Pedindo ao chefe

2602 Words
Mariana Eu passei a noite toda aqui no hospital, a minha mãezinha não acordou por nada durante esse tempo, não vou mentir que estou ficando preocupada pois é a primeira vez que ela dormi assim tanto tempo após ser medicada. Eu estava dormindo toda desengonçada numa cadeira plástica que tinha ali, sabe quando você ta com muito sono mais mesmo assim sente o seu corpo todo dolorido por conta do jeito que você está dormindo? Então, é exatamente assim que eu estou, estou sentindo dor mais não quero perder o meu lindo soninho. Vi que o dia já tinha amanhecido, mas mesmo assim não me permitir abrir os olhos, passei a madrugada toda virando de um lado para o outro, horrível essa noite que passei, sei que mais uma vez não irei trabalhar pois tenho que ficar aqui com a mãezinha, do jeito que tá daqui a uns dias vou ser jogada pra fora de tanto atestado que eu levo, mas o que eu posso fazer? Não posso deixar a única pessoa que eu tenho e amo nessa vida sozinha, bom depois eu penso sobre trabalho, minha cabeça já está a ponto de explodir de tanto que eu penso como que vou pagar a cirurgia da minha mãe, quanto mais eu penso mais sem solução eu me vejo, como que eu vou arrumar esse tanto de dinheiro, saí dos meus pensamentos com a minha mãe tossindo, me levantei num pulo. - Mãezinha?_ Falo e vou até a mesma, quando chego lá só falto cair pra trás, meus olhos enchem de lágrimas na hora, minha mãe ta tossindo e tá saindo sangue pela sua boca. - Meu Deus, mão por favor não._ Saio dali correndo e vou para o lado de fora e começo a gritar. - Socorro, alguém me ajuda, minha mãe tá cuspindo sangue, me ajudem por favor._ Grito desesperada mas logo uma médica apareceu. - O que houve? - A minha mãe tá tossindo e cuspindo sangue. _ Seguro na mão dela e saio arrastando a mesma até onde a minha mãe tá. Ela rapidamente ver o que ela tem, saí pra fora e volta com uma enfermeira com uma medicação, logo a minha mãe para de torssir, elas limpa a boca dela, mas a camisa está toda manchada. - Então senhorita Mariana, isso é devido ao câncer que já está num estado bem avançado, a partir de hoje esses eventos irão ser mais frequentes, ela ter que ser operada o mais rápido possível pois uma hora pode ser tarde de mais._ As lágrimas começam a cair grossas pelo meu rosto. - É doutora, eu sei, mas infelizmente nois não temos condições._ Falo chorando - Sinto muito por isso, mas infelizmente aqui também não faz a cirurgia que ela precisa, mas enquanto ela tiver aqui vamos ajudar com o que for possível. - Tudo bem, obrigada. - Tem alguma peça de roupa dela ai, a roupa dela tá toda manchada. - Não tem nenhuma aqui, mas eu vou buscar, moramos aqui perto, e ela doutora não vai acordar por agora. - Provavelmente sim, a dose do remédio que ela tomou logo quando chegou aqui já deve está passando o efeito, creio que em pouco tempo ela acorde. - Então vou me adiantar para ela não acordar e não me encontrar aqui, obrigada mais uma vez._ Falo e saiu dali as pressas. Vou descendo o morro e as palavras da doutora não saia da minha cabeça, logo eu já estava chorando novamente me lembrando da minha mãezinha cuspindo sangue, choro sem me importar com as pessoas que estavam olhando. Escutei alguém me chamando. - Mariana? Ei, Mariana?_ Olho para trás e vejo a Gabriela vindo na minha direção. - Tá tudo bem? O que você tem? - A minha mãe Gabi, minha mãe está morrendo, eu não sei o que fazer para impedir isso. - Mas o que ela tem? - Ela está com câncer avançado e precisa fazer uma cirurgia urgente, mas eu não tenho nenhum um terço do valor que é a cirurgia. - E quanto que é essa cirurgia? - 60.000 mil._ Ela arregala os olhos. - p**a que pariu, infelizmente eu não tenho esse dinheiro, mas acho que o Alemão pode te ajudar, sei lá não custa nada tentar. - O Alemão que você fala é o dono do morro? - O próprio._ n**o com a cabeça. - Não tá louca, não de jeito nenhum, aquele homem não tem compaixão por ninguém, já ouvi muitas histórias de como ele é c***l, você acha mesmo que ele vai sentir pena de mim a ponto de me emprestar dinheiro. - Pena eu tenho certeza que ele não vai sentir, e se ele te emprestar vai ser com algum interesse, ele vai querer alguma coisa em troca. - O que ele vai querer? - Ai eu já não sei né Ana, você que sabe se vai pagar pra ver ou vai continuar tentando arrumar o dinheiro com outra pessoa. - Quer saber de uma, não custa nada tentar, faço tudo pela vida