Felipe Lutero ( seja minha !)

1049 Words
Ver Carolina esparramada na minha cama foi uma prova de resistência capaz de me fazer duvidar do meu autocontrole. Minha vontade era tirar aquele pedaço de pano do corpo dela e matar meu desejo, aquele t***o que me fazia derreter. A maior prova foi quando vi a loira levantar cambaleando, correr para o banheiro, e ao voltar enrolada numa toalha, senti meu coração bater tão rápido que minhas costelas doíam com a força das batidas. Ela tirou a toalha do corpo, pegou uma das minhas blusas que estava em cima da cama e vestiu. Respirei fundo em busca de ar. Passei a mão no cabelo com força para manter a sanidade. Acompanhei cada movimento como se fosse em câmera lenta, vi a camisa cobrir seu corpo deixando apenas as pernas torneadas de fora. Carolina voltou para a cama e abraçou minha cintura como se estivesse na sua cama. Em pouco tempo, ela adormeceu. Depois de tudo o que presenciei, tomei um banho gelado para me acalmar. Tentei sair do quarto, mas vê-la ali confortável e segura me fez andar até a cama. Afastando o lençol, deitei-me. Acordei com o som irritante do despertador e, para minha surpresa, Carolina estava deitada no meio, com os braços e as pernas jogadas em cima das minhas. Virei para o lado, fiquei a admirando dormindo, estava tão confortável que não tinha vontade de sair, mas precisava. Então saí devagar da cama. Após tomar um banho, vesti uma calça de moletom e fui para a cozinha fazer o café. Pouco tempo depois, senti minhas costas queimarem e não precisei virar para saber de quem se tratava. A loira estava na entrada da cozinha, apoiada na parede, me olhando. Hipnotizado pela beleza da mulher diante de mim, Carolina ficava linda com qualquer roupa, mas com minhas camisas tornava-se uma das sete maravilhas do mundo, se não a única. "Minhas camisas ficam lindas em você", falei, a elogiando. — São confortáveis! ouvi ela falar. Terminamos de tomar café juntos, arrumamos a cozinha e ela subiu para se trocar. "Poxa, essa é a visão dos deuses", entro no quarto e seguro o vestido, impedindo que cubra seu corpo. Viro Carolina para mim. "Seja minha", pergunto, tocando e afastando uma mecha do cabelo. Perdidos no olhar um do outro, vejo o desejo faiscar algo tão forte que não consigo distinguir. Beijos, carícias, toques, uma loucura, o prazer, tudo em um único momento. Sentir o calor, o cheiro, a textura da pele dela me fez sentir algo que nunca senti. Sussurrei palavras safadas em seu ouvido, fazendo com que arrepios percorressem o corpo de Carolina. Pude sentir a intensidade do desejo, queimando como fogo dentro de nós. Com um olhar cheio de luxúria, levantei-a, segurei pela cintura e a guiei em direção à cama, onde pude finalmente tê-la, realizando minha vontade de possuir. Ambos sabíamos que este momento íntimo seria inesquecível e marcado pela intensidade do prazer que sentimos um pelo outro. Abro os olhos, não a encontro na cama, procuro por Carolina no quarto e não a encontro. Sinto um vazio no peito, é melhor assim, consegui levá-la para a cama, agora posso seguir em frente, nada do que aconteceu aqui se repetirá. — Bom dia, senhor! — Bom dia, Silva, respondo à minha secretária, caminhando para minha sala. Tentei ocupar minha mente, que não parava de lembrar da maldita fujona. Pensei que depois de levá-la para a cama, ela sairia da minha cabeça, mas não saía dali. Tentei me distrair, continuar como antes, trabalho, festas e mulheres, mas não consegui, não consigo parar de pensar nela, em como seu corpo se molda ao meu, os gemidos se tornaram meu som preferido, o cheiro da sua pele se tornou meu perfume preferido, apenas de lembrar do que fizemos naquele dia, meu corpo arde como nunca antes. Abro a porta pronto para confrontá-la. — Felipe! Me assusto ao ver Marcos na sala da Carolina. — Marcos! Cadê a Carolina? pergunto encarando. — Algum problema, Lutero? pergunta Marcos, franzindo a sobrancelha. — A Mendez voltou para o escritório, ela só estava me substituindo, como voltei no sábado, conversamos, ela me atualizou e cá estou na minha sala. Então precisa de algo. — Mas que droga, ela sabia, por isso aceitou dormir comigo. A raiva domina meu ser, uma vontade desumana de matar alguém. — Não é nada! Seja bem-vindo de volta, falo saindo da sala. Meu dia foi um inferno, não consegui me concentrar. Marcos veio à minha sala trazer os documentos que Carolina analisou antes de ir. Aguardo as portas de metal se abrirem, saio do elevador, ando até meu destino, atravesso o corredor e paro assim que vejo ela sair da sala acompanhada de Tenório e de dois outros homens. Aperto os punhos para controlar a raiva ao ver um desgraçado abraçá-la. Carolina não demonstra nada, admiro seu jeito sério e profissional. Carolina deixa os homens e vai para sua sala. Vejo ela entrar no elevador, corro até ela, entro em seu elevador e, ao me ver, não reage. — O que faz aqui, Lutero? pergunta Carolina. Avanço sobre ela, tomando seus lábios num beijo possessivo, cheio de desejo. Carolina se assusta mais aos poucos corresponde ao beijo com intensidade, sentindo um misto de desejo e adrenalina. O elevador parece ter se transformado em um lugar de paixão e desejo incontroláveis. Com uma mão, seguro a cintura de Carolina e com a outra, seguro seu rosto, intensificando o beijo, fazendo com que o tempo pareça ter parado. Nós nos entregamos ao momento, sem nos importar com o que possa acontecer quando as portas se abrirem. A única coisa que importa é o desejo ardente misturado com a raiva, uma combinação capaz de me fazer perder o juízo. Nós nos afastamos por falta de ar. — O que pensa que está fazendo! Carolina fala com raiva. Antes que eu possa responder, a porta se abre e Carolina sai como um foguete. Respiro fundo para me conter e ando atrás dela. A baixinha anda rápido para fugir de mim. Aperto os passos para alcançá-la, não é tão difícil andar rápido como ela. Carolina, grito. Ao ver um carro indo em sua direção, corro para evitar que o pior aconteça. Em um ato de loucura, corro desesperadamente gritando seu nome. Carolina.
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