Capítulo 54: Pensou errado!

1457 Words
Carly não acordou muito animada como estava sendo nos últimos dias desde a ultima vez que viu o marido quando foi a procurar no rancho. Ainda era algo que a intrigava como ele sabia aonde ela estava, mas agora não tinha o que pensar para chegar a alguma conclusão, já que terminava sempre em dor de cabeça. Foi ao banheiro e fez a sua higiene, trocou de roupa vestindo um vestido midi na altura dos joelhos, cabelos presos num r**o de cavalo maquiagem quase imperceptível já que ela é muito bonita e somente realçou a sua beleza e sandálias de salto 5cm da mesma cor da bolsa que usaria, preta. Checou todos os documentos para ver se não faltava nada. Deu uma última olhada naquele quarto e suspirou. Ao mesmo tempo, sentiu o coração apertar como se pressentisse que algo aconteceria com o seu retorno e suspirou balançando a cabeça para espantar aquela sensação r**m. Tanto ela quanto o seu pai, deveriam estar atentos a pequenos sinais. Mas, como não são dados a creem no misticismo, sempre atrelavam ao que estava acontecendo ao redor em situacoes atípicas com aquelas sensações. Arrastou a sua mala para fora do quarto e desceu os degraus daquela longa escada. Cada passo que dava, era um suspiro até chegar ao primeiro andar. Na mesa de café da manhã, estavam seu pai, irmão e cunhada já sentados a esperando. Deu um sorriso fraco colocando a mala ao lado no hall de entrada e seguiu até a mesa os cumprimentando. Tudo parecia um velório. O clima estava totalmente estranho. O silêncio imperava naquele momento e nem mesmo quando Carly se casou, no dia de grande festa, o clima estava assim tão caótico. - Bom dia pessoal! – Os cumprimentou quebrando o clima estranho. Todos em uníssono responderam ao seu cumprimento e continuaram a comer e tomar o café e suco. Carly, mesmo no início da gestação, não sentia enjoo. O que a fez procurar pelo laboratório e fazer o exame, foi o atraso menstrual. Então, colocou frutas, encheu a sua xícara com café e leite, pegou alguns bacons, torradas e um pedaço generoso de queijo e outro de bolo de cenoura com calda de chocolate, o seu preferido, já que lembrava a sua mãe, uma mulher que viajou para o Brasil por conta do trabalho que tinha e se apaixonou pelo bolo de cenoura, trazendo assim algo que fez com que a caçula se apaixonasse também por aquele tipo de confeitaria. Vendo aquilo, Cliff não podia deixar passar, então implicou com a irmã no seu tom zombeteiro. - Nossa irmã, aí dentro tem um bebê ou um dragãozinho? Com a boca cheia com um pedaço de cada alimento que pegou, Carly o olhou de relance apenas engolindo com dificuldade o que tinha na boca. Todos se seguraram para não rir, mas foi algo que ninguém esperava, Carly acabar falando de boca cheia. - Ora, dragão é a sua... Não teve como, mas nenhum deles segurou. Todos caíram na gargalhada. Mesmo que estivesse chateada por seu irmão comparar o seu filho no ventre com um dragão, acabou entrando no mesmo embalo que eles e rindo. Ficou aliviada, que aquele clima de minutos atrás, não havia mais nenhum vestígio, dando lugar a um clima harmônico e descontraído. O café depois daquela explosão de risos, se tornou até mais leve. Longe dali em Shelburn Falls, Joshua acabava de despertar. Espreguiçou animado e correu ao banheiro para se preparar em receber a esposa que estava voltando para casa. Pelo menos, era o que pensava. Fez a sua higiene, tomou um belo banho caprichado e vestiu a roupa que tanto Carly gostava de vê-lo quando estava em casa. Uma camisa branca de algodão com uma bermuda jeans. Calçou os seus tênis e encerrou o seu look, borrifando um pouco de perfume. O mesmo cheiro amadeirado que ela tanto gostava. Deu uma piscada para o seu reflexo passando a mão pelos cabelos e sorriu. Saiu do quarto após deixar tudo arrumado e ao descer para o primeiro andar, foi direto para o aparador e pegou as chaves de casa e do carro saindo em seguida. Iria tomar o seu café na padaria ali perto. Estava ansioso, mas sabia que Carly só chegaria no fim