Capítulo 53: Como é?!

1181 Words
Ao chegar em casa, Joshua constatou que a casa precisava de uma boa limpeza e de dar uma boa arejada, já que estava fedendo a vários cheiros misturados. Mas um deles parecia chulé, só que Joshua nunca teve algo do tipo e então, constatou uma caixa de pizza jogada debaixo do sofá grande com resíduos de queijo que davam o mau cheiro na casa. - Merda! Que fedor horroroso. – Tampou o nariz indo em direção às janelas abrindo-as para o ar circular. Respirando um pouco do ar puro, colocou as mãos na cintura e se surpreendeu com tanta sujeira. Nessa uma semana praticamente, a casa parecia um campo de guerra. Caixas de pizza espalhadas pela sala, caixas de comida chinesa na bancada da cozinha, pratos e copos sujos na pia. A sorte que a casa era dedetizada, pois, se não fosse, já haveriam ratos passeando pela casa. Porque baratas, tinham algumas. Fora uma caixa de comida italiana que ao pegar, quase vomitou. Tinha um cheiro tão azedo e com alguns bichinhos perambulando sobre o resto de comida, fizeram Joshua revirar o estômago. - Nossa, que droga! Vou limpar isso tudo. Carly não pode ver a casa desse jeito. Indo até a área de serviço, abriu um armário onde ficavam materiais de limpeza, vassoura, pá e sacos de lixo preto. Pegou um par de luvas amarelas e as vestiu, colocando a mão na massa. Primeiro, recolheu todas as caixas de comida que estavam espalhadas, amassou jogando dentro do saco de lixo. Haviam também algumas garrafas long neck de cervejas e umas duas latas de refrigerante de cola. Para essas garrafas e latas, colocou em outro saco de lixo. Pegou o pequeno aspirador de pó que estava no armário embaixo da escada e aspirou o pó do tapete e sofás. Tudo poderia estar um brinco se Joshua não estivesse atrelando os seus erros a sua falta de higiene já que o mesmo, só era mais higiênico, graças a esposa que tinha que, apesar de ser médica, gostava de manter a casa sempre limpa e arrumada. Por várias vezes em que estava aspirando ou lavando os pratos e copos, Joshua se lamentava não por estar destruído pelo que fez a esposa, mas pela falta que ela faz como se tivesse obrigação de deixar a casa como era, já que ele poderia sim ajuda-la e valorizar mais o que fazia por ele. - Saudades de você minha pequena. De quando deixava tudo brilhando em casa também. – Suspira frustrado. Na casa de praia, ele a ajudava por ter câmeras na residência que era emprestada pelo seu amigo e por saber que o circuito interno era monitorado pelo dono, se esforçou em fazer algumas atividades domésticas com receio de estarem sendo filmados, mas o amigo havia deixado desligado todo o circuito enquanto eles estavam por lá para não tirar a privacidade do casal. E isso, Joshua não sabia. Pois, se soubesse, com certeza agiria feito um homem que acha que mulher só serve para ser empregada deles. Após tudo limpo e perfumado, Joshua foi para o quarto do casal que também parecia um campo minado. Tinha roupas sujas espalhadas pelo quarto assim como a cama desarrumada, e muitas coisas fora do lugar. Até o banheiro estava imundo. Mesmo enojado, limpou o banheiro, separou as roupas para lavar num cesto e tirou também os lençóis e fronhas da cama. Lavou tudo na lavadora e aproveitou a secadora colocando as roupas também para estarem logo secas. Exausto depois de tudo o que fez, tomou um banho e vestiu uma bermuda jeans com camisa caqui de gola polo e tênis branco. Pegou o seu carro e saiu até uma floricultura. Queria deixar um ar mais romântico na casa deles. Colocou em um jarro as rosas amarelas e vermelhas sobre o aparador que ficava na parede frente a porta da sala. Tudo estava ao seu ver perfeito, mas havia algo que Joshua se esqueceu. Correu até a dispensa e viu que faltavam alguns mantimentos que Carly gostava de cozinhar e então foi ao mercado. Mas ao chegar em casa, viu um carro com vidro escuro e desconfiou que ali estava Aysha, só que como não dava para ver e acabou dando a partida e saindo, Joshua deu de ombros entrando em casa. Ajeitou tudo e foi se preparar para dormir e como costume de todos os dias, enviou uma mensagem de boa noite para a esposa que como sempre, não obteve resposta. Apagou as luzes e dormiu. De fato, a pessoa que estava no carro era Aysha. Sem que a prima soubesse, a jovem médica que não aguentava mais o desprezo e ausência de Joshua, alugou um carro e seguiu até onde ele mora com Carly para pelo menos vê-lo de longe. Só que preocupada com a prima, Julie ligou para Aysha sabendo que ela poderia estar quebrando a promessa que fez à ela. Atendeu a ligação trêmula e voltou para a cidade vizinha no mesmo instante se sentindo culpada. A partir dali, na manhã seguinte iria a uma terapeuta indicada por Stuart, o namorado de sua prima. Carly que já estava com tudo pronto e o seu pai quem a levaria até a rodoviária e em Shelburn Falls, já havia acertado com Ander de pega-la na rodoviária para levá-la ao apartamento, estava deitada na sua cama preparando-se para dormir quando o celular apitou em mais uma mensagem de Joshua. Ainda estava magoada com ele, mas não mais irritada como estava. Sendo um pouco orgulhosa ainda, não o respondeu, tentando dormir. E de fato, nem queria falar com ele. Mas, Eliot estava preocupado com a filha e agora neto que carrega no ventre. “Toc, toc, toc” - Filha, eu posso entrar? – Perguntou girando a maçaneta. - Pode pai. Entra. - Sentou-se na cama. Eliot adentrou no quarto que só tinha uma meia luz ligada pela luz do abajur ao lado da cama de Carly e se aproximou sentando-se na beirada. Segurou a sua mão e tentou persuadi-la. - Filha, o que realmente me esconde sobre você e o seu marido? Carly engoliu em seco e desconversou. - Nada demais pai. É só algo que com o tempo vai se resolver eu prometo. – Sorriu fraco. Apertando os lábios e sorrindo forçado, Eliot assente e suspira frustrado. Sabia que a sua filha estava mentindo e infelizmente está escondendo dele o que aconteceu realmente entre ela e o marido. Inclinou-se e beijou-lhe a testa. - Boa noite filha, durma bem. Lembre-se que sempre pode contar comigo, está bem? Carly com os olhos inundados de lágrimas, amassou os lábios e assentiu. - Eu sei pai. Eu sei. Boa noite papai, eu amo o senhor! - Não mais que eu minha filha. Fechando a porta, Eliot suspirou tristemente. Algo lhe dizia para segurar a filha no rancho e o mesmo não entendia o que isso queria dizer. Só sabia que não era nada bom, mas o que era de fato, se não um pressentimento? Com aquele aperto no peito, voltou para o quarto para tentar dormir. Na manhã seguinte... continua...
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