Capítulo 24

1201 Words
Capítulo 24 CLAIRE LEBLANC Depois de todo aquele dia estressante, eu me vi apenas enfiando o meu rosto no travesseiro, e eu notei que o meu cansaço estava realmente em um estado crítico, quando nem me levantar para comer eu quis – o que me fez apenas dormir, até o dia seguinte chegar. Claro, o meu cansaço não foi embora apenas por conta de uma noite longa de sono, porque eu tinha coisas demais na minha cabeça naquele momento. Como por exemplo, a coletiva de imprensa que eu precisaria ir com Alexis, e segundo… o próprio Alexis. Eu me sentia uma adolescente i****a por não conseguir tirar ele da cabeça depois daquele dialogo que eu tive com a minha mãe, porém… o que poderia fazer? Quando nem a minha casa, era um lugar que ele não estava? E tudo apenas piorava, porque eu sabia que assim que eu descesse aquelas escadas, e entrasse na cozinha para tomar o café da manhã, ele estaria lá, com aquele sorriso brilhante, acompanhado pelos seus dourados. “Pare com isso, Claire! Você não tem mais quinze anos! Não pode ficar fugindo dele, muito menos, depois da coletiva de imprensa!” Pensei, até porque… Ethan já tinha conseguido marcar a mesma, para daqui a dois dias. Porém, isso era algo mais fácil de falar do que fazer, porque assim que eu fui ter a minha primeira refeição do dia, eu fiquei estática ao vê-lo sentado ao lado da minha mãe, que estava conversando com ele, como se Alexis fosse o seu verdadeiro genro. “Claro que ela está fazendo isso…” falei para mim mesma, porque a minha mãe antes de mais nada, gostava de ter o seu próprio julgamento, e bom… ela claramente já o tinha formado apenas com algumas palavras trocadas com Alexis. Ela obviamente tinha amado ele, e isso queria dizer que a minha vida ficaria um pouco mais perigosa, porque convenhamos… se ela queria algo, ela teria, e aparentemente ela agora estava tentada a ter ele como genro. Então imagine, eu Claire LeBlanc com a minha mãe tentando me empurrar para Alexis Gallagher, enquanto ele literalmente iria jogar seus encantos em mim, para um suposto fingimento de namoro. Eu estava fudida. — Bom dia. — Eu finalmente consegui dizer alguma coisa ao me sentar na mesa. — Bom dia, querida! — A minha mãe disse com um ânimo tão contagiante, que me fez questionar se ela era realmente a minha mãe. Minha espinha gelou. — Dormiu bem, meu amor? — Meu pai foi o próximo a me questionar, junto de uma expressão preocupada em seu semblante, — você não veio jantar ontem, fiquei me perguntando se estava bem… — Eu dormi bem sim, — respondi com um sorriso leve em meus lábios, até porque, eu apenas apaguei na noite passada, — e eu só estava muito cansada, eu estou bem agora… — tentei o confortar, apenas para a minha mãe, me olhar com aqueles olhos prateados, que se assemelhavam a lâminas recém afiadas. — Claro que ela está bem, querido, eu te disse. — Ela simplesmente soltou, um arquear largo em seus lábios, — afinal, porque ela não estaria? Ainda mais com Alexis ao seu lado? Eu quase engasguei com o suco que eu tinha acabado de levar para minha boca. A minha mãe queria me m***r? — Meu amor, vocês está bem? — Meu pai me deu algumas batidinhas nas costas, — tome cuidado, beba mais devagar. — Eu estou bem… — Falei enquanto fuzilava a minha mãe, que tinha um sorriso sádico em seu rosto. — Ora querido, você não pode ficar se preocupando com cada suspiro que a nossa filha dá, — Ela sibilou como uma serpente, — afinal, ela logo terá que mostrar a mídia como ela e Alexis são um casal apaixonado, e você não irá poder ficar roubando o lugar dele, não concorda? Alexis – que até agora estava em silêncio – apenas riu de nervoso. — Senhora LeBlanc, creio que não precisamos exagerar. — Ele disse junto de um tom doce, como se estivesse tentando apaziguar a situação, — afinal, isso acima de tudo, ainda é uma fachada. — Ainda, meu caro, ainda. — Aquela senhora que eu chamava de minha mãe, teve a ousadia de falar aquelas palavras, como se elas não fossem nada demais, — romances antigamente, eram cultivados pela convivência, pelo fato de você estar ao lado de alguém todos os dias, — Ela não contente, continuou o absurdo do qual ela estava falando, — sendo assim, o que impede vocês de em dado momento se entregarem ao amor? “O fato de não ter amor, talvez?” Surgiu em minha cabeça, contudo, eu não podia dizer aquilo para a poderosa Ivy LeBlanc, pelo simples fato de que… ela não ligava. Porque se ela achava que eu e Alexis iríamos – por algum motivo – nos apaixonar perdidamente, então seria isso que aconteceria ao menos em sua cabeça, até que se provasse o contrário – ou nem isso. — Mãe, não acha que está apressando as coisas? — Respirei fundo antes de dizer, porque para ser bem sincera, uma resposta educada, era a última coisa que eu queria dar para aquela senhora, — eu e Alexis acabamos de nos conhecer, não sabemos ainda se somos compatíveis, ou se até mesmo, se iríamos sobreviver em um relacionamento um com o outro. — Ora, mas isso é fácil de se resolver, querida. — Novamente, a cara de p*u da minha mãe se mostrou, — afinal, vocês terão todo esse “fingimento” para se conhecerem melhor, e verem como cada um se comporta dentro de um relacionamento. Mordi o meu lábio inferior para segurar a vontade que eu estava de chamar ela de doida. Isso acabou me fazendo apenas comer o meu café da manhã para sair logo dali, porque eu precisava me poupar dos absurdos que saiam da boca da minha mãe, que por algum motivo, decidiu não ir trabalhar justamente hoje. Que conveniente… Eu subi para me trocar depois disso, indo me enfiar no meu carro e tirar algumas fotos para o meu i********:, porque o coitado já estava largado às traças por conta de toda essa bagunça que virou a minha vida. — Eu deveria ir às compras ou para um spa? O dia já começou tão cansativo… — Coloquei nos meus stories, porque no fim, independentemente do que escolhessem, eu ia fazer os dois, e a única diferença seria qual deles eu iria postar. Afinal, era nisso que consistia você ter redes sociais, certo? Dar a falsa ilusão de que alguns estranhos controlavam a sua vida. Eu me surpreendi até, porque depois de poucos minutos a votação estava praticamente encerrada, e as compras haviam ganhado, ou seja… eu gravei um mini clipe do meu caminho até o shopping, para depois me divertir, e jogar o meu estresse nos valores que eu gastaria. Mas imagine a minha surpresa quando no meio das minhas belas e merecidas compras… ver George me esperando do lado de fora da minha loja favorita. O universo só podia estar querendo me m***r de estresse, porque tudo no dia de hoje, parecia estar conspirando ao favor disso.
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