Você não tem escolha

1158 Words
AVISO - CONTÉM CENAS DE VIOLÊNCIA E PODE CONTER GATILHOS. Laura Eles estavam me encarando ao invés de dizer o que iria acontecer, estava ficando cada vez mais nervosa. - Você se casara com Nathan. - Damon informou após algum tempo. Olhei para ele incrédula, o que ele estava dizendo ? - Nem morta. - Eu disse me levantando assustada, quase tropecei na cadeira em que estava sentada. Nathan veio em minha direção, segurou minha nuca com força e me sentou de volta na cadeira. - Você não tem escolha! - Ele disse bem próximo ao meu ouvido ainda segurando minha nuca e forçando minha cabeça para baixo, após isso ele me soltou, eu estava assustada de mais para reagir. - Laura, escute, você e seu irmão se meteram onde não deviam. - Quando Damon citou meu irmão, fiquei alerta. - Não posso proteger vocês se você não colaborar conosco. Nathan aceitou isso, você deveria aceitar por seu irmão, você está disposta a morrer, mas está disposta também a vê-lo morto? Não respondi nada, nos proteger? Ele quem me colocou naquela sala de cirurgia, matou Julia na minha frente e me trouxe para ca, como ele iria proteger a mim e meu irmão? Mas sabia que essas pessoas não estavam brincando, descobri que apesar de anos não conhecia Damon, o Damon Que estava na minha frente não era o mesmo que me ensinou tudo que sei, eu estava assustada com a possibilidade de algo acontecer ao meu irmão, não tive coragem de responder nada pois Nathan me fuzilava com os olhos, abaixei a cabeça e engoli seco. - Vou tomar seu silêncio como um sim. - Damon disse se levantando. - Nathan, estou indo agora, seja tolerante com Laura, não a machuque. - Ele disse e saiu, eu estava apavorada e comecei a tremer, Damon me tratava bem, mas esse cara poderia me m***r a qualquer momento, eles faziam a linha policial bom e r**m, mas só que eram bandidos. - Venha. - Ele disse, eu queria perguntar para onde, mas lembrei do que ele fez a pouco, então o segui. Ao sair do escritório vi que estávamos em uma casa enorme, no centro havia um pátio com um chafariz, atravessamos ele e entramos do outro lado da casa, parecia uma residência de família, caminhei em silêncio atrás de Nathan, entramos em uma sala onde havia duas escadas que se encontravam no final, ele subiu e eu o segui, andamos até o final do corredor, havia mais uma escada, meu coração errou uma batida! Ele me trancaria no sótão ? Mas para minha surpresa no topo da escada havia uma porta de duas folhas, ao abrir era um quarto grande com varanda. - Fique aqui! Não faça barulho, tire esse jaleco imundo, tome um banho. As criadas trarão roupa e comida para você. - Ele disse indo rumo a porta. - Eu posso falar com meu irmão? Se ele perceber que desapareci ficará preocupado, eu sempre falo com ele durante o plantão. - Disse com a cabeça baixa e voz embargada. - Acha que eu sou i****a ? Claro que não pode, vá e faça o que mandei, Damon já cuidou de tudo. - Ele disse aos berros e saiu, pude ouvir quando passou a chave na porta, então desmoronei sobre minhas pernas e só sabia chorar. — Ponto de vista de Nathan — Não sei o porque meu tio teve essa ideia estupida, poderíamos nos livrar do problema só matando os dois. Tranquei a garota no quarto e desci até a sala, minha mãe e meu irmão estavam sentados conversando, quando entrei pararam imediatamente. - Onde está Liz? - Perguntei sobre minha irmã que não vi na sala, a garota só me causava problemas. - No quarto Meu querido. - Minha mãe disse andando em minha direção. - Diga a ela para separar uma muda de roupas, a uma garota lá encima, Laura o nome dela, meu tio quer que nos casemos. - Minha mãe me olhou espantada. - Mas nós não sabemos quem é meu filho, não sabemos quem é sua família. - Ela respondeu em negativa a ideia do casamento. - Ela é médica residente no hospital do tio, o pai dela era diretor antes dele mas morreu salvando a vida do tio, o irmão dela é delegado. A família tem um bom histórico, a garota tem formação e ele quer que seja assim. - Respondi sem rodeios não dando espaço para mais questionamentos. Mas pude ver os olhos de minha mãe se iluminarem, parece que ela havia aprovado a futura nora. - Ela não tem permissão para deixar aquele quarto e muito menos essa casa antes que eu diga que pode, mande para ela roupa e comida, jogue as roupas dela no lixo. - Eu disse e fui em direção a porta, minha mãe murmurou algo para meu irmão mas não consegui ouvir o que era, também não me importo. — Ponto de vista de Laura — Não tinha forças nas pernas para me levantar, então quase engatinhei até o banheiro, haviam vários produtos masculinos por lá, espere, aqui é o quarto dele ? Meus olhos arregalaram de espanto, o que ele faria comigo a seguir ? Eu precisava dar um jeito de sair daqui, olhei para meu jaleco e havia sangue, nos meus sapatos e na minha calça também, eram de Julia, revivi a cena de sua morte em minha cabeça, eu estava desolada. Abri o chuveiro e deixei a água escorrer por todo meu corpo, desde minha cabeça até os pés, esfreguei freneticamente onde Julia havia se agarrado em meu braço, como se aquilo fosse levar embora as lembranças. Eu precisava desesperadamente sair daqui, mas temia por meu irmão, será que eles eram tão poderosos a ponto de poder m***r as pessoas sem serem descobertos? Eu estava disposta a arriscar para descobrir? Acho que não. Fechei o chuveiro, não havia roupa limpa para mim aqui, coloquei o roupão que estava pendurado, ele havia dito que alguém me traria algo, quando sai haviam roupas encima da cama. Eu estava tão distraída que não ouvi ninguém chegar, havia uma bandeja de comida encima da mesa próxima a janela, iria comer primeiro e depois me trocar, sentei-me para comer mas estava sem fome, pensando em tudo que havia acontecido como poderia ter apetite ? Mas se eu não comesse, teria forças para tentar sair daqui ? Pensando me obriguei a tomar um copo suco, comi um pouco mas meu estômago protestou, eu estava enjoada, nauseada, provavelmente era estresse de todo esse trauma que eu estava experimentando, comi o quanto pude e sentei-me no sofá, havia uma TV na parede mas eu não sabia se poderia ligá-la, tinha medo que fizesse algo que deixasse aquele monstro irritado, então comecei a sentir minhas pálpebras pesadas cada vez mais, não era um sono normal, eu estava alerta de mais para querer dormir mas não consegui resistir e apaguei.
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