Capítulo 2
AXEL
8 de Junho de 793
O navio acaba de atracar em solo inglês. A noite está quente e estamos próximos à cidade. Pego meu mapa para ver onde atacaremos esta noite.
-Consegui a informação necessária meu amigo. A mansão mais próspera e rica perto daqui é a mansão Lincoln, ela fica próxima ao penhasco.
Olho para o meu amigo de infância, o qual está feliz com o nosso último saque. Todos os homens já estão com pressa de retornar para nossa terra-mãe. Alguns estão com saudades de ficar entre as pernas de suas concubinas.
-HOJE, MEU IRMÃOS. IREMOS NOVAMENTE FAZER UM GRANDE SAQUE E AUMENTAREMOS NOSSA FORTUNA. IREMOS ROUBAR SEU OURO, MATAR SEUS HOMENS E ESTUPRAR SUAS MULHERES.
Todos gritam de euforia.
-QUE ODIN NOS PROTEJA
Os homens batem em seus escudos. Pego minha espada e olho mais uma vez as descrições nela. Ela pertenceu a cinco gerações da minha família e cada um escreveu algo.
Olho para o céu e vejo que hoje é uma lua minguante que está bem no topo. Lidero meus homens e começamos a escalar o penhasco.
Quando chegamos no topo avistamos uma mansão toda branca com estátuas no jardim. Em silêncio pulamos os grandes muros e entramos na propriedade. Derrubo a porta dos fundos que dá acesso a cozinha, assustando as mulheres que ali trabalhavam. Meus homens começam a se preparar para conquistar o território.
Empunho minha espada e mato todos os homens que aprecem em meu caminho.
Basta alguns minutos para meus homens destruírem tudo. Saqueamos ouros e pratas, realmente essa mansão é bem rica.
Vejo meus homens se divertindo com algumas escravas. Os gritos das mulheres sendo violentadas ou mortas percorre todo o ambiente.
De repente avisto uma jovem linda com cabelos negros como a asa de um corvo e olhos verdes como esmeraldas. Ela me olha assustada e por alguns segundos me perco em tamanha beleza.
Então ela começa a correr. Meu instinto caçador gosta dessa atitude e lentamente a sigo. Vejo alguns de meus homens a cobiçando, mas faço um sinal para que entendam que é minha e logo se afastam.
A vejo entrando em um quarto e trancando a porta. Adoro uma boa caçada. Com apenas um chute a porta cai. Entro no cômodo e reparo que há uma mulher deitada, ao me aproximar percebo que já está falecida.
Sinto algo bater em minha cabeça e quando me viro vejo minha presa. No chão há cacos, provavelmente de um vaso de flor com qual me bateu.
Noto que está com as mãos trêmulas. Me aproximo mais, ela recua e fecha os olhos, como se quisesse acordar de um pesadelo.
-Não adianta fechar os olhos, não irei embora – digo em minha língua
Quando escuta minha voz ela abre os olhos e seu olhar é uma mistura de medo e raiva
-O que quer comigo?
Eu sei um pouco de inglês e compreendi o que perguntou, porém não perderei meu tempo conversando.
Pego-a pelos cabelos e ela grita como se estivesse a matando. Desço as escadas com meu novo prêmio de guerra e meus homens se aproximam.
-Uma bela mulher meu amigo
Escuto Bjorn, meu amigo de infância, dizer. Em seu ombro há uma mulher loira desacordada.
-Vejo que também levará sua recompensa para casa.
Meus homens se aproximam para ver se tomarei a mulher em suas frentes.
-Não farei r isso, esta mulher será minha concubina. Apenas. Minha
Eles se afastam decepcionados enquanto a jovem continua gritando em meus ouvidos.
Me viro lentamente para encará-la
-Ou você para de gritar ou irei desmaiá-la. Entendeu? – digo calmamente em sua língua para entender
-Vo-você fala minha língua?
-Não, apenas algumas palavras.
-Odin nos abençoou hoje. Não perdemos nenhum dos nossos, conseguimos ouro e mulheres.
Todos gritam de felicidade
-Vamos voltar para o mar e partir para nossa terra natal
Eles vibram de alegria. O ambiente está um desastre, há corpos mortos e desmaiados pelo chão, sangue por toda parte e muitas coisas quebradas. Dá para perceber que passamos por aqui.
Voltamos ao penhasco em que deixamos nossas cordas para a descida. Eu com a morena e Bjorn com a loira.
-Eu não vou pular daí!
Ignoro. Enrolo uma corda em sua cintura e a prendo a mim.
-Seu animal me solta, meu pai é um duque…
Pulo segurando a corda e sua cintura.
Ela grita me agarrando e a seguro firme para passar segurança. A pego no colo e vou até o navio.
Ela me olha assustada, ignoro outra vez. Não gosto da típica frescura feminina.
Dou o comando aos meus homens e zarpamos em alto-mar.
Coloco minha mulher ao lado da loira no canto do navio e me juntos aos meus homens.