Padre Vergas Eu me aproximei dela, talvez mais do que deveria, mas havia algo em Samantha que me desarmava por completo. Quando ela pegou aquela estatueta, quase como se soubesse que isso poderia me acalmar, me senti vulnerável. Havia algo de reconfortante em falar sobre a história, sobre o que eu conhecia e compreendia, como se, por um breve momento, pudesse fugir do caos dentro de mim. — Sim — repeti, sentindo o peso das minhas próprias palavras. — A história... ela faz o mundo parecer menos caótico, dá uma ordem, uma razão para as coisas. Dá sentido ao presente, sabe? Ela virou a estatueta entre os dedos, seus olhos azuis fixos nela, mas sabia que sua verdadeira atenção estava na minha pessoa. Algo naquela postura dela, casual e ao mesmo tempo intensa, me mantinha preso. O cheiro sua