CAPÍTULO 10 | LUCAS (+18)
Eu saí de casa com a cabeça a mil, ainda sentindo o gosto amargo das palavras que a Mirella jogou na minha cara. "Vai f***r, Lucas!" — essas palavras não saíam da minha mente, ecoando como se tivessem sido esculpidas no meu cérebro. Ela me conhecia bem demais, sabia como cutucar onde doía. No fundo, ela tava certa. Eu precisava sair, esfriar a cabeça, parar de remoer tanta merda.
Ficar em casa, afundado naquele silêncio pesado, sem fazer nada, só ia me deixar mais louco. Tomei a decisão mais óbvia e peguei o rumo que já conhecia: o bar da favela. Ali, as coisas sempre tinham um jeito de desandar pra algum lado, e se eu tivesse sorte, a noite acabaria de um jeito menos miserável.
A favela fervia como sempre numa sexta à noite. O som alto de funk misturado com as conversas jogadas ao vento, o cheiro de cigarro e cerveja barata invadindo minhas narinas. Era uma bagunça organizada, todo mundo sabia seu lugar ali. Passei os olhos pelo bar lotado, as luzes fracas e piscantes criando um cenário quase surreal, um contraste entre a diversão e a tensão que só a favela consegue oferecer. O copo de cerveja na mão de cada um parecia mais um acessório obrigatório.
Foi quando meus olhos bateram nela, Patrícia. p**a merda, como o tempo foi bom com ela. A última vez que a vi, ainda era uma garota meio desajeitada na escola, mas agora... Agora ela estava longe de ser aquela menina. Patrícia tinha se transformado. O shortinho apertado moldava suas coxas grossas, cada movimento que ela fazia parecia chamar atenção pra elas, e o decote... Bom, o decote gritava por atenção. Os p****s quase saltando pra fora da blusa curta, com o tecido fino desenhando cada curva. O batom vermelho brilhava sob a luz fraca, e o sorriso dela era uma mistura de provocação e certeza.
Ela me viu antes de eu poder reagir, e aquele sorriso malandro apareceu nos lábios dela. Não era o sorriso de quem só te cumprimenta depois de muito tempo. Era o sorriso de quem já sabia o que queria daquela noite. E eu? Bom, não estava em posição de dizer não.
— Lucas? — A voz dela veio melosa, cheia de malícia. Ela se aproximou, jogando o cabelo pra trás como quem quer ser vista. — Quanto tempo, hein? Continua o mesmo safado?
— Ah, é? — soltei com um sorriso de canto. — Acha que eu mudei?
Ela riu, aproximando ainda mais o corpo do meu. O perfume dela era uma mistura de doçura e álcool. Patrícia sempre soube o que fazer pra chamar atenção, mas agora, parecia dominar essa arte. Ela olhou nos meus olhos de um jeito que deixava claro o que vinha depois.
— Se ainda for o mesmo, tá perdendo tempo aqui — ela murmurou, a mão subindo discretamente até meu peito, os dedos deslizando de leve, como uma provocação.
Eu segurei a mão dela, apertando um pouco mais forte do que o necessário, e olhei ao redor. O bar tava cheio, mas as intenções eram óbvias. Aquele tipo de provocação não ia acabar ali. O beco ao lado era o lugar ideal pra terminar o que já tinha começado.
— Vamos ver se ainda lembro como era... — soltei, a voz mais grave do que o normal, enquanto guiava Patrícia pela lateral do bar.
— Lucas? — Ela se aproximou com aquele sorriso fácil, um brilho malicioso nos olhos. — Cê não muda, hein? Sempre com essa cara de quem manda em tudo.
— E não é? — soltei, provocando, enquanto abria um sorriso de canto.
Ela sabia quem eu era. Filho do dono do morro. Isso sempre mexia com a cabeça delas.
— Ah, é? Quero ver se manda mesmo — Ela se inclinou pra perto, o cheiro doce de perfume barato misturado com suor me atingiu, e a mão dela roçou meu peito.
A resposta já tava clara antes mesmo de eu abrir a boca. Peguei no braço dela com firmeza, os dedos apertando sua pele. Ela sorriu, aquele sorriso de quem já sabia onde tudo ia acabar. Fomos saindo pela lateral do bar, os olhares de quem sabia quem eu era seguiriam, mas eu tava cagando. No beco estreito, as paredes de concreto velho davam uma sensação de sufoco. Era o cenário perfeito pra fazer o que eu queria.
