Bem vinda de volta

1212 Words
— Ponto de vista de Nathan — Quando cheguei no quarto Laura estava apagada no sofá, a chamei algumas vezes mas ela não se mexeu, verifiquei seu pulso estava com um ritmo um pouco mais lento que o normal, a coloquei na cama, andei até a varanda e havia uma bandeja de comida, ela comeu apenas metade. Disquei para meu tio. - A garota está dormindo e não acorda, o pulso está regular porém baixo. - Despejei logo que ele atendeu. - Pedi a empregada que lhe desse um pouco de calmante, sabia que ela não aceitaria então mandei que colocasse na comida, Laura passou por alguns traumas e pensei que fosse ficar melhor se estivesse descansada. - Ele respondeu em tom calmo. - Preparei o casamento para amanhã. Somente assinatura do papel, o juiz vira as 18:00. - Disse para ele ascendendo um cigarro. - Quero um sobrinho. - Ele disse rindo do outro lado do telefone, então desliguei quando percebi que ele estava tirando onda com minha cara. Desci as escadas, minha mãe e Liz me encheram querendo conhecer a garota e querendo escolher vestido de noiva, seria somente assinatura de papéis não tinha necessidade dessa d***a toda, mas pelo bem da minha saúde mental concordei. Fui direto para o banheiro tomar um banho, quando sai do banheiro ainda molhado com a toalha sobre meu corpo a garota acordou. — Ponto de vista de Laura — Abri meus olhos lentamente, ainda estavam pesados, vi uma figura embaçada no meu campo de visão, de repente me lembrei de onde estava, meus olhos se arregalaram, ele estava só de toalha com o dorso molhado e eu estava em sua cama, congelei e olhei para baixo, eu estava de roupão. Engoli seco, ele parou e me encarou. - Não curto n********a, gosto de mulheres colaborativas. - Ele disse secando o cabelo, corei e abaixei a cabeça. - O que? Você gosta do que vê? - Ele continuou me provocando, virei a cabeça e ele foi para o closet aproveitei e corri para o banheiro, troquei de roupa e quando estava saindo ele estava voltando já trocado e veio em minha direção. - Vamos, vou levá-la para comprar um vestido de noiva. - Ele disse me puxando pelo braço. - Nos casaremos amanhã a tarde. - completou enquanto me carregava para fora do quarto. Senti o desespero tomar conta de mim, chegando na sala haviam duas mulheres nos esperando, uma que aparentava ser um pouco mais jovem que eu, cabelos loiros e olhos negros, e uma senhora, de cabelos loiros e olhos verdes, elas pareciam com Nathan. - Filho, olha como você trata sua noiva, não segure ela dessa maneira. - A senhora veio em minha direção e me tirou do aperto de Nathan. - Obrigada! - Eu disse esfregando meu braço. - Olhe para você, como é linda, eu sou Amelia, sua sogra, e essa é sua cunhada Irmã de Nathan Liz. - A garota acenou para mim. - Sou Laura. - Respondi a encarando, ela não sabia o que estava acontecendo aqui? - Vamos. - Nathan disse enquanto nos conduzia para fora, entramos em um Maybach preto, Nathan foi a frente com o motorista e eu atrás com as duas mulheres que não paravam de dizer o quanto estavam felizes, não proferi nenhuma palavra. Chegamos a uma loja, duas mulheres vieram nos atender e imediatamente fecharam o local. - O vestido é para minha nora, ela não é linda? Eles se casaram amanhã! - Amélia disse entusiasmada para a vendedora, Nathan se sentou na recepção com Liz, enquanto eu e Amelia fomos para os fundos. - Senhora. - Segurei o braço de Amélia assim que saímos do campo de visão de Nathan. - Por favor me ajude, estou aqui contra minha vontade. - Eu disse em súplica, a vendedora estava voltando com alguns vestidos. Ela então puxou o braço e o retirou de meu aperto. - Não diga bobagens, não será bom para você, o amor vem com a convivência e tenho certeza que você e Nathan ficaram bem. - Ela disse em tom sério, então pegou o vestido das mãos da vendedora. - Vá, experimente querida. - Seu tom voltou a ser gentil, e um sorriso apareceu no seu rosto. Todos nessa família eram loucos, com certeza. Fiquei estupefata com o acontecido, peguei o vestido e fui em direção ao provador, experimentei alguns, mas nenhum era aprovado por Amélia, até que o último, um vestido tomara que caia com corte em A de renda foi o preferido dela, voltei para uma sala onde tinham vários véus, era a sala de ajustes, havia uma porta de correr que estava entreaberta, vi ali minha esperança de fugir dessa loucura. Após alguns ajustes a costureira saiu para buscar alfinetes, então abri a porta e sai pelo portão dos fundos, corri um quarteirão até achar um táxi. Era uma cena cômica, uma mulher vestida de noiva correndo pela rua, seria um romance perfeito se não estivesse correndo da morte. Informei ao táxi o endereço de minha casa e pedi que ele acelerasse o mais rápido que pudesse, a medida que nos aproximávamos meu coração batia mais forte, então quando estávamos na rua de casa eu queria saltar e correr para os braços de meus irmão, mas o celular do motorista tocou. - É para a senhorita. - Ele disse me estendendo o telefone, estacionou o carro uma casa para cima da minha do outro lado da rua. - Olá. - Eu disse. - Você tem 20 minutos para voltar onde estava. - Era Nathan, Meu coração quase saltou pela boca. - Jamais voltarei, eu estou livre e você será preso por sequestro. - Disse para ele em tom desafiador, essa era a verdadeira Laura, não aquela garotinho assustada. - terceira janela de baixo para cima no prédio cinza a esquerda, telhado da hamburgueria a direita, telhado da casa dos Adams em frente, carteiro passando por você agora e a mulher passeando com o cachorro. - Olhei para todos os pontos e vi homens com armas apontadas para minha casa, o carteiro e a mulher me cumprimentaram, eu não sabia onde estava metida, mas agora percebi que as coisas não eram tão fáceis quanto pareciam, lágrimas escorreram por minhas bochechas. - Agora devolva o celular ao motorista e agradeça a ele pelo excelente serviço prestado a família. - Até mesmo o motorista era um deles, não pude acreditar, congelei naquele momento. - 20 minutos Laura. - Ele disse desligando. — Ponto de vista de Nathan — Laura realmente achava que havia fugido de mim, ela era mais tola do que pensava, trouxe ela aqui pois a loja é da família, mandei que a levassem deliberadamente aquela sala na qual dei ordens para que a porta estivesse aberta e que ninguém a parasse, mostraria a ele o poder da família Campbell. Estava tudo sob controle, ela nunca saiu de minha vista ou desviou-se de meus planos, como eu disse, gosto de mulheres colaborativas. Enquanto pensava um sorriso apareceu em meus lábios, brincava com o charuto entre meus dedos. Exatos 19 minutos depois, Laura irrompeu pela porta com um estrondo, estava com uma cara séria e olhos vermelhos, então meu sorriso se alargou. - Bem vinda de volta.
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