da tarde, isso era o que tinha em mente. Mas Carly, já estava a caminho de casa após se despedir do irmão e da cunhada no rancho e seguindo com o seu pai até a rodoviária, onde o mesmo já estava estacionando na entrada daquele lugar que nunca parava de ser movimentado. Olhando para os lados, Carly suspirou e Eliot segurou a sua mão. - Sabe, eu queria muito filha que me contasse o que houve realmente para que não voltasse para a sua casa. Sorrindo fraco, se acomodando no banco, colocou a mão por cima da dele e deu uns leves tapinhas. - Pai, desculpa não falar, mas me envergonha muito o que houve. Sei que não temos segredos um para o outro, mas só peço que confie em mim. Joshua precisa dessa lição caso eu volte para ele. – Na verdade, Carly não voltará para aquele traidor, só disse aquilo para o pai ficar tranquilo. - Filha, você fala de um jeito. O que aquele crápula te fez? – Seu punho se fechou e o maxilar trincou. - Relaxa pai. Não há nada que a sua filhinha não possa resolver hein. – Deu uma piscadela. Por mais que ela o tentasse tirar de tempo, Eliot sabia que não deveria pressiona-la porque não adiantaria de nada. Sua filha não falaria uma palavra sequer sobre o assunto. Apenas assentiu a puxando para um abraço que logo foi correspondido. - Caso as coisas impliquem por lá, me liga imediatamente que vou buscá-la. Ela apenas sorriu entre o abraço. - Pode deixar pai. Ao se afastar, seu pai segurou o seu rosto e depositou um beijo na sua testa. Abrindo a porta do carro, ela desceu. Pegou a sua mala mesmo sob protestos do pai que não queria que a sua menina pegasse peso porque queria levá-la até o embarque, Carly negou. Ao bater a porta, ela acenou em meio a um sorriso com olhos marejados. Eliot retribuiu e viu a sua filha virar-se e caminhar até sumir do seu campo de visão. Suspirou e deu a partida indo embora para o rancho. Não demorou muito e Carly embarcou no seu ônibus. Estava nervosa, mas decidida. Não iria tolerar menos do que merece a sua vida e se isso custasse o seu casamento que já estava naufragando, ela iria o afundar só para ter a paz e o seu filho bem e feliz em um lar mesmo que os pais não estejam mais juntos. Por ser domingo, Joshua não tinha mais o que fazer e então decidiu caminhar num parque. Ali, viu várias crianças com os seus pais, casais e até animais passeando com os seus donos. Sentou em um banco frente a um pequeno lago e suspirou. Pela primeira vez teve vontade de chorar depois que Carly descobriu tudo da pior forma. Mas um choro realmente verdadeiro. Pegou o celular e nem havia percebido que a hora passou como um foguete e correu para o carro pois, queria chegar logo em casa. Acreditando que Carly já estava lá, Joshua abriu a porta de casa assim que colocou o carro na garagem de qualquer jeito devido a ansiedade. Mas, ao abrir a porta se deparou com o silêncio. Tudo estava tão silencioso que o mesmo subiu as escadas correndo achando que a esposa estava no quarto deles, mas para sua surpresa e desespero, não havia ninguém. Tirou o celular do bolso e discou. Após três toques, a ligação é atendida. - Sim... - Carly, onde você está amor. Que horas você chega a rodoviária que eu vou te buscar? - Olá Joshua... (Pausa e suspiro). – Eu já estou em casa. Confuso, a indagou. - Casa, que casa? Eu estou em casa e não te vejo. Aonde você está? – Seu tom é desesperado. Então, Carly friamente o responde. - Estou na minha casa em Shelburn Falls mas não na que morava com você. Joshua estava incrédulo e surpreso ao mesmo tempo. - Que brincadeira é essa! Eu pensei que... Ela o interrompe. - Pensou errado. Em breve nos falamos. Até! “Tu, tu, tu" Desligou na sua cara sem ao menos o deixar falar mais nada. Boquiaberto, apertava o aparelho na sua mão contra o ouvido com raiva. Não acreditava que Carly estava fazendo isso com ele e pior, já estava na cidade sem ao menos ter ligado para ele. Continua... Xiiii, parece que a batata está mais do que assada para o lado do Joshua! kkkkk
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