Capítulo 15

1070 Words
VANESSA FERRER — AAAAAAAAAAAAAAAH! MAS QUE m***a! QUAL É O PROBLEMA DELE?! — Joguei aquele colar de safiras no chão por conta da raiva, junto daqueles brincos e todo o resto. — O QUE GEORGE ACHA QUE É? A p**a DE OURO? — Gritei enquanto tentava arrancar aquele maldito vestido do meu corpo, sentindo tanto a minha garganta como o meu pescoço queimarem pelo ódio que ficava ainda mais crescente em meu ser. Por que ele ainda tinha que correr atrás da Claire? Ele veio pra mim choramingando que não tinha tempo com ela, que queria f***r com ela mais vezes, pra depois? Ficar correndo atrás de uma b****a que ele não comia a meses! Que ele quer de volta por conta de “amor”???? Amor é o c*****o! — Isso só pode ser piada! Ele quer mesmo me dizer que ama ela? — Finalmente consegui jogar aquele vestido com tudo no chão, enquanto sentia as lágrimas quentes rolarem pelo meu rosto, lágrimas essas que estavam negras e cheias de brilho por conta da p***a da minha maquiagem. — “Você não entende, Vanessa! Isso porque você nunca amou, e nunca vai amar ninguém” — comecei a resmungar no mesmo tom que aquele desgraçado falou para mim, como se fosse o homem mais injustiçado na p***a da face da terra! Eu fui a pessoa injustiçada em toda essa m***a! Eu fui a única que acreditou naquelas palavras doces, naqueles momentos em que eu achei que nós dois tínhamos alguma coisa em comum! Afinal, por mais que Claire ficasse me chamando de amiga o tempo inteiro, todas as vezes que eu a chamei para fazer algo… eu nunca era algo importante o suficiente para ela sair da sua “agenda lotada”. Ela sempre tinha os bailes, sempre tinha os compromissos sociais e as coletivas de imprensa com aquela família perfeita dela, sempre tinha os próprios projetos. O que fazia tanto eu quanto George, nunca sermos algo importante o suficiente para ela tirar algum tempo. Foi errado eu achar que talvez… podiamos ser a parte que ajudava um ao outro? Ao invés da realidade de m***a, que era ele me tratando como a m***a de um t**a buraco? — Eu realmente sou trouxa! UMA PALHAÇA! — Falei rindo enquanto olhava para o meu espelho, vendo uma versão tão patética de mim mesma, que eu m*l podia acreditar, — como eu consegui acreditar que ele iria ficar comigo? Sério! Isso é… Vi uma mensagem chegar no meu celular, uma que era de George. O que ele queria agora? [George [George Soltei um riso bufado ao ler aquelas mensagens, e quando eu pensei em não responder as mensagens, ele me mandou outra. [George [George Respirei fundo. Joguei o celular para o canto, me perguntando o porquê dele ainda me querer por perto, do porquê ele ainda querer manter toda aquela fachada de bom moço para mim – sendo que desde o começo, eu já sabia que não era o caso. Me joguei na cama já cansada de tudo aquilo, tentando tomar coragem para me levantar, tomar um banho para colocar um pijama, e quem sabe, ganhar um pouco mais de dignidade – mas para ser bem honesta, sabia que isso era uma missão quase impossível. Fiquei olhando para o nada por um tempo, enquanto eu pensava como eu fui me enfiar dentro de toda aquela m***a, enquanto… eu me perguntava porque aquilo tinha que ser justamente comigo. Eu só queria alguém que me entendesse, uma f**a boa e um rostinho bonito pra chamar de meu… isso era pedir muito? — Levanta, Vanessa… ao menos bonita você tem que se sentir. — Falei para mim mesma ao jogar os meus fios para trás e me levantar, o meu corpo se jogando embaixo daquela água quente que parecia tirar aos poucos a tensão do meu corpo, — era disso que eu precisava… Vi algumas gotas pretas caírem no chão – provavelmente por conta da maquiagem – mas eu até achei aquilo engraçado em dado momento, era como se aquilo fosse tudo o que eu sentia, indo pelo ralo. Céus, eu tinha que parar de ser tão i****a. Aproveitei para hidratar o meu cabelo, esfoliar o meu corpo e tudo o que eu tinha direito depois daquela noite de m***a, porque honestamente? Eu acreditava que eu merecia pelo menos me cuidar, afinal, ninguém faria aquilo por mim. Isso encheu o meu quarto com cheiro um cheiro floral, e eu tinha que admitir, eu me senti um pouco mais viva, e até mesmo, pensei que nada mais importava. George podia ir se fuder, Claire podia ir fuder com aquele loiro bonitinho que salvou ela, todo mundo podia ir a m***a! Eu não ligava mais! Eu podia muito bem me virar sozinha, podia muito bem ser sozinha, começar as coisas que eu queria fazer, ou sei lá. Eu não precisava de toda essa bagunça na minha vida, certo? Certo, eu não precisava. Pelo menos, foi o que eu pensei até escutar o meu interfone tocar. — Olá, boa noite! É a senhorita Vanessa Ferrer? — o porteiro me perguntou, com aquele tom bem-humorado que eu nunca entendia como ele ainda conseguia ter. — Boa noite. Sim, é ela. — Falei junto de uma das minhas sobrancelhas arqueadas, por não estar entendo nada, — aconteceu alguma coisa? — Ah, sim! Um entregador veio aqui te entregar comida chinesa. A senhora vem buscar? Filho da p**a. Desgraçado. Desalmado. Idiota. Imbecil. — Sim, eu vou agora mesmo. — Desliguei o interfone e fui junto de passos fundo para baixo, apenas para aquele senhorzinho irritantemente sorridente me entregar a sacola junto de uma rosa solitária, — o que é isso? Por que está me entregando uma rosa também? — Ela veio junto da comida. — Ele deu de ombros, voltando para a sua posição de sempre, — tenha uma boa refeição, senhorita. — Obrigada… — Falei com certa estranheza, ainda encarando aquela m***a de flor que estava em minhas mãos, e que por mais que eu odiasse admitir… estava fazendo o meu coração amolecer. George Collins… realmente jogava baixo para um santo c*****o.
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