da minha mãe, até ir pedir dinheiro a o dono do morro, correndo o risco dele dá um tiro no meio da minha testa._ Falo e ela gargalha. -Não viaja, o máximo que ele pode dizer é, “ Vai se fuder filha da p**a, quer dinheiro? Vai traficar” . _ Ela fala e meu brilho saí na hora. - Eu tou brincando caralh0, vem vamos logo lá na boca, uma hora dessa ele já deve ter chegado._ Respiro fundo e vou seguindo a mesma, tomara que ele me empreste, e se não emprestar que não me mate. Chegamos em frente a boca, o local que eu sempre faço questão de passar longe, os vapores ficaram tudo me olhando, com aqueles olhos de como fosse pegar a sua presa, eu já estava tremendo só de ver os vapores imagine quando for ver o dono do morro, ai meu Deus o que é que eu estou tentando fazer da minha vida? - Para de tremer c*****o, ninguém aqui vai te fazer nada, vem vamos entrar logo antes que tu desmaie ai e não der tempo nem falar com o Alemão._ Só faço assentir com a cabeça e ela saí me arrastando. Chega em frente a uma sala ela bate na porta mas ninguém responde, acho que ele não chegou ainda, penso comigo mesma, ela bate novamente. - Entra caralh0, que inferno de manhã cedo já chega essas porras pra atribular minha mente. - Nada mais nada menos que o Alemão, fica de boa que ai não é nem metade do cavalo que ele é._ Falo como se aquilo fosse me reconfortar. Ela abre a porta e entra, eu não conseguir entrar, continuei no mesmo lugar que eu estava escutei eles conversando dentro da sala. - Qual foi Gabi uma hora dessa caralh0, quer o quê aqui? - Trouxe alguém que quer bater um papo contigo pow. - Ah é? E cadê a pessoa que eu só tou vendo tu? - Put@ que pariu, entra logo Mariana._ Ela fala e eu respiro fundo e entro. O local estava com um cheiro forte de maconha, com certeza deve ser o cigarro que o tal Alemão está na boca, o mesmo quando me ver me olha de cima pra baixo, de baixo pra cima e me encara, eu abaixo minha cabeça na hora, socorro o cara com uma cara de m*l, se eu já estava tremendo é ai que eu comecei a tremer mais. - Então mina fala o que tu quer?_ Ele fala com uma voz grossa, eu empaquei, não consegui dizer um A, o mesmo me olha com uma sobrancelha levantada. - Hi qual foi Gabi é serio uma p***a dessa, essa mina fala ou não caralh0? - Ela fala Alemão, ela só está nervosa, bora Mariana abre a boca logo filhona._ Não consegui falar nada, a verdade é que eu queria sair correndo dali mas nem as minhas pernas estavam obedecendo. Gabi revirou os olhos. - Bom, ela veio falar com você pois está precisando..._ Ela é interrompida pelo Alemão - Não quero que você fale, se ela sabe falar, teve coragem pra vim aqui então terá que ter coragem para falar, bora mina desembucha logo. - Pela minha mãezinha, isso pela sua mãe Mariana._ Penso comigo mesmo. - Então.. é.... a minha mãe está muito doente e está precisando fazer uma cirurgia que custa 60.000 mil...._ Sou interrompida por ele. - E o que eu tenho a ver com isso? _ Engulo seco. - Eu queria saber se você pode me emprestar esse dinheiro, eu p**o, juro que paga tudo, sei que pode demorar mas eu vou pagar._ Falo e ele gargalha me fazendo abaixar a cabeça pela humilhação. - Tá achando que sou casa de caridade é filha da p**a? - Alemão..._ A Gabi fala mas mais uma vez é interrompida por ele. - Não se mete caralh0, e tu olha pra mim porra._ Levanto as vistas na hora e olho para ele, o mesmo me dar uma olhada a qual eu não consegui identificar, ele passa a língua pelos lábios. - Suponha que eu te empreste a grana, como que tu vai me pagar pois dinheiro eu sei que tu não tem. - Eu faço qualquer coisa._ Falo desesperada. - Qualquer coisa é?_ Fala e lança um sorriso diabólico. - Sim faço qualquer coisa._ Ele me encara, me mede toda, fica alguns minutos assim, eu já estava envergonhada do jeito que ele estava me olhando. - Tu tem namorado? - Tem._ A Gabi fala e eu e o Alemão olhamos para ele, eu olhei sem entender, parece que é louca, que namorado é que eu tenho. - Eu não tenho namorado, nunca namorei na vida._ Falo e vejo a Gabi negar com a cabeça. - Tá ouvindo Gabi? Nunca namorou na vida, qual foi tu quer pra tu? Então fala logo que esse é o momento, depois vai ser tarde de mais. - Você mais do quê ninguém sabe muito bem do que eu gosto então para de onda._ Do que eles estão falando? - Então pronto, gostei da sua pessoa Mariana ne?_ Assinto com a cabeça. – Então Mariana, vou te ajudar, vou te emprestar o dinheiro._ Olho para ele sem acreditar. - Tá falando serio? - Claro pow, lá sou homem de tá de k.