Padre Vergas A manhã na paroquia começou com o som familiar dos sinos e o aroma suave de incenso que enchia o ar. Mas, para mim, o ritual diário tinha um gosto amargo. As chicotadas da noite anterior ainda ardiam na minha pele, e o tecido da batina parecia abrasivo contra as marcas vermelhas e sensíveis. Cada movimento era um lembrete da batalha interna que havia enfrentado, e o desconforto se tornava uma presença constante. Durante a missa, me esforçava para manter a compostura. A congregação estava calma, e o jovem ajudante Oziel estava lá, observando com atenção. Havia algo em seu olhar que indicava que ele percebia que eu não estava completamente presente, mas assegurei a ele, com um sorriso que não conseguiu disfarçar a inquietação, que estava tudo bem. As palavras proferidas parec