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1113 Words
Depois que eu cheguei na boca, não tinha pra ninguém. Foquei no meu trabalho, separei as drogas e imprimi uma imagem com o valor porque aqui nós também somos da área do marketing, e de madrugada, encostei na minha cadeira e cochilei até a Priscila entrar com os caralhos me fazendo pular. - Imperatriz, c*****o. - Ela me olhava apavorada, sua expressão me preocupou. - Desembucha, p***a! - Falo alto. - O doidinho estuprou uma criança lá perto de casa, tá todo mundo cercando a casa dela. Levanto na mesma hora pegando minha glock e abrindo as notificações do celular vendo muitas ligações, meu rádio tinha quebrado e eu precisava comprar outro de transmissão, estava quase incomunicável. - O Patrick tá lá segurando o cara, pediu pra eu vir te chamar porque não consegue falar contigo. Desço a favela na canela, quase correndo, p**a, transformada, esse desgraçado ia pagar por essa p***a e seria em praça pública! Pego a primeira barra de ferro que encontro na esquina da birosca do sei muito Zé e quando chego no local, vejo quase a favela toda abrindo espaço pra mim. A cena que eu vejo era sem palavras, ele estava pelado e o seu p*u coberto por sangue, estava no chão e o Patrick com o pé no gogó dele, nem dei espaço pra falarem um “a”, a barra de ferro cantou nas pernas, na costela, no abdômen, na coxa. - Que fiquem de aviso nessa p***a! - Falo e a cada frase proferida era uma porrada diferente que eu dava no desgraçado. Eu não faço a mínima ideia do que, de fato, meu pai faria, mas comigo, estuprador não tem vez! - Vira ele PT, vamos enviar essa barra de ferro no cu dele pra ver se ele gosta de sentir sua i********e sendo invadida da forma mais devastadora possível. - Grito. Patrick o puxou pelo cabelo enquanto ele se debatia, chorando, pedindo desculpas e jurando de pé junto que não faria novamente. - f**a-se! - Grito. Ele foi jogado de peito no chão, dois aviõezinhos seguravam em cada um dos braços e PT junto com a mãe da menina seguravam nas pernas, fazendo questão de abrir. A mãe da criança chorava desolada, gritava mandando ele ir ao inferno e ele foi, assim que a barra de ferro entrou no ânus dele, a dor era tanta que ele gritou e logo depois desmaiou. - Aqui no Vidigal, meu pai nunca tolerou estupro ou qualquer tipo de violência contra mulher ou criança, e essa regra sempre se estenderá até eu continuar viva! Algumas pessoas aplaudem, outras olham assustadas e algumas felizes pelo desfecho, eu me sentia horrível quando isso acontecia, uma sensação de impotência, de tristeza. Pedi ao Patrick que desse um fim nele e jogasse ele em qualquer matagal, porque é assim que abusadores merecem morrer, apodrecendo em qualquer lugar. Chamei a mãe da criança, dei uma quantia grande em dinheiro para levar a menina ao hospital e também, caso fosse de sua preferência, encontrar outro local pra morar, pra que as lembranças desse dia tenebroso nunca em hipótese nenhuma fosse estendida na cabeça dessa criança. Já eram quase 3 horas da manhã, Juninho, Pepê e n**o Tchan foram pra Boca e eu decidi ir pra casa depois de me despedir da Priscila e ouvir um 500 “você é f**a amiga, seu pai estaria orgulhoso”. Andando pra casa, chorei. Sou líder desse lugar, tento manter sempre da melhor forma para as crianças, tento organizar projetos sociais pra que ninguém fique parado, escolinha de futebol, creche escola com um bom ensino, e mesmo assim me sinto impotente por não conseguir salvá-las do mundo. Eu sou apaixonada por criança, desde pequena eu sempre arrumava uma outra criança pra beijar, pegar no colo, mimar, sempre. Se eu não fosse dona do morro, certeza que seria educadora, e esse tipo de situação acaba comigo porque eu simplesmente não pude fazer nada pra impedir. Entro em casa, tomo um banho e deito pelada mesmo, rolando pra lá e pra cá, sem conseguir achar uma posição boa pra dormir e lá se vão meus pensamentos… em quem eu menos queria. Diego. Como vai? Onde habitas? Eu nunca tive um namorado de verdade, na adolescência pegava um aqui e outro ali, mas nunca assumi ninguém, nunca fui o tipo de pessoa que gostava de render homenagem pra alguém, acho que eu nunca nem fui apaixonada, eu não me permitia sentir tais emoções, foram sexos e fodas casuais com muitos, mas nada exagerado. Mas o que esse homem fez foi fora do normal, o fato de eu pensar num homem no final da noite só me faz perceber o quanto eu sou reclusa, estou apavorada por pensar nele nesse momento, mas eu tenho certeza que é porque ele me comeu como ninguém nunca antes. A pegada, o beijo, o encaixe, a vibe, tudo isso foi o combo perfeito pra eu ficar exatamente do jeito que eu tô agora: querendo mandar mensagem pra saber em que caralhos esse homem se enfia, mas eu sou forte e não vou ceder às tentações do pecado. Homem é um cão, o instrumento que eles têm é que vale a pena todo e qualquer estresse. E antes que eu pegasse o telefone, forcei minha vista e finalmente dormi, acordei 12h e hoje eu não iria pra Boca, defini a escala e só fico lá amanhã. Tomei banho, vesti minha roupa de malhar, peguei minha garrafinha e mandei mensagem pra Ananda pra saber onde a prostituta se meteu, depois de dizer que estava se arrumando, passei na casa dela e fomos juntas pra academia do Ticão que eu também já peguei. Depois de sair pingando, recebo uma ligação de um número restrito, forço a vista pro celular e atendo. - Alô? - Falo. - Oi princesa. - Aquela voz, definitivamente, era minha ruína. - Oi Diogo.. - Disfarço. - Diego. - Ele corrige. - Desculpa. Oi Diego, tudo bem? - Pergunto. - Só vou ficar melhor se você me encontrar no CDesign Hotel, no Recreio, às 20h. Abro a boca espantada porque esse hotel além de ser caríssimo de frente à praia, ainda é lindo pra c*****o. - Hum.. - Penso. - Vamos, sem compromisso. - Ele atiça e eu concordo na mesma hora. - Estarei lá. Ai ai, papai do céu.. Me proteja das garras desse indivíduo. Arrasto a Ananda pra minha casa pra montar o look e conto pra ela no meio do caminho. - Ele vai te levar lá? Meu Deus, é caríssimo. - Sim, garota. O bofe tem dinheiro, mas eu não ligo porque eu também tenho. - Rimos.
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