— Você adora me provocar não é passarinho? — diz e sua voz e
grossa e áspera. Meu sangue gela, estou a ponto de surtar,
mas não olho para ele, e não quero responder. - Achou que se
esconderia de mim para sempre? Que iria me deixar no vácuo
e era só isso? — “Deus, estou morrendo. Porque não chega
logo?” — Eu disse a você que quando a encontrasse, você seria minha, então você sai com outro cara é o beija na minha
frente. O que achou que aconteceria? — tento ignora tudo o
seu discurso. Ele não se move, lado a lado comigo. Sua frieza
me congela. Pareço um coelho encurralado pelo lobo. Olho
para a numeração do elevador e ele parece brincar comigo.
Não se move, está estático, assim como eu. — Já chega de
brincadeira passarinho, você não pode mais fugir. - fecho as
mãos com força.
As portas se abrem e movo-me para sair, mas uma mão fria e
grande me impede. Ele me prende contra a parede do
elevador, aperta os botões e olha para mim. Seus olhos são
lindas esferas azuis. Sinto como se o mundo
estivesse parado e meu coração está a ponto de sair pela
boca. Estou encurralada. Sua mão esquerda alcançar meu
rosto e aperta o meu queixo de leve.
— Eu disse que não vai fugir mais. — fala firme.
— O que você quer?— pergunto e minha voz sai fraca.
Ele aproxima ainda mais seu corpo do meu e sinto sua
respiração, que também está frenética.
— Eu quero você. — diz e me beija.
Sinto o meu corpo ser eletrocutado. Estou presa a ele assim
como ele está a mim. Suas mãos me apertam contra si e sinto
um grande calor subir pelo o meu corpo.
Ele me beija com urgência e meu corpo perde todas as forças
necessárias para se recompor. Ian tem fúria em suas ações,
algo que me deixa ainda mais acesa.
Escutamos as portas se abrirem de novo e não estamos no
meu andar e sim no dele. Sou puxada e levada em direção ao
seu quarto. Eu deveria querer fugir, deveria dizer não, mas
não é isso que meu corpo quer, quero ficar com ele, nem que
seja só por essa noite.
Sei que deveria lutar contra esse desejo insano, no entanto,
minha mente estar entorpecida pela paixão.
Estou atônita, não sei o que falar ou fazer, ainda estou tonta
com seu beijo. Ian abre a porta do seu quarto e entramos, ele
a tranca e fico apenas o observando.
Ele me olha como se quisesse me comer viva, e isso me causa
um grande arrepio assustador e excitante. Sinto minhas pernas bambas e fico na expectativa sem saber exatamente o
que fazer.
“Que p***a está acontecendo comigo.”
Seu olhar é faminto e parece que está pronto para atacar. Ele
se aproxima rápido de mim e toma novamente a minha boca
em outro beijo de tirar o folego. Correspondo na mesma
intensidade, como se eu dependesse disso para continuar
vivendo.
Ainda me beijando, Ian agarra minhas coxas levantando-me
em seu colo, e colocando-me em cima da cama
cuidadosamente.
Assim que separamos nossos rostos, trocamos olhares. No
momento não sei o que estou fazendo, é como se meu corpo
respondesse a ele sem pedir permissão a minha consciência.
Não precisamos falar nada, nossos olhares destacar o nosso
desejo. Acaricio o seu rosto sentindo cada parte da sua pele e
barba, a sensação é boa. Passo os meus dedos sobre seus
cabelos e ele suspira fechando os olhos sentindo a
intensidade da minha ação sobre o seu corpo.
— Eu não vi esse fogo enquanto beijava o outro. — fala me
olhando de cima.
— Eu não queria beijá-lo. — respondo.