Capítulo 7

2201 Words
GIULIA: Cinco da manhã e nada do Terror chegar. Eu queria conversar com ele, e o filho da p**a não chega. Deve esta com alguma p**a, por ai. Eu sei que ele tem algumas amantes fixas por ai, e eu ainda vou descobrir quem são as raparigas, vou quebrar elas no p*u. Mulheres que se rebaixam a pegar homem dos outros não tem caráter nenhum. Sabe que o homem tem mulher em casa e continuam com ele. É f**a essas piranhas. Terror também não consegue segurar aquela piroca dele dentro das calças. Toda hora tá me traindo com uma. Filho da p**a, ainda vou cobrar as galhas que ele me deu, vou pagar na mesma moeda. Ele não gosta de meter galho na minha cabeça? Pois então, vou meter na dele também. Arrombado.      Terror: Tá fazendo o que acordada essa hora? Me assustei e olhei pra ele que estava parado na porta do meu quarto. É, a gente não dorme no mesmo quarto.      Giulia: Estava te esperando. – sorri de lado. – A gente precisa conversar, Terror, é sério! Ele revirou os olhos e com muito custo, veio se sentar ao meu lado, bem afastado de mim.      Terror: Manda ai, qual foi a fita?      Giulia: Sabe Terror, eu estive pensando nisso esses últimos dias todos, e...eu quero ter um filho com você. – pousei minha mão em cima da dele, que retirou a sua rápido.      Terror: Tu tá malucona de droga? – se levantou. – Quero mais ter filho com você não, Giulia. Depois do que cê fez a alguns anos atrás desisti de tentar alguma coisa com tu.      Giulia: Mas Guilherme....      Terror: Chega, c*****o! – gritou. – Não quero mais saber dessa p***a não, tá ligada? Vem com esses papos de novo que te meto murrão, p***a. Ele saiu do quarto batendo a porta e eu chorei ali deitada na minha cama. Eu queria um filho, até hoje eu não sei por que fiz a burrada de tirar aquela criança de dentro de mim. Eu fui burra! Fui nas ideias dos outros e me fodi. Amanda foi colocando coisas na minha cabeça, dizendo que se eu tivesse aquele filho ele acabaria com a minha curtição e tals, e eu burra fui lá e tirei. Quando o Terror descobriu ele surtou, me bateu, e me xingou de tudo, e ele nunca tinha me tratado daquele jeito. Por sorte a gente não terminou. Eu tenho que fazer ele querer ter um filho comigo. E vou fazer de tudo pra isso acontecer! ••• GABRIELA: Sai do trabalho toda feliz, iria pra minha casa hoje, estava animadona. Fui pra casa da Giulia pensando em como será daqui pra frente. Não sei quando o Terror vai querer vir atrás de mim, mas espero que demore pra caramba, que por sorte, ele até esqueça disso. Cheguei na casa da Giulia, e vi ela com a tal de Amanda. As duas conversavam animadas no sofá enquanto bebiam cerveja. Passei direto pra quarto sem ao menos dar um oi. Minhas malas com minhas coisas já estavam prontas, eu só tomei um banho, me troquei, e peguei elas, saindo do quarto. Desci uma por uma, pois estavam pesadas. Giulia e Amanda só ficavam me olhando enquanto bebiam.      Giulia: Já vai né? – assenti. – Gabriela, só vou te pedir um favor, tente fazer seu caminho não cruzar com o meu, quero esquecer que você está por aqui.      Gabi: Vou fazer isso com gosto. – sorri falsa. – Boa noite ai pras duas cobras. Sai daquele inferno dando risada, e agradecendo por estar indo pra longe da Giulia. Eu tava de saco cheio dela já, tentei fazer com que ela se tornasse minha amiga, mas ela é mais falsa que tudo. Quero ficar longe de amizades assim. Pedi ajuda dos vapores que estavam ali e eles me ajudaram a levar as malas pra minha casa. Meu celular começou a tocar e era a Fernanda. Assim que ela disse que estava aqui na entrada do morro, eu surtei. Deixei as coisas na casa e sai correndo até a entrada. Assim que vi ela eu explodi de alegria. Corri até ela, e pulei em seu colo. Estava com tanta saudades da minha branca. Sem ela eu me senti sozinha demais.      Gabi: Nem acredito que tu tá aqui. – apertei ela.      