ELA

802 Words
FIORELLA Depois de muita insistência da Chiara e da Martina, eu acabei aceitando ir para um festival de música em Milão. Nós três estudamos juntas dos dez aos dezessete anos. Depois disso, a Chiara se mudou para Milão após receber uma proposta para se tornar modelo, a Martina começou a cursar medicina e eu jornalismo. *** Eu e a Martina viajamos mais de seis horas de carro até Milão. Não curto festivais, mas amo viajar e estava com saudades da Chiara. Chegamos no meio da tarde, um dia antes do festival. A Chiara queria nos levar para uma balada, mas eu já iria escutar barulho demais no dia seguinte, então pedi que fossemos para um lugar mais tranquilo. Optamos por um pub super badalado. É a cara da Chiara esses lugares muito movimentados. Nós estávamos chegando, quando um homem que estava saindo, me chamou atenção. Cabelos castanhos, barba bem feita, abdômen tão sarado que dava para ver pela camisa e um rosto com uma beleza nível hard, mas... Acompanhado com uma garota que mais parecia uma das modelos da Victoria secret. — Esse é o Leone, o DJ que vai tocar amanhã no festival — Chiara falou acompanhando meu olhar. — Ele é modelo e DJ, e sai com várias mulheres diferentes toda semana. Pode tirando o olho que eu vi primeiro. — É todo seu — falei. — Quer dizer, pode pegar sua fatia, já que ele é tão mulherengo. — Amiga, pensa — a Chiara argumentou. — Seria um desperdício um homem desse com uma mulher só. — Não concordo, mas... Não é da minha conta — falei encerrando aquele assunto. [...] No dia seguinte, nós fomos para o tal festival. O lugar estava lotado, e o primeiro a se apresentar foi o "DJ pegador". Preciso confessar que ele era muito bom, a batida era contagiante. A Martina passou maI, e ele foi bem fofo pedindo que um rapaz da produção nos levasse até o palco para que pudéssemos assistir a sua apresentação de lá. Durante todo o tempo que estávamos na lateral do palco ele ficava me fitando. No final da sua apresentação, ele veio na nossa direção e nos convidou para o seu camarim. A minha primeira reação foi negar, mas as garotas queriam ir, então eu me dei por vencida. No caminho até o camarim, enquanto ele parava para tirar fotos com algumas fãs, eu e as garotas combinamos de mentir sobre os nossos nomes. Por qual motivo? Nenhum específico, até porque com a rotatividade de mulheres que passavam na vida dele, ele não iria lembrar mesmo dos nossos nomes. Quando eu falei que ele não tinha cara de Leone, e sim de Lorenzo ou Matteo, ele veio com a cantada mais antiga do mundo, dizendo que esse seria os nomes dos nossos filhos. Se ele estava achando que eu iria virar a bola da vez, ele estava muito enganado. Só que não. Horas depois, eu estava pagando a minha língua, ou melhor, usando a minha língua para beijá-lo. Alguns beijos não fazem maI a ninguém, certo? Podem até não fazer maI, mas viciam que é uma beleza. Não era só o beijo, ele era carinhoso. Tínhamos acabado de nos conhecer, mas ele fazia eu me sentir especial. Se eu não tivesse a ficha dele, correria o risco de me apaixonar. Ele estava com os braços em minha cintura, com o queixo encostado no meu ombro, quando uma garota tirou o capuz da cabeça dele. — É ele — a garota falou para umas amigas que estavam próximas. As pessoas começaram a cerca-lo. Umas querendo tirar foto, outras abraçar. Na mesma hora começou uma briga, e eu me perdi dele e das minhas amigas. Eu lembro de ter andado no meio das pessoas procurando por eles em toda parte, e depois não me lembro mais de nada. [...] Quando me acordei, eu estava em um quarto. Eu me sentei na cama e vi que eu estava vestida com uma camisa masculina e sem nada por baixo. Eu escutei o barulho de um chuveiro, e fui em direção ao banheiro ver quem estava tomando banho. Para minha surpresa, quem estava lá era o DJ. Quando mais eu tentava puxar da memória, mas confusa eu ficava. "Que horas nos encontramos?" "Nós dormimos juntos?" "Acho que é meio óbvio." "Guardei tanto a minha virgindade para que fosse especial e com alguém que eu estivesse apaixonado, e eu nem consigo me lembrar." "Ele parecia tão legal, mas se aproveitou da minha vunerabilidade." "Por que eu não lembro de nada? Será que ele me drogou?" Antes que ele pudesse me vê, eu vesti a minha roupa que estava dobrada em uma poltrona, e sai de fininho e de pés descalços para não fazer barulho. Vamos para nossa primeira mini maratona? CapítuIo 1/3
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD