Mariana
Assim que eu cheguei no hospital a primeira coisa que eu fui fazer foi falar com um dos médicos que estavam acompanhando o estado da minha mãe, pela sorte eu acabei encontrando a doutora no corredor.
- Doutora? _ _ A chamo e a mesma se vira olhando para mim.
- Pois não.
- Quero perguntar sobre a minha mãe. _. Ela fica parada esperando que eu vá até ela, me aproximei da mesma. – Bom a senhora disse que a minha mãe precisa fazer uma cirurgia o mais rápido possível né isso? _. Ela assentiu com a cabeça. – Então eu consegui o dinheiro da cirurgia e gostaria de saber se a minha mãe está em condições de ser transferida para o médico particular ainda hoje.
- Nossa que bom que você conseguiu, ela tem que fazer essa cirurgia o mais rápido possível, e quanto a ela poder ser transferida pode deixar que vamos deixar tudo organizado, vamos dará medicação para que ela consiga chegar no outro hospital sem nenhum problema, mas pra isso você tem que ir lá e já deixar tudo organizado, já pagar tudo que tem pra pagar, reservar o leito essas coisas, bom quando você chegar lá eles vão te orientar sobre tudo, ai quando já tiver tudo resolvido ai sim nós liberamos ela e você a leva o mais rápido possível, como você sabe infelizmente não podemos disponibilizar ambulância.
- Eu sei sim doutora, obrigada por tudo que tem feito pela a minha mãe.
- Não tem de quê, é apenas o meu trabalho, se eu pudesse faria muito mais, mas infelizmente não posso, mas chega de lamentações, agora é um momento para facilidade, graças a Deus você conseguiu o dinheiro da cirurgia, corre e vai providenciar tudo lá no hospital da sua preferência que eu e a minha equipe vamos preparar a sua mãe para que ela possa ser transferida com segurança.
- A senhora tem razão, deixa eu me adiantar logo._ Falo e dou um sorriso simpático para ela e sou retribuída pela mesma, dou as costas e saio dali indo de volta para o carro onde o rapaz que o Alemão deixou a minha “disposição” tava, cheguei lá o mesmo estava dentro do carro, com as duas mãos atrás da cabeça encostadas no banco, entro e ele fica me olhando, fiquei sem jeito, nessa agonia toda eu nem parei pra reparar que eu estava andando normalmente com um homem do lado sem nenhuma vergonha, isso pra mim é tudo novo já que eu nunca fui de ficar muito próxima assim dos homens pois sou muito tímida, lembro que as meninas na escola tiravam sarro da minha cara pois eu nunca havia beijão ninguém, bom o tempo se passou e eu continuo sem beijar ninguém ainda kkkkkkk, tem horas que me sinto envergonhada por isso, pois as meninas na minha idade já namora, fazem sexo, saem, se diverti e eu sou o oposto disso, eu sou muito vergonhosa, vergonhosa a ponto de me sentir incomodada de estar no ambiente com várias pessoa, eu não gosto, e em relação ao beijo eu até que tentei algumas vezes por pressão do pessoal da escola, sabem como é a adolescente né, eu ia só que quando chegava na hora eu travava e fugia, ai isso já gerava motivo de mais chacota com a minha pessoa, e agora me encontro aqui cavala veia e não sei nem o que é beijar. Agora vendo esse homem, um dos homens que eu sempre tive medo aqui do meu lado assim me olhando de um jeito estranho me causou vergonha.
- Qual foi mina? Tá ai paradona porquê? Vai dar o papo do que vamos fazer o vai ficar aí o dia todo pensando na morte da bezerra.
- É me desculpe, eu me enterti aqui nos meus pensamentos, bom eu tenho que ir em algum hospital lá na pista, preciso agilizar para que eles internem minha mãe, aí depois tenho que vim pegar ela e levar para lá, dá para você me ajudar com isso? Mas também se não dar eu me viro, dou um jeito.
- Que isso, o Alemão disse que eu vou estar disponível pra o que tu precisar né? Então vou te ajudar até onde tu quiser.
- Tá bom então, vamos para pista, vou ver um hospital que faça a cirurgia da minha mãe o mais rápido possível.
- Bom se tu quiser eu posso te levar em um que a minha coroa ia, lá deve ter desses bagulhos ai que tu precisa.
- Ah claro, quero sim._ Ele liga o carro e sai dali indo em rumo ao tal hospital. Já tínhamos alguns minutos ali na estrada, estava um silencio terrível, não sei de onde que tirei tanta coragem e perguntei o nome dele.
- Como é o seu nome?_ Falo toda envergonhada, ele ficou uns segundo sem falar nada, eu já estava me arrependendo amargamente de ter feito essa pergunta i****a.
- Pode me chamar de Falcão.
- Falcão? E isso lá é nome?_ Falo e o mesmo me olha com o maxilar travado, me arrependi na hora, eu e a minha mania de falar tudo que falo assim sem pensar. – Quer dizer, tudo bem, um prazer te conhecer Falcão._ Falo e ele gargalha, minhas bochechas ficaram vermelhas na hora, ele tá rindo de mim é isso mesmo?
- Como tu se chama mermo?
- Mariana.
- Satisfação Mariana que prazer é só na cama._ Fiquei alguns segundo sem entender o que ele quis dizer mas logo minhas bochechas queimaram sabendo do que se tratava, virei me rosto na hora envergonhada e ele gargalha, olhei ele pelo canto do olho e não vou negar que ele é bonito mas eu não vou nem imaginar tendo alguma coisa com ele porque não irei ter, primeiro por ele ser bandido, segundo que o homem desse nunca iria se interessar por uma menina inexperiente como eu, não sei nem beijar e os homens de hoje em dia só quer te passar a perna nada mais que isso, minha mãe sempre fala que pra quando eu for namorar escolher um homem que preste pois o mundo tá cheio de homens safado que enganam as meninas até conseguirem o que querem, e sei que o que ela fala é totalmente verdade, já ouvi caso das meninas lá da loja que eu trabalho que se apaixonou por um cara, ele fazia juras de amor por ela, se mostrou ser um príncipe encantado e quando conseguiu tirar a virgindade dela ele deu um pé na b***a dela, que o mesmo passava na rua e fingia que nem a conhecia, sem contar que espalhou para Deus e o mundo o que fez com ela, é disso que eu tenho medo de acabar me envolvendo com algum cara, me apaixonar a ponto de me entregar e no final passar por isso, não, eu não quero correr esse risco de jeito nenhum, do jeito que as coisas está indo é bem capaz que eu morra virgem, e até prefiro que seja assim, isso me evita muitas dores de cabeça, o quesito amor definitivamente não foi feito para mim. Chegamos no tal hospital, o “Falcão” desceu comigo, ele vai me levar até o local para eu conversar com algum responsável do hospital já que eu não conheço nada aqui.
- Não é perigoso você andar no meio do povo assim como se não fosse quem você é?
- Fica suave, o Alemão paga propina pras policias todo mês pra eles não mexerem com nenhum de nós.
- Nossa, quem tem dinheiro realmente comanda o mundo.
- Pra você ver, tem ninguém santo nessa p***a, são tudo vagabundos, bandidos que nem nós, a diferença à é que nós é favelado tá ligado, ai tudo cai pra cima de nós.
- Entendi._ Falo apenas isso, nem vou entrar nesse assunto, não vou falar para um traficante o que eu acho de tudo isso, não vou correr o risco de levar um tiro.
Chegamos na recepção, fui falar com a atendente.
- Bom dia.
- Bom dia.
- Bom eu gostaria de saber se aqui faz cirurgia, a minha mãe tá com câncer bastante avançado, eu preciso que ela faça essa cirurgia o mais rápido possível, eu tenho o dinheiro da cirurgia.
- Entendo senhora, mas o que acontece, ela tem que ser internada, tem que fazer exame para saber o que ela tem de verdade.
- Mas ela já tem os exames que mostra o que ela tem.
- Infelizmente não recebemos diagnósticos de terceiros, tem que ser feito tudo aqui. Bom, a internação, com os exames e medicações que a paciente vai precisar ficam em torno de vinte mil reais, fora a cirurgia é claro._ Meu brilho sumiu na hora, se a cirurgia por si só já é 60 mil, se eu der 20 mil na internação eu não vou ter o dinheiro para a cirurgia que é o que ela precisa em questão, olho para o Falcão que observa tudo atentamente.
- O dinheiro não vai dar._ Falo com o semblante triste.
- Claro que vai dar pow, tu pediu 60 mil não foi isso?
- Sim, mas eu não contava com a internação, os exames e a medicação, tirando esses vinte o restante não vi dar para pagar a cirurgia.
- Dá sim Mariana, ai dento tem 100 mil, o Alemão sabia que tu podia precisar de mais de 60 mil, então ele mandou pegar 100 mil logo._ Arregalo os olhos, nossa como assim ele mandou entregar 100 mil pra uma pessoa que ele nem tem certeza se vai conseguir pagar esse dinheiro, o que será que ele quer em troca? Será que ele quer que eu venda droga pra ele é isso? Eu nem sonhava de que ele me emprestaria os 60 mil e o mesmo manda 100 mil assim, rum, quando a esmola é de mais o santo desconfia.
- Mas...
- Mas nada, resolve logo o bagulho da tua mãe, tu não quer salvar a vida dela? Então tiu, se preocupa com isso ai.
- Você está certo._ Me viro para a moça da recepção. – Eu vou querer internar a minha mãe.
- Perfeito, preciso dos seus documentos e os documentos dela._ Fala e por sorte eu estou com tudo na minha bolsinha, caso contrário teria que voltar pro morro para buscar, entrego tudo para a mulher, ela faz a ficha da minha mãe tudo certinho, eu ela fez a minha ficha também como acompanhante, nossa nem estou acreditando que finalmente minha mãezinha vai fazer essa tão sonhada cirurgia e com fé em Deus vai ficar tudo bem.
- Pronto, já está tudo pronto, o quarto dela já foi reservado, agora só falta, efetuar o p*******o e trazer a paciente até a clínica.
- Ok._ Abro a bolsa do dinheiro, eu já estava nervosa de como eu ia pegar esse dinheiro e contar aqui, mas para a minha sorte o Falcão disse que o dinheiro estava separado, em cada bolo tinha 10 mil reais, agradeci mentalmente por isso, peguei dos bolos de dinheiro e entreguei a mulher, a mesma conferiu se tinha os 20 mil e desse que estava tudo ok, que agora era só trazer a paciente, eu e o Falcão saímos de lá e voltamos para o morro, agora era só levar a minha mãe até clínica, assim que chegamos em frente ao hospital no morro eu desci e o Falcão continuou no carro, fui até o quarto da minha mãe e a mesma estava deitada mas estava acordada, abri um sorriso por saber que ela acordou, vou até a mesma e seguro na sua mão.
- Oi mãezinha, tenho um novidade, finalmente a senhora vai fazer sua cirurgia, já adiantei tudo, já paguei sua internação, só falta a senhora chegar lá para eles fazerem alguns exames para confirmar o que a senhora tem e logo logo será a sua cirurgia._ Ela fica me olhando com aqueles olhos atentos e questionador, com toda certeza deve estar se perguntando como quem eu arrumei tanto dinheiro assim já que o que ganhamos m*l dar pra despesas, não quero nem sonhar quando ela descobrir que pedi dinheiro a traficante e o pior, logo pro dono do morro, todos sabem da fama que o tão temido Alemão tem, ele não perdoa dívida, se não pagar a ele na data certa pode ter certeza que no outro dia a pessoa vai amanhecer morta, eu não quero nem imaginar isso acontecendo comigo, não sei como ele vai querer que eu pague essa dívida mas de uma coisa que eu tenho certeza que seja o que for eu irei pagar.