ô?! aguarda ai que vou mandar um menor e pegar essa grana pra tu pra tu já sair fortalecida._ Fala e levanta da cabeça, passa por mim, olha nos meus p****s e me olha com o maxilar travado, ele saí da sala deixando apenas eu e a Gabi no ambiente. - Você é retardada ou o quê? Pra que p***a você foi dizer que não tinha namorado e pior que nunca tinha namorado na vida? - Você que é louca por dizer que eu tenho namorado sendo que eu não tenho, quero que ele saiba que eu nunca namorei pra não querer nada comigo. - Sua burra do c*****o, acontece que você falando que nunca nem namorou na vida quer dizer que você despertou um demônio, e que tá sedento pra ver sangue se é que você me entendi. - Não entendi. - Eu quero dizer que se ele soubesse que você tinha namorado não ia despertar o interesse nele como ele ficar sabendo que você nunca teve um homem e que ele pode ser o primeiro, não digo mais, primeiro e último, ou você acha que quando ele abrir essa bucetinha ai ele vai dispensar? Tá muito enganada, ele vai querer exclusividade, e você tá mais fudida do que imagina._ Quando eu ia falar ele volta com uma bolsa na mão. - Aqui o dinheiro morena._ Fala me entregando a bolsa mas quando eu fui pegar a Gabi se mete e não deixa. - Ela pensou melhor e não vai querer mais o dinheiro._ Olho incrédula para ela. - É isso mermo morena? - Claro que não, não sei da onde que a Gabi tirou isso, é obvio que eu quero o dinheiro. - Então toma aqui, já ia ficar puto achando que tu veio pra cá me fazer de o****o. - Jamais faria isso._ Falo pegando a bolsa que estava pesada. - Acho bom mermo. - E como que vai funcionar o p*******o dessa divida?_ Pergunto curiosa - Fica em paz morena, na hora certa tu vai saber, agora vai lá resolver o bagulho da tua coroa, vou mandar um menor te levar de carro lá no posto, tua mãe ta lá ne? Então, ele vai ficar a tua disposição pra ajudar ai com o bagulho da tua mãe. - Nossa obrigado mesmo, nem sei como agradecer. - No momento certo tu vai saber como me agradecer, agora vai lá resolver teus rolos que eu vou me ocupar aqui._ Assinto e saio de lá acompanhada da Gabi, assim que saímos da sala eu abracei ela agradecida. - Obrigada mesmo, se não fosse por tu eu nem sei o que ia fazer. - De nada, a verdade é que eu já estou arrependida e culpada por te trazer aqui só de imaginar o que vem pela frente. - Não se preocupa com isso, se ele quiser que eu trabalhe duro eu trabalho sem problema nenhum. - Se fosse trabalho esmo tava de boa, mas eu duvido que seja isso. - E o que você acha que é? - Acho que ele vai querer como p*******o você. - Eu como assim? - Vai querer que você seja dele, e quando falo ser dele é em todos aspectos. - Não é o que eu estou pensando é? - É, pode ter certeza que é, o Alemão vai querer teu corpo como p*******o, só você não percebeu o jeito que ele ficou doido te olhando, tava te comendo com os olhos, ai tu foi abrir a boca pra falar que nunca namorou na vida ai fudeu, falar logo pra esses caras envolvido que é virgem é assinar sentença com ele pro resto da vida. - Não, eu não vou surtar, você deve tá achando que é uma coisa mais pode ser outra totalmente diferente. - Confia. Bom mas vai lá resolver o bagulho da tua mãe que eu preciso trabalhar. - Tá bom e obrigada mais uma vez. - Precisa agradecer não, se cuida e boa sorte._ Fala e dar as costas saindo dali. Eu já estava saindo dali da boca quando o rapaz que me ajudou com a minha mãe se aproximou. - É tu que é Mariana? - Eu mesma. - Então, o Alemão mandou te levar lá no posto e te ajudar com as paradas da tua mão, falando nisso com ela tá? - Cada vez pior, mas graças a Deus tudo agora vai se encaixar. - Pode crê, vamos então? - Vamos sim._ Vou e sigo com ele até o carro, um monte de vapores ficaram me olhando, eu fiquei morta de vergonha e entrei no carro as pressa, o rapaz o qual ainda não sei o nome entrou logo em seguida. - Liga não que os caras são assim mermo, mão aguentam ver carne nova que querem chegar. - Ah entendi. Ele não disse mais nada e ligou o carro saindo dali logo em seguida. Em poucos minutos nós já estavamos em frente ao posto. - Eu vou lá dentro falar com o médico e ver se ela já pode sair daqui hoje, caso eles digam que não eu venho te avisar pra você não ficar aqui esperando. - Pode crê então._ Desço e entro no posto.
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