— Vai, encosta aí — ordenei, com a voz baixa e rouca, o desejo correndo como um choque pelo corpo.
Ela virou rápido, como se já esperasse isso a noite toda. As mãos dela encostaram no concreto áspero, e o shortinho m*l cobria o essencial. A b***a empinada, redonda, parecia pedir pra ser marcada, e eu não perdi tempo. Agarrei o tecido, puxei com força, sentindo a resistência mínima do jeans raspar pela pele dela até ficar todo amontoado nos tornozelos. A calcinha, encharcada e fina, m*l disfarçava o que queria.
— Tu é f**a, Lucas... — ela murmurou, o som arrastado, quase um gemido.
Eu soltei o cinto com uma mão, a outra ainda segurava firme na cintura dela, sentindo os ossos sob a pele quente e macia. A tensão no ar era palpável, misturada com o cheiro de cerveja, cigarro e excitação. O som do bar ao longe parecia distante, como se o mundo ao redor tivesse sumido e fosse só nós dois naquele beco apertado, entre paredes sujas e o concreto gelado sob as mãos dela.
Minha calça desceu rápido, e, sem hesitar, me enfiei nela de uma vez, sentindo o calor úmido e apertado me envolver. Soltei um gemido rouco, pressionando a testa contra as costas dela por um segundo, absorvendo a sensação de posse. Ela arfou, os gemidos escapando como se fossem arrancados à força.
— c*****o, Lucas, assim eu não aguento, porra... — a voz dela veio trêmula, misturada com os primeiros sons do nosso corpo batendo.
Cada estocada era um som úmido que ecoava, os gemidos dela aumentavam, abafados pelos dentes mordendo o lábio.
Minhas mãos apertavam com força a cintura dela, os dedos afundando na carne enquanto eu puxava, entrando cada vez mais fundo, cada vez mais forte. O choque do meu quadril contra a b***a dela ecoava pelo beco, sem pausa, sem dó.
— Geme pra mim, Patrícia... — rosnei entre os dentes, minhas palavras saíam entrecortadas pela respiração pesada, o ritmo aumentando.
O corpo dela balançava com a força das estocadas, e ela tentava se segurar na parede, os dedos arranhando o concreto.
Ela gemia alto agora, sem se importar se alguém ia ouvir. Eu puxei o cabelo dela de repente, enrolando as mechas nos dedos e forçando a cabeça pra trás. Ela soltou um grito, o pescoço exposto, a boca entreaberta de t***o.
— Tá gostando, né, vagabunda? — Minha voz saiu rouca, entre a raiva e o prazer de saber que eu dominava tudo ali, cada pedaço do corpo dela, cada gemido arrancado.
— Sim, c*****o! Mete mais forte! — ela gritou, os sons saindo altos, desesperados.
Eu obedeci, as mãos segurando firme, e o som dos corpos chocando era cada vez mais rápido, os gemidos dela se misturando com o meu próprio prazer.
A pressão subia dentro de mim, o suor escorria pelo meu rosto, pingando no pescoço dela. Eu sentia cada centímetro apertado ao meu redor, e o corpo dela começou a tremer, os músculos contraindo, me apertando ainda mais.
— Vai, p***a, tá quase... — Ela gritou, e isso foi o suficiente.
Soltei um gemido grave, quase um rosnado, e meti mais umas vezes, forte, profundo, até o prazer explodir dentro dela.
Fiquei parado por um segundo, ainda dentro dela, sentindo o corpo quente dela tremer sob o meu toque, o coração disparado no peito. Minha respiração estava pesada, o som alto no silêncio do beco. Quando finalmente saí, ela se endireitou devagar, ajeitando o short com as mãos trêmulas.
Ela se virou pra mim, ainda ofegante, com um sorriso satisfeito nos lábios.
— Nada m*l, hein? Quem sabe a gente repete outro dia. — Ela piscou pra mim, ajeitando o cabelo desgrenhado.
Soltei uma risada curta, passando a mão no cabelo e acenando de leve, subi a minha calça e me ajeitei.
Ela desapareceu na multidão, e eu voltei pro bar, sentindo o corpo relaxado, satisfeito. No fundo, sabia que a noite ainda podia trazer mais.