Tomado pelo desejo e pela imensa vontade abrupta de sentir o sabor dos seus lábios, Stuart segurou-a em uma pegada ardente pela nuca a puxando de encontro ao seu corpo. Os lábios estavam tão próximos que a segurou firmemente e os olhos se encontraram. Descendo lentamente até os lábios entreabertos, o acompanhando e fazendo o mesmo.
Involuntariamente, ela mordeu o lábio o fazendo rosnar. A mão que estava livre, passeou até a cintura a apertando. Julie gemeu.
Aquilo foi o fim do resto de sanidade que ainda existia em Stuart, tomando os seus lábios no frenesi para alcançar o ápice da ternura.
Reticente, Julie acabou se deixando envolver pelo beijo que começou somente pelo roçar de lábios mas que agora, pedia-se a passagem para sugar a sua língua e enroscar a dele. Ela se permitiu finalmente inebriar-se pela paixão que já havia sido despertada desde o dia que os olhos se cruzaram a primeira vez.
Provando dos lábios daquela mulher, era como alcançar o céu e as oito maravilhas do mundo numa só vez.
O enlaçar das línguas, a quentura e maciez dos lábios, era como alcançar as notas da mais linda melodia.
A única coisa que os faria parar aquele beijo era o que começava a acontecer, a falta de ar.
Mesmo que parassem o beijo, os selinhos eram dados até se afastarem e Stuart encostar a sua testa na dela e os olhos penetrantes continuassem a encarando e os lábios se curvaram num sorriso.
- Desde que nos vimos a primeira vez, sempre tive essa vontade louca de te beijar.
Sem graça e surpresa por terem sentido o mesmo, Julie sorri e se afasta deixando-o confuso.
Suspirando fundo, ela fala.
- Eu também, mas...
Não deixando que ela falasse nada, se aproximou rapidamente colocando o dedo nos seus lábios.
- Eu sei que você tem medo e também tudo o que passou, mas me dá uma chance. Me deixa te amar como merece?
Seus olhos tinham súplica, por mais que Julie estivesse com medo, ela estava disposta a tentar e ser feliz.
- Eu aceito Stuart. Mas por favor, vamos com calma.
Distribuindo beijos pelo rosto de Julie e sorrindo assim como ela, Stuart fala entre os estalinhos dados na sua pele.
- Tudo... o... que... quiser... minha... princesa.
Os olhos brilhantes pela felicidade de estarem juntos os contagiou ao ponto de se beijarem mais um vez. Ali, selavam a um amor que começava a florescer.
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...
Após a conversa que teve com o pai e o irmão com a presença da sua cunhada que sabia de tudo e a apoiava, os homens mesmo desconfiados que havia algo a mais por trás daquilo tudo que Carly os contava, resolveram apoia-la.
Como ela já tinha tudo planejado, ao retornar para Shelburn Falls, voltaria para o pequeno apartamento que o seu pai havia lhe dado na época da faculdade e que havia posto para alugar assim que começou a morar com Joshua no apartamento antes de morarem atualmente na casa que ele havia comprado.
Já Joshua, tinha esperança de reatar logo com a esposa e se arrependia amargamente até por agir impulsivamente naquela noite na boate fazendo sexo com Aysha a troco de descontar a sua raiva e como muitos dizem o ditado mais certo, que só dá valor e se arrepende, depois que perde.
Mas ele não imagina que a sua esposa não voltará para casa já que ainda não o perdoou e que o mesmo terá que mostrar nas suas atitudes que a quer de volta, apesar que será em vão a sua tentativa e Carly estava disposta a vê-lo se humilhar para conseguir o seu perdão independente que não voltem a ser marido e mulher.
Aysha mesmo frustrada por não conseguir ouvir pelo menos a sua voz ao telefone, parecia uma stalker tentando descobrir de qualquer jeito pelas redes sociais como estava Joshua ou Carly, mas só o que descobriu foi o mesmo com a ligação ao telefone, estava bloqueada.
Os dias com isso vão passando e já se aproximava o dia que Carly voltaria para casa. Durante esses dias que estava longe, Ander lhe ligou todos os dias e numa das suas folgas, conseguiu ir vê-la para agrado de toda a família que gostou muito dele.
