Capitulo 5

1863 Words
Melissa Caramba, eu não imaginava que ia encontrar o ogro do meu professor... claro que ele é lindo demais. Agora, ver ele perto de mim, assim, desse jeito... sentindo seu perfume que está me deixando excitada, está sendo demais para mim. A minha vontade cresce mais ainda ao ver que ele usa a camisa meio aberta, consigo ver o começo de seu peito e me deixa com a boca salivando de vontade de percorrer a minha língua nele todo. Sinto um calor subindo dentro de mim. Eu nunca fiquei desse jeito por ninguém. — Oi, professor. — Cumprimento e fico olhando para ele, desejando que tudo à nossa volta sumisse e ficássemos somente nós dois. — Professor não, Melissa — pede, e acho estranho. Ele quer que o chame como? Eduardo, o gostosão? — Aqui não é a escola e você não é a minha aluna, somos duas pessoas normais, você não acha? — comenta. E a minha vontade era responder: Claro que somos normais, então podemos ficar juntos, gostosão? Mas é melhor não. — Como então você quer que eu te chame? — Pode me chamar de Edu! — Na minha opinião, gostosão é a melhor definição. — Posso te chamar de Mel? — pergunta. Gosto de ouvir ele me chamar de Melissa, mas ouvi-lo me chamar de Mel elevou o meu estado de excitação. — Claro, que sim — concordo, querendo prolongar mais ainda a nossa conversa. Queria ter a coragem de perguntar coisas para ele que não teria coragem se estivéssemos na escola. Será que ele está acompanhado? Será que é alguma professora? Não sei se quero saber sobre isso. Estou distraída em meus pensamentos quando escuto a Gabi cumprimentando o Edu e isso faz quebrar o nosso contanto, quero dizer, a minha distração. — Olá, Gabriela, pode me chamar de Edu, aqui não é a escola — meu gostosão fala, olhando para a Gabi. Escuto outra voz chamando o Edu e vejo que é um homem muito bonito, mas não igual ao meu gostosão. Ele vira a cabeça na direção da voz e depois me olha novamente. — Meninas, tenho que ir. Até amanhã. Despede-se e vai embora. Fico paralisada olhando enquanto ele chega até o amigo dele e ficam conversando. — Mel, acorda. — Gabriela chama, me tirando dos meus devaneios.  — Mas eu estou acordada — afirmo. — Não parecia — diz, dando de ombros. — Gabi, claro que estou acordada — respondo, revirando os olhos. — Mel, você estava parecia presa olhando pra ele. — Do que você está falando, Gabi? — Desconverso, puxando o braço dela para entrarmos logo na sessão de cinema que, com certeza, já tinha começado. — Mel, posso te fazer uma pergunta? — Claro, Gabi! — Você está gostando do professor Eduardo? — pergunta, curiosa e resolvo responder com sinceridade. — Não sei, Gabi, ele mexe comigo. Por quê? — Não sei, era como se estivessem em uma bolha onde existesse só vocês dois — comenta. — Gabi, sinceramente eu ainda não sei o que sinto por ele — confesso. — Mel, o que você acha dele? — Realmente ainda não sei. Só sei que quando ele chega perto de mim daquele jeito, tenho uma louca vontade de me jogar naqueles braços dele — respondo baixinho enquanto procuramos os nossos assentos. Vou continuar a falar, mas a música me interrompe, anunciando que o filme está prestes a começar. Depois de quase duas horas de filme, saímos da sala do cinema e vamos à praça de alimentação comprar lanche. Estamos morrendo de fome. Munidas de nossa comida nada saudável, procuramos uma mesa para sentarmos. Enquanto devoro as minhas batatas fritas, minha mente pensa em tantas coisas ao mesmo tempo que parece que vou entrar em parafuso. — Gabi, você acha que o Edu gostaria de mim... assim... como mulher? — pergunto, e vejo seu olhar surpreso. — Acho que sim, Mel. Mas o que eu percebi é que ele já se encontra interessado em você — confessa baixinho, como se mais alguém nessa praça de alimentação barulhenta pudesse nos ouvir. — Será, Gabi? E mesmo que estivesse a gente nem pode ficar junto por causa da escola — comento. — Mel, aqui fora vocês são pessoas normais, lá dentro vão se comportar como aluna e professor. — É verdade, você tem razão, mas eu nem sei como que vai ser... aliás, acho que é tudo fruto da minha imaginação. Terminamos de comer e perambulamos o resto do dia entre as lojas do shopping.  Chegamos à casa e sigo para ver a minha mãe que já estamos em casa, mas vejo que ela está dormindo e decido não acordá-la. A Gabi avisou à sua mãe que vai ficar por aqui essa noite. Lembro vagamente que meu pai chegava em casa todas as noites e ia me dar um beijo de boa noite só que ele acabou falecendo quando eu era pequena e quem sempre cuidou de mim, desde então, foi minha mãe. Seguimos para o meu quarto, me troco primeiro e me jogo na cama, pegando o notebook e já logando no meu f*******:. Ao abrir o meu perfil, vejo que tenho uma nova solicitação de amizade. Solto um grito e a Gabi vem correndo, preocupada. — O que houve, Mel, está passando m*l? — pergunta, com a mão no peito. — Gabi, olha aqui no computador — ordeno. Eu mesma não estou acreditando. — Mel, você fez esse escândalo