- Que foi mãezinha não está feliz que finalmente a senhora vai se livrar dessa doença maldita?_ Falo e aliso seus cabelos, toda vez é assim, sempre que ela passa m*l que vem parar no médico que toma remédio, toda vez que acorda ela fica um tempo sem falar nada, quando aconteceu isso a primeira vez eu quase tive um treco, chorei horrores pensando que ela iria ficar sem fala, mas o médico me acalmou dizendo que era normal, que era efeito do remédio. Olho ela mais um pouquinho e saiu dali indo até a medica que ficou responsável pra preparar a minha mãe para a transferência, fui até a recepção e perguntei pela doutora, a moça me pediu pra esperar que ela estava atendendo um paciente mas que logo viria falar comigo, me sentei e fiquei a sua espera, meia hora depois ela apareceu na minha frente.
- E então? Tudo pronto lá no hospital para sua mãe ir?_ Me levanto.
- Tudo sim doutora, só falta a senhora dizer se ela está em condições de sair daqui do hospital sem correr nem um risco.
- Eu e a minha equipe cuidado bem para que ela saia daqui sem correr nenhum risco, não vou mentir que sua mãe não está bem debilitada pois ela está, mas pra ir até o hospital ela tá em condições sim, vou dar uma última medicação nela para que ela vá o caminho todo bem e que chegue lá em segurança.
- Obrigada doutora, eu não sei nem como agradecer.
- Agradeça continuando cuidando tão bem da sua mãe como você cuida._ Abro um sorriso tímido.
- Então, vamos lá?
- Vamos sim._ Seguimos para o quarto que a minha mãe está.
- Olá dona Lúcia, olha só a senhora vai ser transferida, vai finalmente fazer sua cirurgia, olha só que noticia boa não é mesmo?! Bom eu vou aplicar essa medicação aqui para quê a senhora chegue bem no local ta certo._ A medica fala e começa a aplicar a medicação na minha mãe, quando se trabalha com amor pelo que faz é totalmente diferente, essa medica é um amor de pessoa, mas nem sempre tivemos a sorte de pegar uma boazinha, teve uma vez que pegamos um médico tão ignorante que eu torcia logo pra mudar o plantão, ser pobre é assim, você tem que aceitar que te tratem m*l e sem reclamar pois se reclamar é capaz de mofar no hospital e eles não atende, as vezes é preciso engolir alguns sapos, e nessa vida eu já engoli foi muitos.
- Prontinho, você já tem um carro para levar ela até o hospital?
- Tenho sim, o rapaz que vai levar está lá fora esperando.
- Ok, vou pedir a um dos enfermeiros para levar ela até o carro, então é isso, boa sorte e que tudo ocorra bem na cirurgia da sua mãe, e que ela se recupere logo.
- Obrigada doutora, sou grata de coração por tudo quem fez por ela e consequentemente por mim.
- Não tem de quer, bom deixa eu adiantar que tenho muito paciente ainda pra atender, logo o enfermeiro chega aqui.
- Tá certo._ Ela sai e eu vou pra perto da minha mãe, seguro as mão e dou um sorriso para ela, a mesma ainda fica me analisando, nessa hora eu até agradeço por ela não está falando pois sei que a mesma ia me questionar sobre o dinheiro e era bem capaz de nem querer aceitar por ser de quem é.
Logo o Enfermeiro apareceu com uma cadeira de rodas, ele desce a minha mãe da cama, coloca a mesma na cadeira de rodas, eu pego as poucas coisas dela que tinha por ali e saio junto com o enfermeiro, chegamos do lado de fora e assim que o Falcão que estava encostado no carro fumando viu a gente nos aproximando ela abriu a porta de trás do carro, é agora que a minha mãe me mata, ela vai reconhecer ele rapidinho ainda mais com o mesmo fumando esse negocio que tenho certeza que é maconha já que o cheiro é forte, o enfermeiro coloca a minha mãe dentro do carro.
- Obrigado moço.