Mas, a própria Carly não queria lhe dar falsas esperanças já que não faz ideia do que o futuro a espera com o seu marido tendo um filho em jogo. Sabia que seria difícil ser mãe solteira e agora, não se sentia pronta para engatar uma nova relação sem antes resolver a antiga com aquele que tanto lhe fez m*l.
Além disso, o seu pai não aprovaria tal relação se viesse a ter já que é um homem muito conservador por ainda estar casada. Mas com certeza, ele seria de outra opinião se soubesse a verdade que Carly esconde dele.
Ficou sabendo de tudo o que vem acontecendo por lá e o mesmo que sabe bem o quanto está sendo difícil para ela essa separação, não a pressionou quanto aos seus sentimentos e sim, agiu como um amigo a confortando.
Já Joshua, ela não atendeu nenhuma das suas ligações, mas leu todas as mensagens que enviou.
“Como você está?”
“O que está fazendo?”
“Sinto a sua falta.”
“Me perdoa e volta para casa.”
Dentre muitas outras, essas eram as mensagens que ele mandava, mas que não tinha nenhuma resposta vindas dela.
Estava ainda muito magoada e não queria ter que o responder com mentiras. Mesmo que sentisse também a sua falta, a decepção ainda estava ali e Carly não estava disposta a dar o braço a torcer e nem fazia questão, já que abominou sempre a traição.
Já Brenda e Cliff, conversaram a respeito de algumas coisas relacionadas a mudança e concordaram em pelo menos na primeira semana, fazer uma adaptação com as crianças para não sentirem muito a falta dos avós e de Springfield deixando-os ficar por três dias lá e depois o restante da primeira semana com eles.
Stuart e Julie estavam firmes no namoro e em nenhum momento, ele a faltou com o respeito ou avançou o sinal o que para ela tem sido de extremo alívio e mais segurança na relação.
Já Aysha, ficou feliz pela prima pois, sabia o quanto ela merecia ser feliz.
Dois dias depois em que ela estava no apartamento se recuperando, retornou ao trabalho e até que estava se dando bem na filial, mas ainda não havia procurado um terapeuta e com isso, sua obsessão praticamente estava a matando diariamente.
Dois dias depois...
- Preparada para voltar?
Brenda entrando no quarto em que Carly arrumava as malas, a indagou preocupada sentando-se na beira da cama a analisando.
Sorrindo, Carly assente.
- Estou. E como conversamos, vou fazer aquilo que combinamos. Se ele se arrependeu mesmo, deverá provar com atitudes. – Seu tom altivo esconde a verdadeira face por entre as palavras.
- Isso aí garota! Agora vamos, o jantar está pronto e meu sobrinho deve ser muito bem alimentado.
Fechando o zíper da mala, Carly ri e as duas seguem juntas para a mesa onde os homens já a esperavam para jantarem.
Em Shelburn Falls, Ander estava feliz com a chegada da sua amiga na manhã seguinte à cidade.
Já no bar perto do hospital, Joshua estava a beber com Christian quando o mesmo solta.
- Amanhã Carly volta para a cidade.
Rapidamente, ele virou o seu rosto para encarar o amigo. Seus olhos interrogativos queria saber mais, porém Christian deu de ombros e o indagou.
- Você não sabia? Ela tem que voltar ao trabalho depois de amanhã, então...
- Eu não sabia. Ela não me falou nada.
- Vai ver ela fará uma surpresa.
- Será?!
- Confia amigo. Confia.
Christian lhe dá uma batidinha no seu ombro e volta a desfrutar da sua bebida, enquanto Joshua volta seu olhar ao copo em sua frente estático e incrédulo de sua esposa não ter lhe avisado. Mas seu coração estava acelerado. Finalmente a veria de novo.
Com esse pensamento, se apressou a voltar para casa. Precisava dar uma boa arrumada nela para recebe-la, deixando um amigo rindo e zombando dele por estar tão eufórico.
Só que Joshua não imaginava que não seria bem assim!
Continua...
Pelo visto não será como todos pensam que Carly fará ao voltar para Shelburn Falls!