todo por causa do computador? — comenta, como se isso não fosse nada. — Aqui, amiga, no meu perfil, olha quem solicitou amizade — aponto para a tela. Ela vem até meu computador e ao ver a causa do meu grito, diz: — Mel, ele está realmente interessado em você. O que você vai fazer? — Não sei, mas acho que vou aceitar — comento. — É melhor. Aí você aproveita pra ver as fotos dele — diz, tirando uma com a minha cara. — Só você mesma, Gabi. Confessa, amiga, você não sentiu nada por ele? —questiono, curiosa. — Eca, claro que não, Mel! Achei bonito e tals, mas ele não faz o meu tipo. — Como assim, não faz seu tipo? Gabi, minha filha, ele é gostosão! —exclamo, surpresa por ela não achar. — Mel, ele é mais velho. — Sim, e daí? — Daí que não gosto de homens mais velhos. Gosto da minha idade ou até mesmo só um tiquinho mais velho, mas não daquele jeito. — Gabi, eu gosto dele assim. Você acredita? Se eu pudesse, ficaria com ele. — Mas claro que vocês podem, mas ninguém pode ficar sabendo. — Isso é verdade. Aceito o convite e fico olhando a página do seu perfil. Descubro que é solteiro e que temos algumas coisas em comum. Vejo a idade dele, e ele não é tão velho assim, trinta e seis anos. Olho suas fotos, o que me deixa com água na boca só de comprovar como ele é realmente delicioso. — Menina, vai ficar só olhando pra essas fotos? — provoca. — Esse homem é o senhor pecado. —Tô vendo que ele tem um corpo muito bom — diz, como se o corpo dele fosse normal. — E que corpo ele tem! — comento, fascinada. Melhor eu parar de olhar. Saio do perfil dele, curto coisas dos meus amigos e compartilho alguns posts. Gabi também se joga na minha cama e liga o seu notebook. Aproveitamos para ficar jogando enquanto ouvimos música pelo aplicativo. Nossos gostos vão do pagode, samba até funk etc. Depois de um tempo, vejo a minha amiga dormindo com o notebook ao lado. Desligo o aparelho dela e a cubro. Mas, antes de desligar o meu, ainda entro uma última vez no f*******: e, para minha surpresa, vejo Edu online. Crio coragem e envio uma mensagem: “Boa noite, Edu. Durma com anjinhos” Logo em seguida, recebo sua resposta, o que me deixa chocada e nas nuvens. “Boa noite, Mel. Não se preocupe, eu já ando sonhando com você, meu anjo. Espero que tenha aproveitado bem o cinema.” Leio várias vezes e fico pensando no que responder. “Sim, foi legal. E seu passeio, como foi? Mas me diz uma coisa, você sonhando comigo, Edu?” Envio e fico como uma menina esperando que o namorado responda. “Foi bom, eu não via o Lucas há tempos. Mas, respondendo a sua pergunta, sim, eu sonho com você. Sabe, Mel, não quero mentir. Estou gostando de você e gostaria de saber se aceita sair comigo” Fico paralisada ao ler isso. Não acredito que ele está interessado em mim. E agora? Bom, eu também estou super, hiper, mega interessada nele. Mas como vou dizer isso? “Desculpe, Mel, espero não ter te ofendido ou te chocado. Claro que você deve ter namorado” Respondo rápido para ele: “Edu, claro que não, fica tranquilo. Eu só fiquei... surpresa com o seu pedido. Afinal, eu sou apenas uma menina saindo da adolescência...” “Mel, você não é mais uma menina. É uma mulher, gostei de você desde que você entrou pela porta da sala de aula. Quero te conhecer e vamos ver no que vai dar, só que ainda não quero que fiquem sabendo da gente” “Tudo bem. Eu aceito sair com você” Eu também não gostaria que ficassem sabendo de nós. “Edu, a Gabi já sabe que estou interessada em você. Tem algum problema eu falar pra ela sobre a gente?” Envio a mensagem e fico agoniada aguardando sua resposta. E se ele ficar bravo? “Claro que não. Não tem problema, sei que ela não vai comentar nada. Eu também estou interessado em você, meu anjo. Posso te chamar assim?” Fico feliz em saber que eu posso contar para a minha amiga tudo que está acontecendo. “Pode me chamar assim e eu posso te chamar de gostosão?”  “Você pode me chamar de tudo que quiser, mas gostei do gostosão” Solto uma risada ao ler sua mensagem. Olho para a Gabi que dorme tranquilamente. “Pra mim, você é gostosão” “Pra mim, você é meu anjo, Mel” E só essa frase já aquece meu coração. Sorrio boba enquanto leio novamente. Olho para relógio do meu computador e reparo que já é tarde. “Edu, tenho que sair do Face, já está tarde” “Vai sim, anjo. Amanhã você acorda cedo. Você quer carona?” Olho para a mensagem e a minha vontade é de responder que sim, mas é melhor não. “Edu, melhor não, vai que alguém me vê saindo do seu carro” “É verdade, mas vamos ver como a gente vai fazer, ok?” “Ok. Bjs, gostosão, até amanhã” “Boa noite, meu anjo, sonhe comigo” “Pode deixar, gostosão” Saio do f*******: e desligo o meu computador, pego meu celular e coloco alarme. Deito ao lado da minha amiga e tento relaxar para dormir, mas meus pensamentos estão descontrolados, pensando no meu ogro professor, que agora não é mais ogro e, sim, gostosão.                                   
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