- De nada._ Fala e dar as costas saindo dali, eu coloco o sinto de segurança na minha mãe e saio pra fora e fico esperando ele terminar o cigarro dele.
- Tudo pronto?_ Ele pergunta.
- Tudo sim.
- Ok, então vamos lá._ Joga o resto de cigarro no chão e vai até o seu lado do carro, me sentei no fundo junto com a minha mãe, a mesma me deu uma olhada tão profunda que meu coração gelou na hora, ela estava me repreendendo por causa do Falcão, ela sabe quem é ele, bom mãezinha vou aproveitar que a senhora está ainda sob efeito do remédio e vou ir com o Falcão mesmo, sem contar que nem sem se eu arrumaria outra pessoa que não fosse ele. O Falcão leva o carro e dá partido, minutos depois chegamos até a clínica, fui até a recepção falar que a paciente já tinha chegado e que precisaria de alguém pra pegar ela e levar a mesma para o quarto, logo chegou um enfermeiro, fui com ele até o carro, ele botou a minha mãe na cadeira de rodas e saímos dali, chegamos no quarto ele colocou ela na cama e saiu, eu fiquei ali com ela aguardando o médico que a recepcionista disse que logo iria vim falar com migo, me sentei na cadeira, eu estou completamente acabada, me ajeitei na cadeira ficando o mais confortável possível, passou mais de vinte minutos da hora que nós chegamos e foi agora que o médico apareceu aqui.
- Paciente Lúcia não é isso?
- Isso mesmo.
- Ok, bom, vamos preparar tudo para fazer os exames dela tudo hoje mesmo, não sei se a recepcionista falou mas pacientes em estado de câncer avançado não pode ficar com acompanhante pois o organismo tá bem frágil e pra contrair uma bactéria é em questão de segundo, e o que menos queremos é que ela nesse estado debilitado pegue uma bactéria é piore o quadro dela.
- Quer dizer que eu não vou poder ver a minha mãe é isso?
- Enquanto a paciente ficar aqui internada no hospital você só poderá fazer uma visita breve de mais ou menos uma hora, nada além disso, finais de semana não recebemos visitas pois é os dias que a maioria dos médicos estão de folga, ai se a paciente ter alguma crise causada pela pessoa que veio para a visita a disponibilidade de medico que possa ajudar irá ser pouco, então é melhor evitar._ Meu Deus que clinica cheia de exigência é essa?
- E quanto aos exames eu vou poder ficar até o resultado sair?
- Você pode ficar com ela até o momento que ela for fazer o exame, depois que ela já tiver feito o exame, já tiver medicada, higienizada ai você não irá poder ficar mais com ela, só amanhã no horário de visitas que você pode ver lá na recepção depois, e quanto aos resultados ele só sairá daqui a dois, três dias, entendeu tudo? Tem duvida em mais alguma coisa?
- Não, entendi tudo sim doutor.
- Ótimo, vou providenciar os exames e logo alguém vem buscar ela para fazer.
Bom só sei que se passaram foi horas aqui esperando alguém vim buscar a minha mãe para fazer os exames e nada, quando vieram buscar ela já era duas da tarde, acompanhei o pessoa até a porta da sala de exame depois dali eu não pude mais entrar, me sentei em uma das cadeira que tinha ali naquele tipo de salinha de espera, eu estava em de boa mexendo no celular quando me lembrei do Falcão, meu Deus eu deixei ele lá e nem pra dispensar o cara, me levantei num pulo e saí dali indo até onde o Falcão estava, o mesmo estava com o banco deitado pra trás, o mesmo estava deitado com o chapéu no rosto, abri a porta e entrei, assim que entrei ele despertou no susto, quando me viu colocou a mão no coração.
- p**a que pariu mina, quer me matar de susto caralho._ Fala e me dar vontade de rir da cara que ele está fazendo, mas me controlo pois não quero despertar a fúria de um traficante.
- Desculpa eu não quis te assustar.
- Imagina se quisesse né?!_ Boto a mão na boca pra segurar o riso.