Fernanda: Nem eu, foi um ** convencer minha vó a deixar eu vir pra cá antes de começar as férias, mas como sempre...eu consegui!. – me encarou sorrindo. – E mano, eu vou ficar aqui até o final de Janeiro, e depois quando eu voltar pra São Paulo vou fazer cursinho de maquiagem. – falou toda animada. Sorri e apertei mais ela. Fomos subindo e ela foi me contando tudo o que aconteceu lá em São Paulo desde que vim embora. Eu sentia falta de lá, as vezes eu pensava em voltar pra lá, mas na real, gosto daqui, e sinto que aqui que é o meu lugar.      Fernanda: Fiquei sabendo que vai ter baile por aqui hoje. – me encarou. – Ouvi os meninos da entrada falando.      Gabi: Você vai ir? – perguntei fazendo um coque em meus cabelos. Tava um calorzão do caraí.      Fernanda: Não!....nós vamos! – sorriu pra mim, e eu fiz careta.      Gabi: Vou nada não, filhona. – me abanei com as mãos. – Vou arrumar minhas coisas na minha nova casa, e vou ficar o resto do dia deitada.      Fernanda: Tu é chatona em, p**a que pariu. – negou bufando. – Se você não for comigo nesse baile, Gabriela...eu vou embora agora!. Ai, começou o drama dessa chata. Não posso recusar o que ela quer, que ela já vem de drama pro meu lado. Eu morro com essa menina!      Gabi: Eu vou se você pagar um açaí pra mim, agora! – encarei ela.      Fernanda: Iih, tá me achando com cara de que? – me encarou, toda debochada, mas logo deu risada. – Tá, vamos logo. Mas só por que tô com vontade também. Fui com ela pra onde vendia o açaí, e ela comprou dois completos pra nós duas. Me sentei na calçada ali na frente da barraca de açaí, com a Fernanda.      Fernanda: Caraí, que gatinho, p***a. – falou olhando para algo. Olhei para onde ela estava olhando e vi um grupinho de traficantes sentados ali no barzinho de frente com o açaí.      Gabi: Qual? – encarei ela.      Fernanda: O de boné azul, sem camisa, mó gostoso. Olhei para o grupinho de novo, e olhei bem para o menino que ela estava dizendo. Era um moreno bonitinho até, já tinha visto ele pelo morro algumas vezes, mas nunca nem tchum.      Fernanda: Sentaria gostoso nesse moreno. – falou e eu dei risada me engasgando com o açaí. – Nossa filha, tá difícil ai em, tá morrendo. – bateu nas minhas costas com força.      Gabi: Vou morrer com tu batendo desse jeito nas minhas costas, merda.      Fernanda: Estava querendo te ajudar, lindona. Revirei os olhos e meu olhar foi para a Giulia que estava descendo em direção a nós, junto com a sua amiguinha Amanda, e mais uma loira. Ela assim que me vi, revirou os olhos fazendo cara de nojo. Isso nem me abalava mais, eu tava bem f**a se pra essa garota agora.      Fernanda: Aquela ali é sua irmã? – me olhou, eu balancei a cabeça concordando. – Nossa, ela mudou em.      Gabi: Pois é. – suspirei. – Só que piorou, por dentro.      Fernanda: Continua nojentinha? – me olhou, fazendo careta.      Gabi: Mil vezes mais. – respondi baixo, e ela negou com a cabeça. A Giulia passou ao nosso lado com suas amigas, e parou na barraca de açaí, ignorando nós duas completamente.      Fernanda: Nossa, Giulia, não cumprimenta mais as amigas das antigas não? – encarou ela. Fechei os olhos prevendo a merda que isso ia dar, Fernanda era debochada demais, e Giulia sem paciência, ia dar merda total.      Giulia: Me erra garota! – bufou.      Fernanda: Esqueceu da época que nós comia catarro juntas, é? – colocou as duas mãos na cintura, olhando para a Giulia enquanto negava.      Giulia: Aff, vai tomar no teu **, pirralha! Menina chata do c*****o.      Fernanda: Aaah, eu não era essa menina chata, pirralha na hora que tu me chamava pra te ajudar a bater nas meninas que tu não gostava, né? – se levantou cruzando os braços. – E olha que eu sou cinco anos mais nova que tu em. Giulia do nada ficou vermelha, eu quis rir, mas me segurei ao máximo. Giulia empurrou a Fernanda com tudo, fazendo a mesma cair no chão, corri pra ajudar ela, só que ela me olhou negando, e começou a rir. Fiz careta, mas logo tomei um susto quando Fernanda deu uma rasteira na Giulia fazendo ela cair de b***a no chão também.      