasse o porque dela ter saído daquela forma sem explicação. Talvez,os anos de amizades fosse tantos que sabiam quando algo acontecia com a garota.