- Foi m*l de verdade, mas enfim, vim aqui dizer que você já pode ir embora.
- Tu vai dormir ai com a tua coroa?
- Era o que eu queria mas não pode acompanhante no estado que a minha mãe está, então eu vou esperar só ela terminar os exames que ela está fazendo, ai quando ela já tiver no quarto, e eu souber que está tudo bem com ela ai sim eu pego um ônibus e vou para casa.
- Já que tu não vai ficar com ela eu vou te esperar pow.
- Mas pode demorar, eu já te incomodei de mais hoje.
- Incomodo nenhum, o Alemão me botou numa missão e eu estou apenas cumprindo ela, fica de boa ai, é bom que eu não preciso pegar plantão hoje e o melhor é que o Alemão nem vai poder reclamar já que foi ele mesmo que me colocou pra fazer isso aqui._ Fala rindo sínico.
- Então tá, você que sabe, eu vou entrar pra esperar pra ver se tá tudo bem com a minha mãe, daqui a pouco eu tou aqui.
- Sem pressa gata._ Fala e volta a deitar._ Parece que temos alguém preguiçoso por aqui, acho que ele tá amando ficar ai só dentro do carro sem fazer nada kkkkkkkkkk. Voltei para a sala de espera e fiquei ali esperando ter alguma notícia da minha mãe, eu disse ao Falcão que logo eu estaria de volta mas as coisas não saíram como eu disse, acabou que eu só fui ter certeza que a minha mãe estava bem, já no seu quarto e medicada já oito da noite, bom como não pode ficar acompanhante eu vou ter que ir embora, passe na recepção para saber qual horário eu podia vim para visitar a minha mãe e a recepcionista disse que só as quatro da tarde, nossa tarde demais, mas fazer o que né, aceitar e pronto, saí para o lado de fora e fui até o carro, dessa vez o Falcão não estava no carro, entrei e me sentei, não sei aonde que ele foi então o que me resta é esperar. Eu estava de boa mexendo no celular quando escutei a porta sendo aberta, era ele, o mesmo entrou e se sentou.
- Toma trouxe pra tu._ Fala me entregando uma saco, pego o mesmo e dentro tinha um lanche e um suco, nossa certou em cheio, eu estou brocada de fome.
- Obrigada mas não precisava.
- Claro que precisava pow, tou ligado que tu passou o dia todo sem comer nada.
- Realmente passei, quanto que foi? Vou pegar o dinheiro.
- Tá maluca? Eu hein, tá achando que sou o quê rapá, pra cobrar lanche de mulher, assim tu me ofende pow.
- Nossa desculpa, não foi minha intenção.
- Jaé, fica de boa ai, come ai que nós daqui a pouco mete o pé._ Fala e começa a comer o lanche dele, eu também começo a comer o me.
Quando terminamos nosso lanche o Falcão meteu o pé como diz ele para o morro, fomos o caminho todo eu sentido seu olhar toda hora sobre mim, as vezes nossos olhares se encontrava mas eu desviava logo pois eu via ele me olhando de um jeito tenso, o local já estava ficando pequeno de mais para nós dois.
Assim que chegou no morro eu ensinei para ele aonde que era a minha casa e ele parou em frente a ela.
- Bom muito obrigada por hoje de verdade, nem sei como agradecer.
- Mas eu sei._ Fala e olha para a minha boca, gelei na hora, eu não sabia nem como respirar mais, eu tinha falado aquilo de que não sei como agradecer na força do hábito, sempre falamos isso não é mesmo?!
- O quê? Como assim?
- Sei como você pode me agradecer por hoje._ _Fala olhando novamente para a minha boca, engulo seco.
- Como?_ Ele me olha com intensidade e vai chegando pra perto, eu estava igual uma estátua, quando ele estava com pouco centímetro de distância, o meu coração totalmente disparado sem saber o que ele ia fazer e muito menos sem saber o que eu devia fazer, quando achei que ele ia fazer uma coisa ele fez outra totalmente diferente, ele colocou o celular dele na minha mão, olhei pra ele com a testa franzida.