Giulia: Sua pirralha, filha da p**a! – gritou e foi pra cima da Fernanda. Tentei separar as duas, mas acabei levando um soco na boca do estômago. Fiquei tentando recuperar o ar, mas quando eu vi aquela loira que estava com a Giulia, chutando a Fernanda, parti pra cima dela, não cheguei puxando cabelo não, cheguei logo na voadora. A menina cambaleou pra trás, mas logo veio em cima de mim também. Posso negar não, tava com medo de apanhar, nunca briguei assim na rua, e a menina dava duas de mim. Quando ela veio pegar nos meus cabelos, alguém deu três tiros pro alto. Me assustei logo, e olhei pra pessoa, era o Terror! Um cara estava segurando a Giulia, e o moreno lá estava segurando a Fernanda, que ria nos braços dele.      Giulia: Sua vagabunda, pirralha! – gritou se debatendo nos braços do cara, que tentava de tudo pra segurar ela.      Fernanda: Aain, Giulia, me poupe, vai dar um jeito nesse seu nariz ai que mais parece uma espada de lado, e depois tu vem falar comigo, beleza? – falou rindo, e a Giulia só ficou mais brava.      Terror: Palhaçada isso em, tá achando que aqui é palco pra vocês ficarem dando show, p***a? – gritou com a fuzil na mão. – As cinco no desenrolo! A gente foi pro desenrolo, eu morrendo de medo, e Fernanda rindo que nem um b***a.      Fernanda: Ai amiga, tu viu como aquele moreno gostoso me segurou? – me olhou, e eu ri fraco. – Que pegada, meu Deus, que pegada. – falou se abanando. – Hoje no baile eu pego ele, ô se pego. – sorriu maliciosa.      Gabi: Isso se a gente sair daqui viva, né? – encarei ela no deboche.      Fernanda: Iih, Gabi, relaxa a x**a ai, isso aqui vai dar em nada, não. Ela falou isso, mais logo ouvi ela murmurar um “tomara Deus, posso apanhar não, e nem ficar sem cabelo!”. Eu apenas ri fraco, e continuei vendo a Giulia falar, e falar com o Terror, que olhava pra ela de braços cruzados com a cara fechadona, que dava até medo.      Giulia: Amor, eu juro, foi ela quem começou. – ela falava, enquanto deixava lágrimas caírem por seu rosto. Devia estar chorando pensando que poderia acabar sem cabelo, ou com as pernas roxas.      Fernanda: Comecei nada não, filha, estava falando na moralzinha contigo, lembrando do passado, e tu veio cheia de marra pra cima de mim me empurrando. – encarou a Giulia serinha. Terror me olhou, e eu fiquei toda sem graça sem saber o que dizer.      Gabi: Eu...eu estava tentando separar as duas, só que essa loira tentou ir na covardia, cheguei na voadora mesmo. – suspirei, dando de ombros.      Terror: Qual vai ser?....4 ou 5 pauladas nas pernas de cada, ou cabelinho no zero? – nos encarou.      Giulia: Só nelas né? Não fiz nada! – Terror olhou pra ela na hora, e a mesma já ficou toda pianinha na dela.      Fernanda: Lógico que paulada, né? – falou bem baixo, que só eu ouvi.      Terror: Disse alguma coisa ai, mina? – olhou pra Fernanda.      Fernanda: Disse nada não, cara. – sorriu toda falsa. Olhei pra Fernanda, e ela tinha aquela cara de deboche estampada no rosto. Por fora ela parecia nem ligar, mas por dentro eu sei que ela tava com medo de acabar sem cabelo.      Terror: Dessa vez vou deixar passar, mas se tiver outra confusão, e algumas da cinco tiver envolvida deixou carequinha e vão levar paulada nas pernas pra ficar roxa mermo. – nos encarou. – Podem vazar. Me levantei e sai daquela sala com a Fernanda. Olhei pra ela, que logo começou a rir de novo, e a rir alto, atraindo atenção de alguns caras que estavam ali na boca. Revirei os olhos rindo também, e a gente foi pra minha casa enquanto a Fernanda ainda ria.
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