A Herdeiro & O CEO

Capítulo 32

GEORGE COLLINS

Quando aquela ligação desgraçada com Alexis terminou, eu me amaldiçoei de todas as formas, porque eu deveria ter deixado menos óbvio o que eu queria daquele desgraçado de m***a.

— Eu devia ter sido menos direto com aquilo, mas ele ia desligar… que p***a! — Xinguei, batendo a minha mão com tudo na mesa que estava à minha frente, com tanta força que chegou a deixar a minha pele dormente, ardendo, — aquele filho da p**a! Por que tinha que ser um geniozinho? Argh!

Me joguei na cadeira em que eu estava sentado com tudo, enquanto me questionava como eu poderia conseguir a declaração que eu queria daquele mimadinho do c*****o, porém, nada vinha em minha mente, até porque… não tinha uma pessoa sequer que eu conhecia, que me ajudaria a fuder Alexis Gallagher — fosse por medo, ou fosse por lealdade.

Por que ele nunca podia facilitar a p***a da minha vida?

— De quebra, eu ainda preciso de um jeito para conseguir reconquistar a Claire, mas… — fiquei olhando o teto pensativo, apenas para suspirar, — ela nem sequer quer me ver, tudo por conta desse i*****l!

Fiquei dedilhando o dedo na minha mesa depois de ajeitar a minha postura, os meus olhos agora encarando as duas telas do meu computador, enquanto ficava tentando montar um jeito para Claire me encontrar.

— Eu preciso de um jeito, eu preciso… — meus dedos foram até os meus fios, se entrelaçando aos mesmos, — se não for Alexis, se não fosse…

Uma lâmpada pareceu brotar em cima da minha cabeça, um sorriso largo brotando em meus lábios conforme eu começava a digitar.

Se tudo o que me atrapalhava era Alexis, eu poderia muito bem usar o que eu tinha da voz dele, para fazer uma ligação para Claire, e a chamar para um encontro, certo?

Óbvio, eu logo notei que os cortes que eu tinha não eram o suficiente, mas eu logo lembrei que no t****k, as pessoas viviam usando a inteligência artificial reproduzir a voz de alguns famosos, e como eu tinha um exemplar da voz de Alexis, não seria difícil para um robozinho a reproduzir, certo?

Pensando nisso, coloquei a voz dele como exemplo para a inteligência artificial copiar, e comecei a colocar algumas respostas que eu achava que precisava, junto de algumas coisas que eu achava que Alexis provavelmente diria para Claire. Depois um toque aqui e ali, e pronto… tudo estava mais do que pronto para eu conseguir puxar a isca para a minha querida amada vir até o meu encontro.

CLAIRE LEBLANC

Acabei escolhendo me ocupar com algumas coisas, o que nesse caso, queria dizer trabalho e mais trabalho.

Não era como se eu não quisesse pensar sobre o que eu sentia por Alexi para ser bem honesta, mas toda vez que eu pensava sobre isso, sobre como ele me trata e me olha… mais eu vejo como eu era uma completa i****a por não ter notado nenhuma red flag com George.

Bufei.

— Foco, Claire… foco! — Voltei a minha atenção para o meu notebook, ajeitando os meus óculos no processo, — não é hora de pensar sobre isso, guarde para falar mais sobre isso na terapia.

Revirei os olhos ao lembrar daquilo, porque eu tinha parado a minha terapia por um tempo (já que a minha terapeuta vivia falando que o meu relacionamento com George não era um dos melhores), e como ela sempre me fazia pensar demais e me fazia sentir culpada por isso… eu apenas suspendi as minhas sessões com ela.

“Céus… eu já consigo ouvir o “eu te avisei” dela…” a minha mão foi até o meu rosto depois disso, porque só de pensar sobre, era cansativo. Até porque, aquela v*******a me conhecia desde a adolescência, então… ela quase não tinha mais muito filtro.

— Uma ligação? — Vi o meu celular vibrar, na minha mesa, porém assim que eu virei para ver quem era, o número era desconhecido, — Alô? — Atendi, mesmo com certo receio, porque no melhor dos casos, podia ser uma boa proposta, e na pior, podia ser um golpe me pedindo dinheiro por conta de um filho que eu nem tinha, ou George.

— Olá, Claire. — Ouvi a voz de Alexis naquele momento, o que fez mesmo que instintivamente, um sorriso brotar em meu rosto, — está livre hoje?

— Que pedido repentino. — Acabei dizendo mesmo gostando da ideia dele me chamar para sair, — mas primeiro, por que está com um número estranho?

— Estou na rua e esqueci o meu celular. — Ele respondeu.

— Esqueceu o celular? Como assim? — Eu ri, porque eu nunca imaginaria que logo o grande Alexis Gallagher (pelo o que a minha mãe tanto falava dele), esqueceria o celular um dia, — mas enfim, eu estava trabalhando mas… posso abrir um lugar na minha agenda para você.

— Perfeito! — Ele soltou simplesmente, parecendo animado, — então, me encontra no sea shell?

— Claro. — Respondi enquanto sentia o meu coração disparar dentro do meu peito, — que horas?

— Às 20h de hoje, que tal? Para comemorar a nossa vitória.

Senti as minhas bochechas esquentarem com aquilo, porque só de imagianar como tudo poderia ser, eu me sentia i****a.

— Combinado. — O meu corpo se afundou na cadeira ao dizer aquilo, a minha mão cobrindo o meu rosto, — até mais tarde.

— Até. — Ele falou, a ligação com isso, se encerrando.

Eu m*l consegui me concentrar no meu trabalho depois daquilo direito, porque quando a minha atenção me traia nem que fosse um pouco, eu começava a escrever coisas sem sentido no notebook, e todas as coisas que eu escolhia, não faziam sentido quando eu retomava o meu juízo.

“Eu não ficava assim desde a queda que eu tive em um garoto do meu ensino médio…” acabei pensando, o que me fazia sentir ainda mais i*****l, como uma garotinha de 13 anos tendo o seu primeiro crush.

— Bom, se eu não consigo focar, eu pelo menos… posso tentar me acalmar escolhendo a minha roupa… — Eu me levantei ao dizer, abrindo o meu guarda-roupa.

Contudo, por algum motivo… todas aquelas roupas que eu amava tanto, agora não pareciam ser boas o suficiente.

O sea shell era um restaurante de frutos do mar que era até que bem requisitado, mas ao mesmo tempo, não chegava a ser tão chique, ao ponto de eu ter que usar uma roupa de gala. Mas mesmo assim… nada do que eu parecia colocar em frente ao meu corpo, parecia bom.

Foi frustrante sentir algo assim, eu tinha que admitir, porém… eu tinha que escolher alguma coisa, então… eu acabei indo na opção mais óbvia, também, mais segura.

Um vestido preto, junto de um louboutin vermelho.

Quando me dei conta, eu tinha ficado um certo tempo apenas escolhendo a minha roupa, o que me fez praticamente ter que correr com todo o meu banho, maquiagem, e cabelo.

Eu tinha que estar perfeita, ou melhor… eu queria estar perfeita.