- Coloca teu número aí._. Fala e se afasta, quando eu volto para a realidade eu falo.
- Pra quê você quer meu número.
- Custa nada me passar teu número, vai morrer se fizer isso? Não vai.
- Tá, tudo bem._ Falo e começo a anotar o meu número, quando eu terminei passei o celular para ele o mesmo pega e mais uma vez fica bem próxima do meu rosto, escuto ele abrindo aquele negocinho que tem no carro que parece uma gavetinha, eu esqueci o nome agora, ele coloca o celular lá dentro e fecha o local novamente, só que dessa vez ele não se afastou, o mesmo meteu a mão por dentro do meu cabelo e ficamos ali nos encarando, ele intercalava seu olhar na minha boca e nos meus olhos, minha respiração estava totalmente descompensada, quando eu pensei em sair dali correndo antes que eu tivesse um treco sinto seus lábios tocarem os meus, senti sua boca macia na minha, logo senti sua língua pedindo passagem para entrar, abri um pouco a boca pois deduzi que era isso que ele queria, o mesmo me beijada de um jeito totalmente suave mas ao mesmo tempo com precisão, não vou mentir que fiquei perdidinha sem saber o que fazer, mas creio que ele percebeu que era o meu primeiro beijo e foi me ensinando aos poucos, quando eu fui ver eu já estava acompanhando o seu beijo na mesma intensidade, senti sua mão na minhas pernas apertando as minhas coxas, foi nesse momento que eu cai em mim e empurrei ele pra longe e saí a mil de dentro do carro, entrei em casa correndo, fechei a porta e me encostei atrás da mesma tentando recuperar a minha respiração, não acredito que eu perdi BV, ai meu Deus eu perdi o BV com um traficante, socorro, e o pior é que eu gostei, falo tocando a minha boca com o polegar, saiu do meu transe com alguém batendo na porta, abri a mesma e quase cai pra trás, era ele, o que ele queria aqui, engoli seco.
- Oi?
- Você esqueceu no carro?_ Fala me entregando a bolsa que estava com o dinheiro, pego a mesma e agradeço.
- Obrigada.
- De nada._ Fala e fica me olhando, dá aquela olhada pra minha boca e morde os lábios, as minhas peras estão fracas, sinto que a qualquer momento eu vou cair dura aqui.
- Tchau Mariana._ Fala dando as costas.
- Tchau._ Fecho a porta e tranco a mesma, joguei a bolsa no sofá e corri para beber um copo de água, tomo tudo quase de uma vez, minhas mão estão tremulas.
- Nossa que calor._ Falo me abanando, saiu dali, pego a bolsa que estava com o dinheiro na sala e vou para o meu quarto, guardo a bolsa no meu guarda roupa, tiro a minha roupa e vou para o banheiro onde tomo um banho frio para ver se esse calor passa, me peguei sorrindo no banho lembrando do beijo, n**o com a cabeça afastando esses pensamentos.
- Para de ser i****a Mariana eu hein, até parece que nunca foi beijada na vida._ Gargalho ao me lembrar de que realmente eu nunca fui beijada, mas não importa foi apenas um beijo, um beijo como qualquer outro, nem me lembro mais, pronto, fui vestir a roupa, quando já estava pronta me deitei e adivinhem só, eu não conseguia parar de pensar na p***a do beijo, eu creio que deve ser aquele negócio de adolescente que nunca foi beijada na vida que quando beija passa dia sonhando com isso, mas logo deve passar. Me viro pro lado, me viro pro outro e nada de conseguir dormir pensando nesse maldito beijo.
- Pronto Mariana, só falta tu se apaixonar por conta de um beijo. _. Né possível uma coisa dessa, se eu soubesse que eu ia até perder noite de sono por conta de um beijo eu jamais teria permitido que ele rolasse, onde já se viu isso, a pessoa não conseguir dormir porque sua mente existe em pensar nesse beijo malditooooo, que ódio.