Olha como a vida nos prega peças muito interessantes. Era uma tarde ensolarada e triste de outono aqui na Louisiana, e eu estava na praça do cemitério St. Louis, pois não suportei entrar no cemitério e ver o sepultamento de Ewan. Mas estava um dia bastante poético, pois as folhas das amendoeiras caíam das copas com a leveza e a generosidade de uma bailarina invisível, pintada por Degas. Ao longe, um jovem rapaz de nome Cândido vem caminhando pela rua até chegar a um banco de praça perto do cemitério. Porque conheço o nome dele? Porque alguém passou de carro, buzinou e falou com ele.
Ele chega, se senta a uma distância privilegiada de mim (uns sete metros, mais ou menos) e começa a esperar, olha para o relógio com o mesmo metodismo de quem se preocupa fidedignamente com horários de chegada
